quarta-feira, 31 de agosto de 2016

FOGUEIRA DAS VAIDADES

FOGUEIRA DAS VAIDADES

Esperava que os senadores, embora a grande maioria não valha grande coisa, tivessem um pouco mais de bom senso, não repetindo as cenas ridículas do acolhimento do processo de impeachment na Câmara Federal.
Todavia, esperar comportamento decente dessa turma é tirar leite de pedra, malhar em ferro frio, pois é justamente de onde menos se espera que não sai realmente nada que presta.
Tanto os cretinos que apóiam Dona Dilma, como os também cretinos da oposição, não abrem mão de subir ao púlpito, repetir o mesmo cansativo palavrório, temperado pelo acréscimo de mais algumas asneiras.
Não abrem mão desses “minutos de fama”, onde focados pela mídia intensa, se vangloriam de seus feitos, super-homens que lutam pela defesa de nossos interesses.
Como pavões engalanados, mentem desbragadamente.
Como se alguém acreditasse nessas bazófias!!!
Prorrogam um espetáculo deprimente, que deveria ser tratado de maneira sóbria, dada a importância para os destinos do país.
Ambos os lados, poderiam destacar meia dúzia de seus melhores oradores para apresentação dos argumentos, já amplamente debatidos nas fases anteriores do processo, evitando-se a enfadonha e cansativa peroração que causa asco, pelas atitudes grotescas dos asnos palrantes.
Contudo, o que estamos vendo é o reflexo de nossas escolhas, pois somos responsáveis pela condução dessas anomalias a cargos e responsabilidades que jamais deveriam ocupar.
Temos que dar mais importância ao nosso voto, sendo mais rigorosos com nossas escolhas, pois essa é única arma que dispomos para expulsar aproveitadores e corruptos da vida pública.
Hoje termina o enfadonho calvário.
O Dia D de Dona Dilma finalmente chegou.
Que ela parta em paz e que nunca mais nos assombre.


José Roberto-31/08/16

terça-feira, 30 de agosto de 2016

QUANDO SETEMBRO VIER

QUANDO SETEMBRO VIER

Agosto finalmente está chegando ao fim.
Mês de cachorros loucos, dos ventos e também do ocaso de Dona Dilma, porta voz de um partido que institucionalizou a alta corrupção em nosso país.
Conforme já previsto, o canhestro depoimento da Presidanta não apresentou qualquer novidade.
Até que a Senhora trapalhona conseguiu ler seu discurso de forma razoável, talvez merecedora de uma nota seis ou sete.
Por sinal, texto preparado por diversas mãos batendo na mesma repetitiva e cansativa tecla, de que não houve crimes de responsabilidade, que todo o processo é um golpe, e que a trapalhona era um exemplo de honradez e honestidade.
Tenho sérias dúvidas quanto a honestidade dessa pouco inteligente Senhora, que compactuou com políticos da pior espécie, deu aval a compra de refinarias sucateadas, beneficiando-se de doações ilegais e caixa dois em duas eleições.
Por mais burra que seja, difícil não ter consciência de seus atos equivocados  a margem da lei, pois transgrediu normas de conduta e regras básicas de governança.
Triste vê-la depor, tentando justificar erros e descaminhos, simulando arremedos de emoção, porem sem perder a arrogância típica dos estultos, que não reconhecem suas limitações e falhas.
Ao tentar responder a inquirição dos senadores favoráveis ao impeachment, apesar de treinada e de não responder as perguntas formuladas, mantendo a resposta monocórdia de golpe, embaralhou-se quando ousou sair do escript preparado por seus acólitos, confundido como de costume, alhos com bugalhos.
Sua limitações culturais e técnicas se manifestaram desde a posse em seu primeiro desgoverno, insistindo em ser chamada de “Presidenta”, numa grave agressão ao idioma pátrio, demonstrando dentre outras coisas, o desconhecimento básico de nossa língua.
A incompetência e teimosia dessa Senhora, levaram-na aos pecados pelos quais está sendo chamada a expiar.
Lamentável o pronunciamentos dos baba-ovos que ainda tentavam cabalar votos para finada Presidanta, com destaque especial para as “gralhas histéricas”, Vanessa Grazziotin,  Gleisi Hoffman e  Kátia Abreu que soltou a franga, beijando os pés da Presidanta.
O descarnado Chico Buarque voltou a demonstrar sua tremenda cara de pau, posando ao lado do corrupto Mula nove dedos, simulando apoio a múmia em vias de ser defenestrada.
Chico está um bagaço, um caroço de manga chupado.
Mesmo ao lado do alquebrado Mula, que não dorme a meses, assombrado pelos fantasmas do Lava-Jato,  não dá para saber quem está pior.
Chico está precisando urgente de uma recauchutagem física e mental.
A agonia de Dona Dilma, pelas estimativas do ministro Levandowiski, deverá perdurar até a próxima madrugada, ocaso de agosto, que entrará para nossa história, como o dia do expurgo ou da descarga geral, quando enviamos para o esgoto os restos de um governo putrefato e corrupto.
Que setembro traga realmente um novo alento ao povo brasileiro, eliminando os resquícios do ranço petista que tanto mal causou ao país.
Bye, bye Dona Dilma, uma pagina infeliz de nossa história!!!

José Roberto- 30/08/16



segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A FÁBULA VERDADEIRA DO PROCURADOR QUE NÃO PROCURAVA

