segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A DERRADEIRA CRÔNICA

A DERRADEIRA CRÔNICA

Tenho absoluta certeza, que pelo menos um dos meus minguados leitores ficaria muito feliz se o título fosse levado ao pé da letra.
Esse leitor em particular anda sumido.
Ou se aborreceu de vez com meus textos, ou prefere curtir seu desagrado em silêncio, sem se manifestar.
Sinto falta de seus estrilos.
Esclareço, a quem interessar possa, que essa é apenas a última crônica do ano, pois entrarei em recesso até meados de janeiro, afastando-me dessa terrível e viciante máquina, o computador.
As vésperas de um Natal, que espero seja feliz para todos, 2013 agoniza.
Num balanço geral, entre lucros, perdas e danos, encerro num empate técnico.
Um ano de disputas, querelas, pendengas, deixando vislumbrar uma fraca luzinha no final do túnel, suficiente para que as esperanças não feneçam.
Todavia, no plano espiritual e emocional, um ano quase perfeito, com estreitamento dos laços afetivos, com a família ainda mais unida, finalmente acrescida por uma “coisinha” especial, um presente fofinho, a netinha que tanto esperávamos.
O país tropeça na mesmice de um governo tacanho, palrador, que gasta muito mais em propaganda que em obras efetivas, cuja única preocupação é a perpetuação no poder, associando-se a políticos corruptos e inescrupulosos sem o menor constrangimento.
O Congresso Nacional continua exatamente na mesma, evidenciando que continua a dar “bananas” para os eleitores, preocupados apenas em aumentar vantagens pessoais, dignos representantes do PIP(Partido do Interesse Próprio). Continua valendo a máxima, ou mínima: “Justamente de onde menos se espera, é daí que não sai mesmo nada”.
Ao menos, nossa morosa justiça deu um passo à frente.
A condenação dos mensaleiros,  graças ao esforço estóico do Ministro Joaquim Barbosa, com a colaboração de outros dois ou três ministros de boa cepa, fez cair por terra as dúbias pretensões dos Lewandowiski e Toffolis da vida, imbuídos em inocentar bandidos perigosos, do quilate de um José Dirceu.
Difícil entender, porque as maiores penas foram atribuídas aos operadores e colaboradores do sistema mafioso, engendrado por Dirceu e sua gangue, com a finalidade de saquear os cofres públicos.
Em condições normais de temperatura e pressão, o mentores deveriam ser punidos com as penas mais rigorosas.
Mesmo assim o sistema judiciário marcou pontos positivos, provando, que as vezes, a justiça é realmente para todos.
Até o aguardado “Toplezasso”, prometido para o final de semana em Ipanema, foi um fracasso.
Ameacei comparecer, para prestigiar a moçada que botaria os peitos para fora, sendo demovido por apenas um olhar atravessado de Dona Regina, alem da velada ameaça de alguns cascudos.
Pelas fotos, não perdi grande coisa.
Apenas uma meia dúzia de “peitudas” deixaram suas mamas ao vento, cercadas por milhares de babões curiosos, desiludidos com o fracasso do movimento do “peito livre”.
O Toplezasso foi articulado em protesto contra a polícia do Rio, que proibiu filmagens para um comercial, onde uma jovem artista desnudava seus seios perante as câmeras e alguns curiosos de ocasião.
Nossa polícia é mesmo uma piada.
Ao invés de se preocupar em reprimir os assaltos e arrastões que costumeiramente ocorrem nas praias, reprime a exposição da beleza, da estética corporal, do charme sedutor dos mamilos tremulando ao vento.
Por essas e muitas outras, o ano chega ao fim em boa hora.
Com nosso natural otimismo, sempre esperamos que o ano novo seja melhor que aquele que termina.
Retiro desse otimismo os votos que formulo a todos meus amigos, pacientes e fieis leitores.
Que 2014 seja realmente melhor, que sejamos campeões do mundo apesar da grana desperdiçada, que ao menos parte de nossas aspirações sejam alcançadas, e que apesar de tudo, jamais deixemos de sonhar.

