sexta-feira, 28 de maio de 2021

AS DELAÇÕES DE CABRAL


 

AS DELAÇÕES DE CABRAL

 

Deu o esperado.

As delações de Sérgio Cabral dedurando o ex-garoto de recados Toffoli, por negociar voto com empreiteiras levando uma boa grana, foi revogada, por ter sido feita pela Policia Federal, sem o aval do Ministério Público.

O STF continua sendo uma caixinha de más surpresas.

Já havia um entendimento do Tribunal, reconhecendo autonomia da PF para firmar acordos de delação premiada. O próprio ministro Fachin, relator do Lava-Jato havia homologado a delação e agora, é o primeiro a votar a favor do cancelamento da dita cuja. É muita cara de pau, sem um pingo de vergonha, votando para livrar a cara de um “companheiro de estrepolias”.

O Beiçudo Gilmar, patrono e padroeiro dos corruptos, fez uma longa e cansativa peroração, fundamentando em “bases de areia” a construção de seu castelo de colocações dúbias e questionáveis, provando que dois mais dois, são cinco.

Foram seis votos para derrubar o acordo(Fachinzito, Beiço de Bagre, Levabosta, Sem Pescoço, Alexandre o Pequeno e até o topetudo Fux(estranhei o voto; deve ter sido pela peruca ter ficado fora de prumo, será que é outro fingido?).

Surpresas dos votos derrotados para manter o acordo, Marco Aurélio Porra Louca, Barrosinho, Carmem Bruxinha e Rosa espinhosa(essa vai e vem), talvez votando quando o assunto já estava liquidado.

O espertalhão do Toffoli, mostrou que é mesmo sabido, recusando-se a votar alegando suspeição, obviamente depois de já saber o resultado e tirado o “seu” da reta.

Essa atitude camaleônica do STF só contribui para manter o clima de insegurança jurídica que prepondera em nosso país, pois decisões e jurisprudência de hoje, podem não valer nada amanhã.

Tenho certeza que outros delatados por Cabral, tendo em vista o cancelamento de sua deduragem, entrarão com recursos para também cancelar suas condenações, e talvez, até solicitando devolução da grana roubada que foram forçados a devolver.

Os onze jurisconsultos, agem, julgam, legislam, dão ordens ao executivo e legislativo segundo o que melhor lhes aprouver, ou o que lhes der na veneta, firmes no corporativismo, protegendo a retaguarda e interesses velados.

 

José Roberto- 28/05/21

 

 

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