FÁBULA VERDADEIRA DO PROCURADOR QUE NÃO PROCURAVA

Desde pequenino Janot adorava brincar de “esconde, esconde”, mas como tinha medo do escuro só procurava no claro, não sendo muito bom em achar os companheiros de folguedos.
Procurava, procurava, procurava e não achava, pois procurava sempre nos mesmos lugares, sem ousadia de se aventurar por locais escuros e cinzentos.
E assim Janot foi crescendo, sempre procurando e não achando, ou achando apenas coisas sem importância, sem interferir no seu dia a dia e que não lhe causariam quaisquer aborrecimentos.
Graduou-se em direito e já não brincava mais de “esconde, esconde”, mas talvez por algum recalque da infância, persistia o desejo insatisfeito de continuar procurando.
Estudou, estudou, estudou, até passar no concurso de procurador da república sentindo-se um felizardo, pois ao menos parte de seu secreto sonho já havia sido concretizado.
Como procurador federal até que saiu-se razoavelmente bem, procurando aqui e ali, fazendo amigos, asfaltando o longo caminho para o cobiçado cargo de Procurador Geral.
Com o advento do PT e sua gangue ao poder, no primeiro reinado da incompetente Dona Dilma, conseguiu cair nas graças da tão sem graça Dona, sendo indicado finalmente para o posto que sonhava.
Tornou-se em 2013, Procurador Geral da Republica, cuja principal função, seria a de procurar e denunciar trambiques de qualquer um que ultrapassasse os limites da lei, independente de posto, cargo ou função.
Só que na prática, as coisas não são bem assim.
Costurando aqui e ali, procurou e denunciou muita gente, principalmente políticos e autoridades que não eram muito de seu agrado.
Em repente de ousadia, chegou mesmo a denunciar arcaicos caciques intocáveis como Sarney e Renan Calheiros, velhas raposas com dezenas de processos que dormitam no STF e que apesar de tudo continuam por cima da carne seca.
Não sabemos se tal ousadia foi tiro de festim, jogo de cena, ou mesmo estoicismo de um procurador que quis demonstrar valentia, que agora, sem medo, procurava onde lhe dava na veneta, até mesmo nos cantos escuros de Alagoas e Maranhão.
Tudo corria razoavelmente bem, com o Procurador Geral procurando, denunciando, se não conforme nossos anseios, ao menos dando para o gasto, até que bombasticamente, a revista Veja publica uma reportagem, antecipando partes da delação premiada do ex-Presidente da OAS, Leo Pinheiro, envolvendo gente graúda e até mesmo um membro do STF.
Eis que num rompante de fúria, o eminente Procurador Geral, ordena o cancelamento e queima dessa delação premiada, invalidando provas que enrolavam em merda grossa o ex-melhor presidente Mula, a santarrona Dona Dilma, o mineirinho/carioca Aécio Neves e até mesmo o vampiresco José Serra que sempre posou como uma Madre Tereza de Calcutá(eu até que acreditava um pouquinho nele).
Difícil entender e engolir esse destempero do Procurador Geral, pois vazamentos de delações premiadas já ocorreram aos montes, sem arrepio de qualquer autoridade.
Talvez esse caso específico, envolvendo figuras exponenciais do petismo corrupto, santos do pau oco do PSDB, eventualmente juizes do Supremo e outros figurões de partidos diversos, governadores, prefeitos e sabe-se lá mais quem, tenha sido um prato excessivamente cheio.
Por esse prato com manjares pestilentos o Procurador não procurava.
Quais as razões secretas que levaram o Procurador Geral a essa atitude extrema, que se transfigura num ato hostil aos valentes justiceiros do Lava-Jato?
Fica no ar a grande dúvida, que somente será respondida pelo próprio Procurador.
Temo por suas razões e por seus medos.

José Roberto- 29/08/16



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

ANIMAIS NA PISTA

OBS: EU NO MEIO, SÉRGIO A DIREITA E LAÉRCIO A ESQUERDA. VERSÃO ATUAL.


NOTA: ITANHAÉM SEMPRE ME TRÁS BOAS LEMBRANÇAS. ESCREVI ESSE TEXTO HÁ EXATAMENTE SETE ANOS, CONTANDO ALGUMAS PERIPÉCIAS DA TURMA DA NOSSA REPÚBLICA. RECUPERADO DO BLOG TERRA OPINIAODOZE.

José Roberto- 26/08/16


ANIMAIS NA PISTA

O acidente mostrado ontem exaustivamente pela Globo, de um carro atropelando um cavalo é fato corriqueiro nas estradas brasileiras.
No atropelamento de ontem, convém levantar algumas ressalvas:
O motorista que por sorte saiu ileso, declarou que retornava de uma festa infantil as 4,30 da matina e que não havia ingerido álcool. Hummmmmmmmmmmmm.
Os cavalos estavam num lado da pista bem iluminado, uma imensa reta com visão total.
O sujeito trafegava na via exclusiva para ônibus em alta velocidade e afirma que não viu nada.
Ainda bem que não testaram o teor etílico de seu bafo, pois na certa explodiria o bafômetro.
Mas esse fato reavivou lembranças dos velhos tempos em Itanhaém.
Era início de 1969.
Numa segunda a tarde após o trabalho, nos deparamos na praça central com algumas meninas altamente apetitosas, que estavam passando uns dias na casa de uma parente em Mongaguá.
Já namorava Regina, mas estava dando uma escapadela, tentando fazer tudo bem escondidinho, mal sabendo que meu cunhado dedo-duro, estava de “botuca” acompanhando a cena.
Zé, por sinal meu xará, repassou os acontecimentos para a mana com todos os detalhes possíveis, inclusive alguns que imaginou.
Conversa vai, conversa vem, combinamos visitá-las logo mais a noite, com planos sinistros e libidinosos.
Nos apossamos de uma garrafa de uísque que pertencia ao pentelhão do Wilson e nos bandeamos para Mongaguá em dois fuscas.
Na Salomanca, meu fusca pé de boi, fomos eu e o Sérgio.
No outro carro que pertencia ao Valler, Laércio foi de contra-peso, pois estava recolhido e em recesso, considerando que se casaria no próximo sábado.
No trajeto imaginávamos as grossas sacanagens que iriam rolar, pois as garotas pareciam que eram “prafrentex”(expressão da época).
Mal apeamos dos carros, fomos recebidos com abraços pelas fogosas meninas, que nos conduziram para dentro da casa.
Tivemos uma grande surpresa, pois a mãe de uma delas, estava de plantão para nos recepcionar.
Nos sentamos meio sem graça, colocamos a garrafa de uísque sobre a mesa e ficamos num bate pato xoxo, sob a vigilância da velha broaca.
Laércio aproveitando a deixa, safou-se de mansinho, levando meu carro.
Percebendo que a velha não desgrudava, sugerimos uma escapada para algum barzinho em Santos. A velha foi a primeira a topar.
Como não nos restava alternativa, sugerimos que as meninas fossem em seu carro, enquanto os homens iriam na frente mostrando o caminho.
Saímos as pressas e na primeira curva, pegamos o retorno e nos mandamos de volta para Itanhaém.
Comentávamos decepcionados o fiasco da noitada de prazer, quando topamos próximo da entrada da cidade,  com a Salomanca bastante avariada no acostamento.
Laércio, com apenas com pequeno corte na testa escapara de boa, pois havia atropelado um cavalo enorme.
O noivo levou um baita susto, mas quem sofreu mesmo foi a Salomanca, que ficou bem estropiada.
Andei um tempão com a porta do fusca amarrada com uma corda, pois insistia em abrir quando em movimento.
No dia seguinte, antes do final do expediente, as meninas apareceram no escritório central, onde por sorte não me encontrava, devolvendo ao Sérgio a garrafa de uísque, na frente do Wilson, o legítimo dono.
Não sei de que maneira, mas conseguiram encher a garrafa de xixi, mantendo o conta-gotas intocado.
Deviam ter ótima pontaria!
Pouco tempo depois, vendi a Salomanca para o Dalton, amigo do peito saudoso, que se foi em pleno apogeu.
O resto é história, que meus velhos amigos conhecem muito bem!