José Roberto- 23/12/13



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O PRIMEIRO NATAL DE LETÍCIA

O PRIMEIRO NATAL DE LETÍCIA

Como todos os anos, aguardamos com boa dose de ansiedade, a chegada do Natal.
Independente dos problemas e dificuldades que nos tenham afligido nesse percurso, estamos aqui, prestes a celebrar essa importante data.
O Natal é essencialmente uma celebração familiar, a comemoração da vida, época do estreitamento dos laços afetivos, da renovação das esperanças.
Independente das condições atmosféricas, percebe-se no ar, um clima diferente, uma sensação de maior camaradagem entre as pessoas, um arrefecimento em nossas birras, antipatias e aflições.
Até mesmo corações empedernidos são tocados pela magia do Natal.
Aqueles com dificuldades de externar seu amor e alegria, suprem essa deficiência correndo às lojas, comprando mimos e presentes, manifestando seu afeto através desses artifícios.
O importante é despojar-se dos sentimentos pequenos, e com o peito transbordando de amor, estendê-lo a todos os que nos são próximos.
O Natal sempre trás lembranças agradáveis, de quando éramos pequenos, de quando nossos filhos eram pequenos, das reuniões nas casas de nossos pais, de nossos sogros, nossos avós.
Quantos momentos felizes, lembrando das feições estarrecidas das nossas crianças diante da chegada do Papai Noel.
Nos natais de Itanhaém, sempre alguém era destacado para representar o bom velhinho.
Numa dessas ocasiões em que o papel me coube, quando apareci devidamente paramentado, com as luzes da sala apagadas, apenas com a fraca iluminação das velas e das luzinhas da árvore, lembro que minha caçula, a Fernanda, com seus cinco ou seis anos, ainda na dúvida sobre a existência ou não do Papai Noel, olhou para mim, examinando com atenção um pouco do meu cabelo que não estava coberto pela peruca, dizendo: “parece meu pai, mas ele não tem cabelo branco”.
Fui salvo do reconhecimento pelo talco salpicado nos cabelos, naquela época, ainda pretinhos.
Muitos natais já se foram e hoje não temos mais juntos de nós, nossos pais e nossos sogros, que todavia, continuam nos acompanhando “lá de cima”.
Com a chegada da doce Letícia, assumimos novos papeis.
Somos agora os patronos, os avós corujas a paparicar esse presente maravilhoso que veio em hora tão oportuna.
É impressionante, a alegria que se instala num lar e numa família, com a chegada de um bebê tão ansiosamente esperado.
Bruno e Fernanda, os pais, transitam pelo “sétimo céu”.
Até mesmo Bahuan, o impetuoso buldogue francês, presta seus respeitos a pequenina, mantendo distância numa atitude protetora.
O grande coração da tia Maria Silvia, transborda de felicidade aos memores gestos e resmungos da pequenina e maravilhosa sobrinha.
Júnior, mais reservado, abriu a torneira dos sentimentos, nos emocionando com as demonstrações de carinho excessivo para com a sorridente Lelê.
Estamos em clima de festa, nos preparando para a chegada do “bom velhinho”.
Será o primeiro Natal da nossa querida Letícia.
O início de um novo ciclo, se Deus quiser, longo, feliz e promissor, será instaurado na casa dos Ferraz/Seligmann.

