TENTANDO FAZER ALGUNS AJUSTES

 

TENTANDO FAZER ALGUNS AJUSTES

 

Como toda pessoa que atinge uma certa idade(avançada), tenho algumas manias, que na realidade são comportamentos rotineiros, nada fora do normal.

É o que acho, embora minha mulher atribua boa parte dessas manias a “pachequices”, carga genética hereditária da minha família, pois até meu pai romper a tradição, havia muitos casamentos consanguíneos, e me lembro de tios e primos que realmente tinham suas esquisitices.

A propósito, esclareço que o sobrenome do meu pai era Ferraz Pacheco, mas a maioria da família foi registrada como Gimael(por parte da mãe) Ferraz, pois o dono do Cartório era parente e meu pai, ao registrar os filhos, mencionava apenas o primeiro nome. Loucuras da família, ou “pachequice”.

Portanto, mudanças no outono de minha vida não são fáceis e como já estou próximo do final da régua, não quero e não gosto de alterações no ritmo em que toco o barco, mas também não posso ser turrão como jumento empacado. Alguma coisinha dá para ajeitar.

Depois de muitas brincadeiras e gozações da turma do tênis, dizendo que minha foto no Blog era antiga, da época em que era jovem, resolvi alterá-la ontem, com um auto-retrato tirado com meu celular que não é grande coisa, resultando numa foto que não corresponde muito bem a realidade(sai meio envelhecido, quando pareço bem mais moço, eheheheh).

Aproveitei para dar uma ajeitada no meu perfil(do Blog), pois nesses 15 anos que escrevo constava apenas meu nome e a cidade onde moro. Coloquei somente algumas informações básicas, pois notei que varias pessoas pesquisam, querendo saber algo mais sobre o velho desbocado que escreve essa besteirada toda.

Notei, que durante este longo período de pandemia, o número de leitores do meu Blog aumentou significativamente, o que me alegra e faz bem para o velho ego.

Incrível que tenho leitores pingados em mais de 20 países. Em alguns, conhecidos e parentes, mas números expressivos nos Estados Unidos, Itália e Alemanha, obviamente todos brasileiros.

Talvez a razão desse incremento seja o isolamento forçado, pois enclausurado em suas casas, não tendo o que fazer, putos com o governo, prefeito e autoridades, se consolem lendo alguém que via de regra, baixo o sarrafo em nosso péssimos políticos, juízes e administradores.

Alguns amigos, que preferem comentar meus escritos pelo whatts app, alegam que tenho sido muito pessimista em minhas colocações, que ainda há esperança para nosso fodido país.

Eu tento, mas fica difícil, pois para consertar os estragos causados pelos anos de orgia petista; pela paralisação forçada do país devido a praga chinesa; com as milhares de falências, desemprego brutal, aumento expressivo de indigentes e mendigos nas ruas, falta de grana,  preços dos alimentos básicos subindo semanalmente(vou ao supermercado ao menos duas vezes por semana), a carne transformando-se em um acompanhamento nobre, só para ocasiões especiais; com saudade das viagens, agora impossíveis, alem das barreiras sanitárias, com o dólar nas alturas... tá difícil ser otimista.

Apesar de tantas circunstâncias desfavoráveis, prometo que vou me esforçar, tentar pensar positivo, enxergar atalhos mesmo na noite mais escura, buscar o otimismo daquele menino caipira, que vendo um monte de bosta diante de sua casa, pergunta alegremente ao pai: ganhei um cavalo?

 

José Roberto- 04/05/21