José Roberto- 25/08/09






quinta-feira, 25 de agosto de 2016

CHEGANDO AO FIM

CHEGANDO AO FIM

Começa hoje o julgamento de Dona Dilma no Senado, uma pantomina com desfecho conhecido, pois não há salvação para essa incompetente que paga pelos erros de sua burrice, teimosia e vaidade, porque jamais deveria ter ocupado cargo tão importante.
Inventada por um pretensioso pau d’água semi-analfabeto, que se julgava intocável, certo que poderia manobrá-la a vontade dos bastidores, tal como uma dócil marionete, eis que Dona Dilma tomou gosto pelo poder e mordomias, rompendo parcialmente os grilhões que a prendiam ao astuto e matreiro Mula.
Se os oito anos do apedeuta foram péssimos para o país, com a corrupção e compadrio tomando conta de nossas instituições, com os quase cinco da pretensiosa e arrogante senhora chegamos a beira da falência e do retrocesso.
Assistiremos novamente ao cansativo e repetitivo desfile de depoimentos das testemunhas, tanto da defesa quanto da acusação, aparteadas e questionadas pelas histéricas Gleisi Hoffman e Vanessa Grazziotin, secundadas pelo ex-estudante profissional, “lindinho” e corrupto Lindeberg Farias, que aos berros e “tremiliques” repetem incessantemente a palavra golpe.
As duas nervosinhas e o lindinho não perdem por esperar, pois já foram arrolados no Lava-Jato, sendo apenas uma questão de tempo para sentarem no banco dos réus.
Teremos uma semana com o assunto dominando a mídia, com flashes das declarações pomposas dos advogados de ambas as partes, repisando assuntos amplamente conhecidos que já esgotaram nossa paciência.
Esperamos que os senadores não tenham a mesma postura ridícula dos deputados, quando aprovaram a instauração do processo de impeachment, citando homenagens as mães, filhos, esposas, teudas dentre outras,  exemplo típico de parlamentares de republiquetas de terceiro mundo.
O vexame da Câmara Federal e a repulsa popular, deverá forçar uma postura mais comedida dos senadores.
Será mesmo que Dona Dilma terá coragem de ir a púlpito para defender seu pernicioso mandato?
Ela que não consegue balbuciar uma frase coerente de improviso, mesmo treinada, será capaz de responder a perguntas agudas e ferinas dos senadores?
Nervosa, brava e irritada, deverá nos brindar com expressões que enriquecerão nosso anedotário político, tais como “estocar vento”, “saudar a mandioca”, pinçadas dentre uma centena de outras.
O PT e seus correligionários se é que existem, deveriam poupá-la desse provável vexame, pois se não demonstrar a humildade que não tem, sofrerá nas mãos de velhacos e raposas espertas que tem assento no infecto recinto.
Precisamos com urgência, virar essa pagina infeliz de nossa história.

José Roberto- 25/08/16


  

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

REVIVENDO A BATALHA DE ITARARÉ

REVIVENDO A BATALHA DE ITARARÉ

O embate midiático entre o ministro do STF Gilmar Mendes e o procurador geral da república Rodrigo Janot, me deixa com a pulga atrás da orelha.
Fico cismado se não é um briga de faz de conta, com ambos jogando para a platéia, dissimulando as verdadeiras razões de procedimentos dúbios e questionáveis.
Porque Janot intempestivamente, suspendeu a delação premiada do presidente da OAS, Leo Pinheiro, logo após a revista Veja publicar trechos da suposta delação, envolvendo possíveis favores prestados pela empreiteira ao ministro Toffoli, office-boy da corja petista?
Leo Pinheiro tem muito a esclarecer, notadamente sobre as obras de caridade realizadas no sítio de Atibaia e no triplex do Guarujá, do ex-pidão corrupto Mula nove dedos.
Segundo consta, a merdalhada da OAS seria também espalhada pelos ventiladores do PSDB, emporcalhando gente graúda.
Fica difícil para o brasileiro comum entender essa atitude inusitada do procurador geral, que pelo jeito, não quer procurar a sujeira de velhos conhecidos e antigos parceiros.
Por outro lado, o ministro Gilmar Mendes que adora freqüentar a mídia, não perdeu a oportunidade de alfinetar a equipe da Lava-Jato, inferindo que esses vazamentos, revelam o narcisismo dos procuradores e juizes que escarafuncham o Petrolão, forçando a barra para sempre permanecerem em evidência.
Ficamos na dúvida se o ministro fica enciumado com o destaque merecido que a sociedade brasileira tem dado a eficiente e dedicada equipe do Lava-Jato, ou se essa reação extemporânea é um sintoma do “sprit de corps”, tão comum em setores privilegiados do governo e da sociedade.
Independente dessa briguinha de faz de conta, dessa batalha midiática de Itararé, queremos e exigimos que o delator Leo Pinheiro solte a língua, desnudando os corruptos que se locupletaram com dinheiro publico, com favores, presentes e mimos, que custaram muito caro ao país e ao povo brasileiro.
Não podemos simplesmente pagar a conta e jogar a sujeira para debaixo do tapete.
Estamos ficando impacientes, a espera que a justiça seja feita e que os culpados sejam exemplarmente punidos.
“Ferro na boneca”