José Roberto- 20/12/13




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O BRASIL JÁ VAI A GUERRA

O BRASIL JÁ VAI A GUERRA

“Comprou porta-aviões, um viva pra Inglaterra, oitenta e dois bilhões, mas que ladrões”.
Em 1952, Juca Chaves já ironizava os delírios bélicos do país, que sob ufanismo do Presidente Juscelino Kubitshek, mineiro tido como esperto, não comprou “um bonde” paulista, mas uma batata podre dos ingleses, uma sucata flutuante, que já havia sido um porta-aviões, rebatizado sugestivamente como Minas Gerais.
Ontem, empenhada em reforçar sua campanha de marketing, pois a eleição está chegando, Dona Dilma, deu uma rasteira nos franceses com quem flertava abertamente, fez uma “banana” para os americanos, contrariada com os últimos acontecimentos, jogando-se nos braços dos sedutores suecos, que corriam por fora.
Desistiu dos Rafales(Dassault) e dos F-18 Hornet(Boeing), optando pelo caça sueco, ainda em fase de testes e com pouquíssimas horas de vôo.
A Presidente foi seduzida pelo menor preço, a bagatela de 4,5 bilhões de dólares e pela promessa de transferência total da tecnologia, que ainda está no banco de provas.
Dinheiro jogado fora!
Para que o Brasil precisa de 36 caças super-sônicos se não temos o menor cacuete para guerras, não conseguindo vencer nem mesmo as internas, contra o crime e a violência urbana, que mata mais que as guerras do Afeganistão e Iraque?
Para demonstrar que o país é uma força emergente em todos os sentidos, fazendo birra e de pirraça com os Estados Unidos, Dona Dilma mostrou que “tem a força”.
Ainda de quebra, ameaça dar asilo a Edward Snowden, o dedo duro da CIA, que delatou que o Brasil e muitos outros países “amigos” eram espionados pelos americanos, inclusive telefones e computadores pessoais.
Quando soube do fato, Dona Dilma ficou nervosinha, bateu os pés, esperneou, tentando dar ao episódio dimensão maior que a realidade, pois a bem da verdade, não temos nada que valha pena aos USA nos espionar, a não ser a “arte” da corrupção, de como meter a mão no dinheiro público e se dar bem.
Nesse quesito, somos “hors concours”.
Ao invés de gastar essa dinheirada na compra de jatos supérfluos, a força área deveria adquirir aviões nacionais, para patrulhamento de nossas extensas fronteiras e águas territoriais, reduzindo o tráfico de drogas e o contrabando de armas, medidas positivas que contribuiriam para melhoria da nossa segurança interna.
Exigir bom censo de políticos é utopia.
Em tempos de campanha o que vale é a propaganda, mostrando ao povão que não nos curvamos diante de nenhuma grande potência.
Somos mesmo os “fodões”.

José Roberto- 19/12/13






quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DOS CARGOS

O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DE CARGOS

Em votação simbólica, sob protestos de alguns gatos pingados do PSOL e PPS, a Câmara dos Deputados aprovou ontem a criação de mais 94 cargos, a serem divididos entre “comprades” dos novatos PROS e SOLIDARIEDADE.
O PROS e o SOLIDARIEDADE, iniciam suas jornada legislativas demonstrando fazer jus as suas siglas. São “prós e solidários” consigo mesmos, espertalhões que fundam partidos para mamar nas tetas das verbas partidárias e mascatear seus tempos na TV.
Mostram descaradamente à que vieram!
Essas 94 tetas adicionais, vão custar a bagatela de 11,5 milhões em 2014, novesfora seguro saúde, férias, horas extras não trabalhadas e outros penduricalhos.
Segundo informações da Assessoria de Imprensa, em fevereiro de 2013,  a Câmara dos Deputados possuia 3.449 funcionários concursados , 1.413 cargos de natureza especial(CNEs-os indicados), alem de 3.056 terceirizados.
A essa imensidão de “bem afortunados”, somam-se 11.034 secretários parlamentares, contratados com a verba de representação dos deputados. Em média, 21 funcionários por gabinete.
Um verdadeiro mar de sangue-sugas!!!
Nem empilhados, esses vagabundos caberiam nas instalações físicas da Câmara Federal.
Se para cada novo partido que surgir forem adicionadas mais 47 vagas, estaremos realmente marchando para o caos e insolvência, com aumento inevitável da nossa já extorsiva carga tributária.
Na boca, com a saliva espumando, a REDE da aitolá ecológica Marina Silva, será a próxima agraciada.
Outros 27 partidos aguardam sedentos, a oportunidade de se juntar aos 32 existentes e a REDE, que já é favas contadas.
Não podemos esquecer, que todos esses novos partidos, surgem de arranjos internos e negociatas, redundando num troca-troca entre os safados já eleitos, que se dividem, para compor essas novas quadrilhas e desfrutar das benesses.
Quando nos defrontamos com esses dados, com o que ainda esta por vir, temos mesmo que dar gargalhadas.
Sorrir por reconhecer que somos uns panacas, uns pobres coitados, que se deixam espoliar sem reagir proporcionalmente as ofensas e embustes que nos atingem.
A ganância desses canalhas não tem limites.
Querem tudo e um pouco mais.
Reagimos como mulher de malandro: “quanto mais tu me bates, mais gosto de ti”.
Somos um povo e um país sem vergonha!