José Roberto- 24/08/16

terça-feira, 23 de agosto de 2016

BOTANDO A CONVERSA EM DIA

BOTANDO A CONVERSA EM DIA

Na última semana olímpica, fugindo do burburinho que toma conta da cidade maravilhosa, aproveitei para dar uma escapada para Itanhaém, que fora da temporada é uma cidade extremamente agradável.
Alem de rever alguns parentes e amigos queridos, aproveitei(com a inestimável ajuda do meu querido sobrinho Ricardo) para renovar minha carteira de motorista e atualizar minha identidade que não era mais aceita, pois foi tirada em Itanhaém em 12/09/68, quando eu era bem novinho, por sinal um belo rapagote, conforme posso comprovar olhando a saudosa foto(eh, eh, ehhhh).
Conforme já vínhamos ensaiando há algum tempo, após emails, whatsapps e telefonemas, confirmamos um reencontro que já havia passado do tempo, protelado por razões estranhas, daquelas que a própria razão desconhece.
Confirmamos o evento para sexta-feira, 19 de agosto e apesar da semana chuvosa e fria, São Pedro nos deu um refresco, suspendo provisoriamente o lacrimejar do céu, brindando-nos ainda de quebra com um solzinho tímido, reconhecendo a importância de tão memoráveis encontros.
Cerveja bem gelada no cooler e o fogo na churrasqueira pronto para receber as carnes e lingüiças, eis que pontualmente, segundos antes das doze, adentram pela minha casa as figuras tão queridas de Visentin e Vandeco, velhos e fraternos amigos.
Foi justamente em Itanhaém, nos idos de 1968, há quase meio século, que jovens recém formados cheios de planos e esperanças, por força do destino e do trabalho, nos encontramos pela primeira vez.
Afinidades e atividades comuns sedimentaram nossas amizades, nos bons tempos em que acreditávamos que o Brasil era o país do presente caminhando para um grande futuro, onde juntos a outros também queridos, partilhamos experiências inesquecíveis, guardadas com carinho nos escaninhos secretos de nossos corações.
Dizem que velhos adoram falar do passado, dos bons tempos, de como o mundo era diferente.
Não posso negar, que ao abraçar queridos e velhos amigos, o que surge em minha lembrança são imagens dos bons tempos, não apenas da nossa socialização, mas do aguerrimento no trabalho, da vontade de vencer, das inúmeras dificuldades de uma CESP que buscava regularizar o fornecimento de energia na região.
Éramos jovens e realmente acreditávamos num grande futuro para o nosso país.
Abraçando Vandeco fico estarrecido, pois o danado parece conservado em formol.
Esguio, sem rugas, com pouquíssimos cabelos brancos, fico cismado se o danado não anda lançando mão de artifícios químicos e cirúrgicos para manter essa ótima postura(????).
Com Visentin, um abraço meio lateral, pois a somatória de nossas barrigas encurtam os braços e nossos cabelos brancos coroam nossas faces enrugadas e sorridentes.
Beliscando uma carninha, mantendo a garganta continuamente azeitada pela cerveja, nossa conversa fluiu fácil e generosa, pois tivemos a oportunidade de reviver passagens inesquecíveis, algumas impublicáveis, outras ternas e comoventes, vivências guardadas a sete chaves em nossos corações.
Por mais que mantenhamos contatos pelo computador, por telefonemas, nada supera a intensidade e a emoção de um “tète a tète”, de uma conversa franca, onde os olhos nos olhos sacramenta o anseio de turbinarmos essa amizade partilhada com desprendimento, sem cobranças, mas com muito carinho e afeto.
Sempre batemos na mesma tecla, procurando as razões para justificar os  intervalos entre  nossos encontros, pois o tempo não é nosso aliado.
As desculpas ficam por conta dos filhos, netos, ainda um pouco de trabalho, distância, etecetera e tal.
É bom lembrar que nossa turma está incompleta.
Sentimos a falta do Sérgio, do Laércio(Saponga), do saudosos Norberto e Dalton, e quem sabe de outros, que por falha de memória deixo de mencionar.
A tarde passou rápida demais, como era de se esperar.
Tanto a falar, tanto a escutar, tanto a comungar, tanto a sorrir e até mesmo a chorar.
Nas despedidas sempre as mesmas promessas.
“Nos veremos em breve”
Que assim seja!!!

José Roberto- 23/08/16



sexta-feira, 12 de agosto de 2016

TONICO, MEU PAI

NOTA: ESTE É UM DOS MEUS TEXTOS FAVORITOS, SINGELO E SIMPLES.
ESCRITO HÁ 9 ANOS, RECUPERADO DO BLOG TERRA OPINIAODOZE.
DÁ UMA LEVE IDÉIA DO HOMEM MARAVILHOSO QUE FOI MEU PAI.
DIFICIL EXPRESSAR EM PALAVRAS SUA BONDADE, RETIDÃO DE CARÁTER, HONESTIDADE E AMOR TRANSBORDANTE PARA COM SUA FAMÍLIA.
TONICO FOI UM HOMEM IMPAR, IMPOSSÍVEL DE SER IMITADO.

José Roberto- 12/08/16





TÔNICO, MEU PAI

Já se vão mais de vinte anos desde que meu pai se foi.
A cada dia que passa e a medida que envelheço, aumenta a saudade de sua presença simples e marcante.
Meu pai foi um homem bom. Bom no verdadeiro e pleno significado da palavra.
É uma tendência natural que as pessoas falem de forma respeitosa de seus parentes, depois que morrem, mas meu velho não se encaixa nessas generalidades.
Foi uma pessoa impar, deixando com sua bondade uma marca indelével em todos que o conheceram, principalmente nos filhos, noras e netos.
Para contar a história de meu pai seriam necessárias inúmeras páginas, que um dia ainda pretendo escrevê-las.
Sua extrema honestidade e retidão de caráter impediram que tivesse sucesso nos negócios. Seus conceitos de vida não admitiam desvios e beiravam a total ingenuidade, incompatível com uma sociedade selvagem e um país que caminhava em busca do desenvolvimento e modernização.
Casou-se apaixonado por minha mãe aos dezoito anos e jamais olhou com olhos de malícia para qualquer outra mulher. Viveu e morreu apaixonado.
Não me recordo de ter presenciado ou ouvido uma troca de palavras mais ácidas entre os dois.
Foi um raro caso de amor, entendimento, respeito e convivência harmoniosa.
As decisões e ordem na casa sempre ficaram por conta de minha mãe. Papai jamais deu uma palmada em qualquer dos filhos, limitando-se e repreendê-los  suavemente, mesmo por ocasião das piores “artes”. Os puxões de orelhas e tabefes ficavam por conta de mamãe.
Outra comportamento admirável que recordo, é o fato de papai jamais ter reclamado da comida preparada por minha mãe. Mesmo em algumas ocasiões em que o “rango” deixava a desejar. De meu pai era só exaltação a seus dotes culinários .
Mais velho e com os filhos já casados, era adorado pelas noras, pois de sua boca jamais ouviram palavras de reprovação, apenas elogios.
Por uma triste ironia do destino, antes de sua passagem, ficou acamado por longos anos, parecendo a todos uma tremenda injustiça divina.
Mas não foi bem assim.
Se aqui na terra sua permanência não foi muito notada, a não ser pelos que lhe eram próximos, no céu a coisa foi bem diferente.
Enquanto estava adoentado, Deus preparava seu lugar especial no paraíso.
“Mas que correria e essa, comentavam os anjos e querubins com uma pontada de ciúmes?
“São as obras ordenadas pelo Pai, para receber Tônico com toda pompa e circunstância, esclareciam os santos também já meio incomodados.”
“Sua chegada foi um acontecimento triunfal. Recepcionado por São Pedro ao som das trombetas dos arcanjos, foi conduzido a uma cadeira especial, ao lado direito do Criador”.
“Tônico finalmente, ocupava seu merecido lugar”
Tenho certeza, que lá de cima, com sua influência junto a cúpula celestial, está zelando por todos nós, filhos e parentes, aguardando-nos de braços abertos.
Eu, que de todos sou fisicamente o mais parecido com o velho(o vejo, todas as vezes que me olho no espelho, principalmente quando faço a barba), estou certo,  que mesmo apesar de minhas incontáveis falhas estou garantido.
Com tão grande “pistolão” meu lugarzinho já está reservado.