José Roberto- 18/12/13





terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ

ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ

Apesar das brincadeiras e algumas trocas de farpas com meu genro, fluminense roxo, tinha certeza antecipada do resultado.
Cinco a zero para o Fluzão, que conseguiu no tapetão, proeza jamais concretizada dentro das “quatro linhas”, nesse fatídico ano de 2013.
Apesar da tendência de torcermos para os mais fracos, temos que reconhecer a imparcialidade do julgamento. Se descumpriu os regulamentos, tem que ser punida.
A Portuguesa, atestando a veracidade de nossas piadas e gozações, deu uma de “português” e pagou caro pelo mancada.
Os patrícios provaram que ao contrário da boa gestão das padarias e botecos, são péssimos na administração de clubes de futebol.
Não adianta espernear, reclamar, recorrer a instâncias superiores porque a sorte da Lusa está selada.
Pisou na bola, fez gol contra!
Nem mesmo o protesto de sua “imensa torcida”, capaz de lotar meia dúzia de Kombis, nem mesmo o repique estridente dos tamancos raivosos, as portas do Tribunal de Justiça Desportiva poderá reverter essa decisão amparada na lei.
Se a lei e os regulamentos são justos ou não, é outra história.
Está em vigor por ter sido aprovada pelos dirigentes das federações e dos clubes.
Que a CBF e órgão coligados necessitam de uma faxina urgente, não há dúvidas.
Um antro de ratos e corruptos que fizeram fortuna, começando pelo Matusalém Havelange, o Sarney do futebol, que não satisfeito em depenar os clubes do país, bandeou-se para a Fifa, apurando sua picaretagem e estendendo-a a nível mundial.
Deixou no Brasil, sucessor de alto quilate, seu genro, Ricardo Teixeira, expert em gatunagem, contrabando , comissões e contratos de gaveta.
Essa herança maldita que avacalha nosso futebol, tende a perenizar-se, agora sob a tutela do “puto velho” Marin, político da velha guarda adesista, em ocaso de carreira, que após tirar sua casquinha, pretende repassar o cetro para um comparsa da mesma curriola.
Não há qualquer expectativa de melhorias.
O que está ruim, tende a piorar.
Voltando ao julgamento, impossível apagar em nossa cuca, aquela luzinha de incerteza:
Será que a firmeza dos juizes seria a mesma se réu fosse o Fluminense?
Recordo, que alguns anos atrás, o Flu conseguiu a proeza de saltar direto da terceira divisão para o grupo especial, sem a necessária escala na segundona.
Perguntas que ficam no ar e que jamais serão respondidas.
Não questiono a decisão, porem os fracos, os pequenos, sempre sentirão na pele os rigores da lei, enquanto os poderosos se beneficiam das nuances, das entrelinhas e até mesmo dos agravos e recursos infringentes, adjacentes, adstringentes, efervescentes e poluentes.

José Roberto- 17/12/13







segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

LEMBRANÇAS DE ATIBAIA III

LEMBRANÇAS DE ATIBAIA III

A Regional de Atibaia começou a existir de fato, em março de 1970.
César Roland era o Gerente Regional, Sérgio Pereira o chefe da Divisão Técnica, eu, chefe da Divisão de Vendas de Energia e Molina, Chefe da Divisão Administrativa, sem esquecer da Nara, que era a Assistente Social.
Nos instalamos provisoriamente num prédio situado na região central,  na rua José Alvim, aguardando a construção da nossa sede, próxima ao antigo aeroporto, num terreno cedido pela prefeitura.
Era um período de adaptação, de recrutamento de funcionários para compor nossos quadros.
As cidades que compunham a Regional tinham suas redes de distribuição precárias e o ritmo de obras era intenso.
César Roland, o gerente geral, sempre foi muito fino, educado e inteligente, uma das raras pessoas que admirei e respeitei em toda minha vida profissional,  pois diversas vezes, sem ser um especialista no assunto, me deu as “luzes” para destrinchar difíceis problemas(voltamos a trabalhar juntos, em 1975, em São Paulo, no Departamento Comercial).
O primeiro acidente fatal com um funcionário da Regional, em meados de 1971, chocou a todos.
A turma de manutenção fazia reparos numa linha de distribuição próximo a Piracaia.
Era um dia limpo, ensolarado, sem o menor sinal de chuvas.
Por falha humana e descumprimento das normas de segurança, não foi feito a aterramento adequado, isolando o pessoal que estendia ou verificava os cabos elétricos.
Por infelicidade, um raio no pé da serra, a quilômetros de distância, energizou a rede, fulminado um eletricista que trabalhava sem a devida proteção.
Convem salientar, que a região de Atibaia possui um elevado índice isoceráumico(incidência de raios)
Sob um clima de comoção geral, acompanhamos o enterro e prestamos a jovem viúva nossos sentimentos.
A viúva estaria amparada, pois como dependente do funcionário acidentado, continuaria recebendo uma pensão mensal, alem de uma indenização paga pela própria CESP.
César Roland, talvez no calor da emoção, insistiu para que nós, da equipe gerencial da Regional, nos cotizássemos e fizéssemos uma doação adicional em espécie, para a viúva.
Não tivemos como escapar, e mesmo constrangidos, entramos com nossa parte.
Como morávamos na Vila Salles, com exceção do Molina, a tardinha, após do enterro que havia acontecido pela manhã, num mesmo carro, César, eu e Sérgio, nos dirigimos a casa da viúva, que ficava próxima do nosso caminho.
Ao nos aproximarmos, topamos com uma casa cheia, com vários homens e alguma mulheres festivas e tomando cerveja, que pelo jeito, corria solta e a vontade.
A viuvinha alegre, estava encastelada no colo de um sujeito “graúdo”, aos beijos e com um copo na mão.
Nem chegamos a descer do carro.
César ao volante, deu meia volta e nos mandamos estarrecidos para casa.
No dia seguinte, a grana voltou aos nossos bolsos, após concluirmos que a viúva não merecia condolências nem agrados adicionais, pois já os estava recebendo com sobras.
Diz o ditado popular, que a dor da viuvez passa rápido.
Mas a dessa viuvinha, passou a jato.

José Roberto- 16/12/13









sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ESCOLAS E RUAS REBATIZADAS

ESCOLAS E RUAS REBATIZADAS

Depois da criação dessa ridícula Comissão da Verdade, infestada de petistas e esquerdistas rancorosos, que se propôs a investigar apenas uma das faces da verdade histórica, daquela que lhes é mais conveniente, virou modismo alterar o nome de escolas, ruas e avenidas , substituindo nomes dos homenageados, por “personalidades” questionáveis.
Em Salvador-BA, o Colégio Estadual Garrastazu Médice, terá seu nome mudado para Colégio Carlos Marighella.
Segundo a diretora da escola, o nome foi escolhido pelos próprios alunos, em votação interna.
Se o nome Médice não era boa indicação, Marighella é um abjeto, uma referência espúria, terrorista sanguinário que lutou para implantar o comunismo no Brasil. Esse bandido não dava a mínima para a democracia, como tentam nos impingir crápulas demagógicos.
Ora bolas, conta outra diretora!
Se os pobres dos alunos mal sabem ler, não conseguem interpretar um texto, realizam porcamente as quatro operações, concluem o curso com “analfabetos funcionais”, como teriam capacidade para escolher e sugerir nomes para essa alteração?
A absoluta maioria desses pequenos ignorantes desconhece quem foi Garrastazu Médici e Carlos Marighella. Pouquíssimos sabem o nome da Presidente, do Governador e do Prefeito.
Obviamente foram emprenhados por essa diretora e professores, que ao invés de se preocuparem com a melhoria do ensino e até mesmo das instalações, preferem fazer média, surgindo com essas propostas estapafúrdias.
O importante para uma escola não é o nome, mas a qualidade dos professores e do ensino que repassam aos alunos.
Gostaria de conhecer a avaliação dessa escola. Tenho certeza que é das piores.
Esse péssimo exemplo, tem se repetido em diversas cidades, que insistem em substituir nomes de ruas, parques, avenidas, antigos e consolidados, por nomes recentes da nossa história.
Mesmo em se tratando de pessoas respeitáveis, essa mudança é inoportuna pelos entraves que ocasiona, principalmente os burocráticos, pois a mudança do nome de uma rua implica na alteração de registros e do próprio endereço.
Na maioria dos casos, custa ou o novo nome “não pega”.
É o caso do ‘Aeroporto Internacional Tom Jobim”.
Todo mundo continua chamando de “Galeão”.
Pergunte aos motoristas de táxi?
Em nosso país de bananas, ao invés de nos preocuparmos com a melhoria do ensino nas escolas, da conservação das ruas, dos nossos saturados aeroportos, optamos pela solução mágica.
Basta trocar o nome que está tudo resolvido!”
Droga de país que não é serio!