José Roberto- 10/08/07

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

DÍVIDA DOS ESTADOS E RESPONSABILIDADE FISCAL

DÍVIDA DOS ESTADOS E RESPONSABILIDADE FISCAL

Sei que esse é um assunto chato, mas cabe algumas reflexões, porque nos finalmente, sempre somos nós que pagamos a conta.
O rescalonamento das dívidas estaduais e de algumas grandes prefeituras é um eterno circulo vicioso.
Sai governo, entra governo, com o assunto voltando a baila.
Os estados, através de seus representantes no Congresso, pressionam o novo governo para um novo acordo, com novas concessões, carências, juros menores e outras vantagens.
É o que infelizmente está acabando de ser concretizado, com um governo provisório que prega contenção de gastos, mas abre as pernas temendo perder votos imprescindíveis ao impeachment de Dona Dilma.
Meirelles, nosso empavonado Ministro da Fazenda, envergonhado, tenta explicar as concessões que destroem seu projeto de recuperação fiscal, pois cedendo aos estados, com a economia crescendo a passos de tartaruga, haverá necessidade de aumento de impostos, provavelmente dos indiretos que não necessitam de leis complementares, mas que atingem toda a população.
Esses governadores são realmente uns tremendos cara de pau, pois reclamam como se a divida não tivesse sido criada pelos próprios estados, através de empréstimos obtidos junto aos bancos de fomento nacionais e internacionais.
Tomam emprestado acima de suas capacidades, ou contando com o ovo no fiofó da galinha, caso típico do Rio de Janeiro, que apostou tudo no Pré-Sal e deu com os burros n’água, alem de um governo corrupto envolvido em negociatas e isenções fiscais que levaram o estado a falência.
É esse o principal aspecto, que os governadores parecem ignorar.
A dívida foi criada por eles próprios ou seus antecessores, já tendo sido renegociada diversas vezes, sempre com prazos mais elásticos e vantagens adicionais, transformando-se numa bola de neve impagável, relegada as calendas.
Como economista por formação, não vejo saída para esse governo fraco, que prega responsabilidade fiscal, mas caminha no sentido inverso, concedendo polpudos aumentos ao judiciário e a vários outros ramos do setor público, alem de ser conivente com essa vergonhosa renegociação das dívidas estaduais.
Para corrigir o estrago causado em nossas finanças internas por treze anos de corrupta administração petista, não basta apenas substituir a peças podres, mas concretizar ao menos uma parte das propostas de reformas estruturais que se perenizam, mas não saem do papel.
O poder realmente inebria e Temer já provou seu gosto, não pensando em largar a teta.

José Roberto- 11/06/16



quarta-feira, 10 de agosto de 2016

DISSABORES DE UM BRASILEIRO COMUM

DISSABORES DE UM BRASILEIRO COMUM

Meus minguados leitores já conhecem a velha cantilena e choramingos, pois sempre dou um jeitinho de mencionar em meus textos, a rixa que mantenho com a Receita Federal, há longos anos.
Não que seja do meu gosto, mas a implicante Receita não tira os olhos de minha declaração, portanto a rixa é deles contra mim, não me restando alternativa a não ser lutar com todos os recursos disponíveis.
Segunda-feira passada, as 08,30 horas, chego com boa antecedência ao Posto de Ipanema(estava agendado para as 09,11 h), estranhando topar com uma extensa fila na calçada, pois o Posto sempre começava a funcionou das 07,00 as 18,00 h.
Não sei se devido a Olimpíada ou qualquer outra razão interna, a abertura do expediente ao público havia sido retardada para as 09,00 h.
Com o tempo nublado e sob ameaça de chuva, dei uma olhada no pessoal, que com cara de sofredor aguardava a abertura da cancela.
Absoluta maioria velhos, alguns capengas auxiliados por acompanhantes, outros melhorzinhos como eu, apenas putos da vida.
Os poucos mais jovens eram contadores de empresas ou procuradores de velhotes, impossibilitados de atender pessoalmente a convocação do fisco.
Durante a espera, a mesma troca de lamúrias.
A devolução antiga, até agora não efetuada pela Receita.
Solicitação dos mesmos documentos, todos os anos, exatamente como no meu caso, expediente tipicamente protelatório para infernizar o contribuinte e retardar eventuais devoluções.
Já no interior da “Câmara de Torturas”, fui atendido poucos minutos após a hora agendada.
Saquei do grande envelope que segurava, os originais e cópias dos documentos solicitados, a grande maioria recibos de médicos e laboratórios.
O rapazinho examinava as cópias com olhos de lince, como se estivesse examinando dinheiro que poderia ser falsificado.
Não gostou da cópia da certidão de nascimento de minha filha, alegando que uma das assinaturas estava parcialmente ilegível.
Questionei, que como seria autenticada pelo próprio funcionário da Receita, o documento deveria ser validado.
Não satisfeito, providenciou ele mesmo, outra cópia, escolhida dentre várias que tirou, pois o registro de minha filha já está bastante desgastado.
Teve semelhante implicância com um recibo médico, onde não constava que a consulta tinha sido feita “a própria”.
Tentei incluir esse adendo no recibo, não sendo autorizado pelo fiscal, todavia insisti para que mesmo assim, o recibo fosse incluído junto com os demais. Caso não fosse aceito, quando novamente intimado como sempre acontece, substituiria por outro(uma segunda via), com todos os dizeres exigidos pela Receita.
Em minhas idas e vindas a Receita Federal nesses últimos anos, tenho topado com os mais diversos tipos de atendentes, alguns mais atenciosos e menos chatos, que não ficam buscando minúcias e outros, verdadeiros burrrrrocratas, que com lupa,  buscam imperfeições, parecendo ter o prazer de espezinhar ainda mais o infeliz contribuinte.
Perdem um tempão examinando, conferindo, exigindo explicações de um contribuinte que apresentou deduções com médicos, de aproximadamente 15 mil, uma migalha diante dos milhões desviados e não declarados, mencionados a todo momento nos jornais e TVs.
Se agissem assim com todos, principalmente com políticos, autoridades, empresas de propaganda, marqueteiros e com os próprios funcionários da Receita, aí sim teríamos um tratamento equalitário e eu não poderia abrir o bico.
Mas....como diria não sei quem: “Somos todos iguais perante a Lei”, todavia a “Lei não é igual para todos”.

José Roberto- 10/08/16



terça-feira, 9 de agosto de 2016

COMPLEXO DE VIRA-LATAS

COMPLEXO DE VIRA-LATAS

Todo o nosso orgulho futebolístico, nossa marra, foi por água abaixo após o fatídico 7 x 1 que tomamos da Alemanha.
Se nosso futebol já andava capenga e carente de astros, a cacetada germânica acabou de vez com a onda do brasileiro ser metido a besta, achar que era o maioral.
Levamos uma “guasca brava” e saímos cabisbaixos, como vira-latas enxotado do próprio lixo.
Nossa atual seleção olímpica é o retrato vivo desse complexo que voltamos a assumir, pois em campo, somos um timinho qualquer, nossa camisa não intimida mais os adversários.
Antes de começar a competição éramos os franco-favoritos, pois nossos tradicionais rivais não deram importância ao torneio olímpico, enviando representantes de segunda e terceiras divisões.
A mídia que não cai na real, endeusava nosso timaço, com Neymar, Gabi Gol, Gabriel de Jesus(já vendido a Europa por 111 milhões), Renato Augusto(esse deveria ter ficado na China), era só aguardar a entrega da taça.
Mas, a realidade é cruel.
Outros dois vexames, dois zero a zero, contra a África do Sul e contra os esfomeados e raquíticos do Iraque, que devem treinar com bolas de meia e botinas furadas, restos deixados pelos soldados americanos.
Perdemos até na parte física, pois tantos os sul-africanos quanto os iraquianos, se mostraram muito mais ágeis, não dando espaços aos nossos craques cabeças de bagre.
Ficamos com a impressão que sem Messi e os cracassos do Barcelona, Neymar é apenas um jogardozinho comum. Espertinho, rápido, mas um como tantos outros que passaram e não tiveram a sorte de serem privilegiados pela mídia.
O responsável pela contratação de Gabriel de Jesus por 111 milhões, se assistiu os dois jogos iniciais, deve estar profundamente arrependido com sua cagada homérica.
Vale ressaltar, que apenas o salário de um dos nossos pseudos craques, deve ser bem maior que a soma de todos os ganhos do pobre time do Iraque e talvez. até da África do Sul.
No Brasil, o salário de qualquer perna de pau beira os milhões, situação irreal para clubes que devem fortunas, obviamente, parte desses salários são desviadas para os corruptos dirigentes e espertos empresários.
A realidade é que de salto alto, desaprendemos a jogar o verdadeiro futebol.
Até no esporte bretão, nos tornamos um república de bananas.
Assumimos novamente o “complexo de vira-latas”, se é que chegamos realmente a perdê-lo algum dia.

José Roberto- 09/07/16



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O OFFICE-BOY DO PT

O OFICCE-BOY DO PT

Ao conceder  Habeas Corpus ao corrupto ex-Ministro Paulo Bernardo, especialista em tungar aposentados, Dias Toffoli rasgou de vez a carapuça, expondo sua cara desagradável, demonstrando que sempre foi e continua sendo, um Office-boy do PT.
Toffoli chegou até a disfarçar, fingindo estar regenerado, arrepiando-se contra alguns atos da incompetente Dilma, mas no frigir dos ovos, provou que não esquece amigos e antigos patrões, mostrando a servilidade e puxa-saquismo que o conduziram ao posto que jamais deveria ocupar.
Toffoli é o homem errado no lugar errado.
Limitado intelectualmente e sem o estofo necessário para ocupar cargo tão importante(jamais conseguiu ser aprovado em concurso público para juiz), valeu-se de artifícios extra-curriculares para chegar onde jamais deveria ter chegado.
Foi durante muitos anos, um fiel lacaio petista, cumprindo ordens e lambendo o cu dos seus chefes e dirigentes sindicais.
Estratégia que deu certo, pois graças a um Presidente corrupto, semi-analfabeto e cachaceiro, nosso Supremo Tribunal acolheu forçosamente, mais um corpo estranho e sem qualificações.
O PT, alem de ocupar cargos estratégicos no governo e nas estatais, plantava suas sementes nos píncaros de nossa justiça, antevendo e prevenindo-se contra futuros reveses.
Com a virada da maré, o afloramento dos incontáveis escândalos petistas desnudando inúmeros saques ao erário, eis que na hora de precisão, o garoto de recados, o rapagote petista não falhou.
Atropelando o rito processual e a hierarquia da justiça, Dias Toffoli concedeu habeas Corpus a um velho mentor e patrono, mostrando que apesar de ignorante, o Batráquio apedeuda enxergava longe, ao instalar seu pupilo em nossa Corte Suprema.
Apesar da estranheza desse procedimento arbitrário, tudo caminhava para se manter o “status quo”, quando finalmente, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot recorreu ao STF, para que o ministro Toffoli reveja sua decisão no caso Paulo Bernardo, pois violou a liturgia legal, alem do constrangimento causado  ao juiz de primeira instância, responsável pela instrução do processo.
Chamado a se explicar, o garoto petista terá que justificar seu ato temerário de compadrio, atropelando instancias recursais, pois tratando-se de réu sem foro especial, o caso deveria ser no máximo, analisado e julgado pelo STJ.
Esse juizinho deveria ser definitivamente impedido de participar dos julgamentos de petistas, principalmente desses corruptos arrolados no Lava-Jato.
A saída, é preparar um abaixo assinado com milhões de assinaturas, para erradicar esse “corpo estranho” de nossa Corte Suprema.