José Roberto- 13/12/13




quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

E O RIO VIROU MAR

E O RIO VIROU MAR

Bastou uma noite de chuva forte para o Rio submergir.
Bairros inteiros completamente inundados, ruas e avenidas alagadas, até a rodovia Presidente Dutra foi tomada pelas águas.
Pessoas que moram nos subúrbios e nas cidades do entorno, não conseguiram chegar ao trabalho.
As mais corajosas que tentaram, ficaram ilhadas em ônibus e trens, durante horas, sujeitas a assaltos e saques, que costumam acontecer sempre que ocorrem congestionamentos, nas barbas de uma polícia inoperante e ineficaz.
O inacreditável, é que todos conhecem os locais onde ocorrerão os roubos e saques, menos a polícia, que prefere ficar longe da chuvarada, bem abrigada, em seus quartéis ou delegacias.
Nosso prefeitinho está de parabéns!
Derrubou uma das válvulas de escape das enchentes, o elevado da Perimetral, em troca de uma tal  Via Binário, que ontem era mais indicada para o trânsito de barcos e submarinos.
Mas a vista ficou muito melhor, alegam os afortunados defensores da derrubada, espertalhões que compraram terrenos a preços de banana na zona portuária e lucrarão “zilhões”, com a super-valorização da área.
Realmente a vista ficou melhor. Com as chuvas, tudo virou um “marzão” sem fim.
Se a Via Binário, planejada com todo requinte pelos gabaritados técnicos da prefeitura, “fez água” na primeira chuva mais forte, o que poderá acontecer, quando os túneis da futura via expressa estiverem concluídos?
Fico até constrangido em vaticinar!
Poderá ocorrer uma catástrofe, um afogamento geral, mesmo sem a colaboração de um tsumani qualquer.
Por sorte, zona sul e centro foram pouco afetadas pelo temporal.
Cheguei tranqüilo ao escritório, pois o movimento era pequeno.
A tarde, fiz compras num Supermercado vazio, com alguma falta de produtos  pois a reposição era insuficiente,  inclusive com a redução dos caixas, que não conseguiram chegar ao local de trabalho.
Ontem a cidade literalmente parou.
Ao contrário de São Paulo, a cidade que não para mesmo assolada pelas costumeiras enchentes, o Rio, com seu clima especial e sua malemolência, para, seca das canelas, sacode a poeira e dá a volta por cima.
Tubo bem, ou tudo mal, num dia normal, sem previsão de grandes eventos.
Imaginem se esse estrago ocorrer durante a Copa?
Nem é bom pensar!!!