José Roberto= 08/08/16



quarta-feira, 3 de agosto de 2016

CU DE BOI NA CIDADE MARAVILHOSA


CU DE BOI NA CIDADE MARAVILHOSA

Custou, mas a intimação do Imposto de Renda bateu em minha porta.
Todo ano a mesma coisa. Solicitação de cópias de recibos médicos, despesas com planos de saúde, o prazer de infernizar a vida dos senhores da “melhor idade”, que contra a vontade, gastam mais do que podem, com remédios e visitas forçadas aos inúmeros especialistas.
Tento agendar a visita ao Posto de Ipanema, via Internet, constatando que não há vagas disponíveis. O mesmo ocorre no Posto Central. Tirei até uma foto para documentar a sacanagem,
Os putos nos intimam, dão um prazo e não conseguimos agendar data e local para entregar a documentação solicitada.
Os sacanas querem mesmo é multar e ferrar o contribuinte indefeso, pois com os grandões e políticos não mexem.
Como se já não bastasse a confusão que reina na cidade, com congestionamentos que anteontem atingiram 120 km e ontem talvez, tenha batido o recorde de São Paulo, atingindo 200 km, tenho que agüentar essa aporrinhação da Receita Federal.
Para completar, o prefeitinho gozador, alem do feriado que já havia decretado na sexta-feira(dia 05/08), devido a abertura oficial da Olimpíada, que ocorrerá após as 21,00 horas, decreta também feriado na quinta, alegando que essa medida se faz necessária porque a tocha olímpica chegará finalmente ao Rio de Janeiro.
Acredito que muita gente, inclusive eu, devem ter pensado em mandar o prefeitinho enfiar a tocha “no buraco da bala”.
Ele que atoche a tocha.
Nessa crise fodida que atravessa o país, dois feriados seguidos e não programados, são mais uma pedra no sapato de um novo governo, que tenta encontrar um atalho para nos tirar do buraco em que fomos metidos, contra a vontade, por doze anos de administração corrupta petista.
A cidade está fervilhando, inclusive com as inaugurações das casas temáticas dos países que estarão representados nos jogos, que funcionando até altas horas da madrugada tem causado reclamações dos moradores das redondezas(não é o meu caso, mesmo levando em conta, que a Casa da Suíça, bem em frente, com pista de patinação e otras cositas mas, esteja fazendo uma zorra total).
Hoje começam pra valer os jogos, com nossa seleção feminina de futebol, entrando em campo. Mesmo sem apreciar, torcerei para que saia melhor que a masculina, que ainda sofre com o pesadelo dos 7x1.
A agitação é ampla geral e irrestrita.
Como diria o saudoso Benê Marques, na antiga PRD-6, Radio Difusora de Piracicaba: “Cu de Boi na Área do XV”; parafraseando, “Cu de Boi na Cidade Maravilhosa”.

José Roberto- 03/08/16




terça-feira, 2 de agosto de 2016

O TRANSTORNO OLÍMPICO

O TRANSTORNO OLÍMPICO

Só mesmo o paulistano para imaginar o inferno que se abateu sobre os moradores da cidade do Rio de Janeiro.
O trânsito que já andava bem ruim devido as inúmeras obras, fodeu de vez  com a implantação das linhas verdes nas principais avenidas.
Essa Olimpíada pode ser muito boa para o comércio, para a área de serviços e para  a “putada” que vai faturar alto, porque para o morador comum, com todo o respeito, é uma grande merda.
Para ir ao supermercado, se não tiver uma paciência de Jô, só mesmo nas altas horas da noite ou de madrugada.
Estamos confinados em nossos apartamentos, pois ainda não nos acostumamos com os engarrafamentos quilométricos, tão comuns na capital paulista.
Ainda bem que vai ser apenas este mês, agosto, mês dos ventos e de cachorro louco(como se dizia antigamente).
Muitos discordarão do meu mau humor, sempre repetindo a velha deixa do “legado olímpico”, que a cidade será privilegiada com muitas obras, que trarão mais conforto ao carioca.
Com relação a mobilidade, realmente haverá grandes melhoras, principalmente com a ampliação do Metrô até a Barra da Tijuca.
Já ouvi pronunciamento, que os custos dessa extensão(8,5 bilhões) ficaram dentro dos valores médios internacionais(caralho!!! Será que alguém acredita).
Nosso prefeitinho brincalhão já disse mais de uma vez, que 70% dos custos das obras foram desembolsados pela rede privada, e 30% pelo poder público.
Vejam o caso da Vila Olímpica, mal acabada, dando a impressão que foi feita meio nas coxas, a exemplo da Vila do Pan, que até hoje continua afundando, literalmente, pois foi construída sobre um pântano.
A Caixa Econômica Federal emprestou quase 3 bilhões para o consórcio, obviamente com juros e prazos de dar inveja a um simples mortal.
E o prefeitinho gozador tem o descaramento de afirmar que isso é investimento privado, pois o terreno e os apartamentos são a garantia dos pagamentos futuros.
Na realidade, o poder público financia e torna-se obrigatoriamente sócio do empreendimento.
Se der zebra,  fica com o mico em suas mãos.
Até mesmo na construção do parque hoteleiro a situação foi bem semelhante, apenas mudando as personagens, entrando as Fundações no lugar dos bancos estatais.
As Fundações, principalmente a Previ, Petros, Funcef, entram como investidoras, ficando automaticamente sócias do empreendimento.
Momentaneamente, novesfora as comissões e desvios que encheram os bolsos dos diretores dos fundos, parece que tudo vai de vento em popa, pois vivemos o momento olímpico, com a cidade repleta de atletas e turistas.
O que acontecerá depois dos jogos, quando o exercito e a força nacional voltarem para as origens?
Se com todo esse aparato ainda acontecem assaltos a membros de delegações e jornalistas, imaginem o incremento de crimes que ocorrerá após a debandada do policiamento extra, pois os ladrões tentarão recuperar o tempo e a grana perdida.
O índice de criminalidade deverá aumentar sensivelmente, pois com o estado falido, a Policia Militar e Civil não tem grana para encher o tanque das viaturas, nem mesmo para pagar o salário desses servidores.
Duvido que venham turistas em numero suficiente para ocupar todos esses hotéis construídos para os jogos.
No frigir dos ovos, o abacaxi cairá no colo das Fundações, pródigas em acumular déficits bilionários, rateados entre os participantes e o Tesouro(sempre sobra para o contribuinte).
Mas, como diria o puto velho bigode tingido marimbondo de fogo Sarney: “O Tempo é o Senhor da Razão”.
Quem viver, verá!!!

José Roberto- 02/08/16



segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O PESSIMISTA

ESCREVI ESSE TEXTO HÁ EXATAMENTE 8 ANOS.
ESTAVA PREVENDO A DESGRAÇA QUE ESTAVA POR NOS ASSOLAR, DEVIDO AO COMPADRIO E CORRUPÇÃO DE LULA, DO PT E DE SEUS ASSOCIADOS.
TEXTO RECUPERADO DO BLOG TERRA OPINIAODOZE, QUE INFELIZMENTE, REFLETE BEM OS DIAS ATUAIS E O MEU ÂNIMO, QUE CONTINUA O MESMO.

José Roberto- 01/08/16


O PESSIMISTA

Ao contrário do meu amigo Bastião que envelhece esperançosa na graciosa “Noiva da Colina, sou hoje um pessimista convicto.
Não que tenha nascido assim, era até muito bonzinho, mas fui piorando com o tempo, até chegar a situação atual.
Na minha infância e juventude, era como todos os jovens da época, essencialmente otimista, acreditando num Brasil melhor, com oportunidade para todos, enfim o gigante adormecido levantava de seu berço esplêndido.
Havia duas opções para quem morasse em Piracicaba naquela época e que não tivesse dinheiro para estudar fora(meu caso), cursar Agronomia, a primeira preferência, ou Odontologia.
Concluindo o científico e com a abertura da Faculdade de Economia, após longas conversas com meu grande e saudoso amigo Norberto, optei por fazer esse  curso, pois meu pai não era fazendeiro e de dentista sempre quis distância, alem do mais, o país entrava firme na era do desenvolvimento e os temas em voga eram, planejamento,  programas plurianuais, metas, objetivos etc.
Durante os quatro anos do curso, apesar da repressão a liberdade de imprensa e problemas estudantis, continuava otimista, pois ansiava pela formatura, um bom emprego e o sonhado tutuzinho.
O país atravessava uma ótima fase, havia emprego para todos, com grande necessidade de mão de obra especializada.
Comecei a trabalhar na CESP logo após a formatura, ganhando quatro vezes mais que o meu salariozinho de bancário, que me custeou durante esses anos.
Acostumado a contar centavos, passei a receber uma nota preta(na visão de um duro)
Durante os cinco primeiros anos como profissional, trabalhava muito e continuava otimista, até que, com a mudança do governo, o honrado e ilustre presidente Professor Lucas Nogueira Garcez foi substituido por Luiz Marcelo. Aí a coisa começou a mudar.
Luiz Marcelo  era um católico carola e fajuto que adorava mordomias,
Sua primeira providência foi reformar a pousada em Campos de Jordão, que servia de alojamento para os funcionários em trânsito.
Transformou a pousada em seu castelo particular, provendo a dispensa da casa com tudo do bom e do melhor, com uma adega de fazer inveja a qualquer milionário.
Foi lá que provei pela primeira vez, uma dose do “Royal Salut”, pois o homem era muito chegado a um bom uísque. Bota bom nisso!
Tinha uns doze filhos e uma mulher que adorava usar os helicópteros da empresa em sua viagens. Esses aparelhos eram utilizados para supervisionar as redes de alta tensão e essa senhora chegou ao absurdo de comprometer esse trabalho.
Embora na gestão anterior houvessem problemas, puxa-saquismo, promoções suspeitas, a situação era tolerável.
Na era Luiz Marcelo a situação deteriorou e comecei e enxergar mais claramente, percebendo que nem tudo era preto ou branco, mas que haviam muitas áreas cinzentas e nebulosas.
Começou o meu desencanto, ou melhor comecei a entrar “na real”.
Não agüentei muito tempo a mudança radical de costumes e valores, pois abominava ficar coçando o saco, fingindo trabalhar.
Aceitei um convite e vim para o Rio, para organizar na Eletrobrás, a área de comercialização de energia elétrica.
Por aqui a situação não era diferente. Existiam algumas diretorias em que o pessoal trabalhava para valer e outras que eram pura embromação, com gente que ficava cruzando o país atrás de diárias e ajudas de custo, atrapalhando ao invés de ajudar as concessionárias estaduais de energia.
Fui ficando mais cético, mais amargo, vendo incapazes ocuparem cargos importantes sem um mínimo de competência e qualificação, graças a padrinhos e políticos que lhes davam a necessária cobertura.
Com a democratização do país, ao invés de melhorar as coisas pioraram.
O governo Sarney foi uma desgraça. Collor quase nos afundou de vez.
Com o topetudo e temperamental Itamar a situação apresentou melhoras. FHC teve um bom primeiro governo, arruinando sua gestão quando negociou descaradamente o segundo mandato, desprezando tudo que havia escrito e pregado anteriormente,
As negociatas, roubalheira e corrupção que sempre existiram, começaram a ganhar fôlego, a ponto do antigo líder sindicalista afirmar que no Congresso havia mais de trezentos picaretas.
Quando após muita persistência, o sindicalista conseguiu se eleger presidente do Brasil, embasbacado pelo gosto do poder e assessorado por uma corja de espertalhões, transformou o país num cabide de empregos, ajeitando a vida de milhares de cupinchas, políticos desempregados e facilitando as tramóias de seus compadres.
Para esses sortudos, bons empregos eram uma barbada.
Os pobres coitados que se formam e tentam entrar para o mercado de trabalho estão ferrados, concorrendo com milhares e sujeitando-se a cargos não condizentes com sua formação e a salários aviltantes.
Se bem que a maioria desses pretensos profissionais, sejam oriundos de universidades caça níqueis, verdadeiras fábricas de diplomas que inundam o mercado de técnicos semi-analfabetos, sem a formação requerida e desejada.
Essas faculdades, quase sempre de políticos, contribuem para conspurcar o ensino no país, que do básico ao médio, são também sofríveis, devido a baixa remuneração e qualificação insuficiente dos professores.
Convivemos a duras penas com problemas seríssimos na educação, na saúde que agoniza e na segurança.
Hoje, nas capitais e cidades maiores, é uma temeridade dar um passeio noturno sem nos sujeitarmos a riscos imensos.
As ruas, avenidas, bairros e favelas tornaram-se patrimônio dos bandidos e traficantes, que sobrepujam o poder público, impondo suas bárbaras leis.
Apesar das promessas, do imenso volume de dinheiro arrecadado com nossos impostos, não vemos sinais patentes de melhoria.
Viver torna-se uma aventura, com um script que contraria tudo aquilo que almejamos.
Graças a Deus, meus filhos já estão adultos e encaminhados, contando com a retaguarda que pude lhes propiciar e com resultados fruto de seus próprios méritos.
Quando penso no futuro fico ainda mais amargo, pois não sei o que estará reservado à meus netos e seus sucessores.
Para desfazer as burradas dos governos e especialmente do atual, para colocar novamente o país nos trilhos, só mesmo a vinda de um novo Messias!
Será que sou mesmo um pessimista?

José Roberto- 31/07/08

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