José Roberto- 12/12/13


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

SAÚDE VERGONHOSA



 
SAÚDE VERGONHOSA

Somos mesmo um país de segunda, com uma população de “bananas” e indolentes.
A notícia publicada hoje no O Globo, estampada acima, demonstra a falta de vergonha, o desinteresse e a indiferença do governo para com o povo, que sofre, agoniza e morre, em casa, ou nas filas e corredores dos hospitais.
Os culpados atuais por essa situação catastrófica são, Dona Dilma, preocupada apenas com a reeleição e Alexandre Padilha ministro da “falta de saúde”, incapaz e inodoro, outro poste descoberto pelo Batráquio apedeuta, cuja pretensão é ser governador de São Paulo.
Se a situação é caótica assim no Rio, onde quase 13 mil aguardam uma cirurgia, alguns há mais de 7 anos, o mesmo deve estar ocorrendo nas demais capitais e cidades populosas.
Um exame para diagnóstico do câncer, leva meses, ou até anos para ser realizado.
Com toda certeza, quando o pobre coitado conseguir realizá-lo, será tarde.
Como podemos conviver com essa demonstração de desprezo, de desamor ao próximo, enquanto assistimos calados nossos políticos oportunistas e dirigentes corruptos, que ao mais leve sintoma de uma simples dor de barriga, requisitam um jato da FAB e se mandam para o Sírio-Libanes, ou Eistein, para se submeterem a exames e tratamentos de imediato, sem fila de espera, sob os cuidados de medalhões e especialistas de primeiríssimo mundo.
E tudo com nossa grana, sem limite de gastos!
Causa repulsa, saber que esse massacre silencioso ocorre bem próximo, em nosso bairro, em nossa cidade.
Causa asco ainda maior, ao tomarmos ciência, que bilhões estão sendo desperdiçados na construção de “arenas” ultra modernas, para sediar os jogos da próxima Copa do Mundo. Algumas, em estados que não possuem times de expressão e que provavelmente, após esse dispendioso evento ficarão as moscas.
Sinto vergonha pela nossa submissão, ao ver esse cretino do presidente da Fifa, Joseph Blater, desfilar por nossas ruas com mais de 30 seguranças, com batedores fechando avenidas e ruas adjacentes, para que o presidente de uma entidade privada corrupta, desfile tranqüilamente, recebendo tratamento privilegiado de chefe de estado.
Sinto vergonha por não fazer nada, pela impotência de esbravejar, tentando alterar essa situação desumana e vexatória.
O povo sempre foi massa de manobra, instrumento da política e dos políticos para se dar bem, gado marcado, amansado com alguns afagos a exemplo do “bolso esmola”, que o condena a eterna indigência.
Infelizmente, não enxergo alternativa para os pobres e para a nova classe média(orgulho da embromação petista), famílias com renda pouco acima dos R$ 1.400,00.
Esses continuarão com seu estigma, sofrer e morrer nas intermináveis filas de espera.
Já escrevi inúmeras vezes sobre esse mesmo tema e continuarei escrevendo. Minha revolta expressa, serve ao menos como um desabafo.

José Roberto- 11/12/13

PS-Peço desculpas, por não saber inserir a foto na posição correta.





terça-feira, 10 de dezembro de 2013

LEMBRANÇAS DE ATIBAIA II

LEMBRANÇAS DE ATIBAIA II

Deixando de lado assuntos políticos que continuam sendo exatamente os mesmos, aquela nojeira de sempre, pincei da velha memória, gasta e carcomida, mais algumas lembranças pitorescas do período que trabalhei em Atibaia.
No começo de 1971, quando a sede da Regional se localizava provisoriamente no Centro, na Rua José Alvim, estávamos reforçando o quadro de funcionários, admitindo pessoal local e da vizinhança.
Para os quadros da DVE(Divisão de Vendas de Energia) cujos pretendentes, na etapa final de admissão eu mesmo entrevistava, optei por um mineirinho quieto, de rosto meio bexiguento e avermelhado, que aparentava ter os requisitos necessários para o cargo.
Não recordo seu nome, mas ele se adaptou rapidamente, demonstrando ligeireza no aprendizado e extrema boa vontade.
Nessa época, surgiu a Loteria Esportiva como uma grande novidade, e esse funcionário se tornou o encarregado dos “bolões”, arrecadando nossa grana e fazendo as apostas.
Era o porta-voz de nossos sonhos.
Nunca ganhamos nada, pois o mineirinho devia ser pé frio, suas previsões eram todas furadas.
Certo dia, pediu para eu ser avalista de um empréstimo que estava tomando no Banespa, de 1.500,00 (cruzeiros?), o dobro de seu salário mensal.
Como era meu subordinado direto, fiquei meio sem graça e assinei a mal fadada Nota Promissória, sem racionar como ele poderia quitá-la, pois sabia o quanto ganhava.
Passado algum tempo, recebi uma ligação do gerente do banco, me informando que caberia a mim, o avalista, honrar o empréstimo não saldado.
Fiquei puto e pressionei o mineirinho quieto, descobrindo, junto com outros que como eu, haviam entrado numa fria, que o danado havia tomado empréstimo em todos os 11 ou 12 bancos que existiam na cidade, e que esses empréstimos estavam vencidos e não pagos.
Fiquei admirado da lábia desse sujeito, pois eu que era procurador da CESP, assinando cheques e outros documentos da Regional, quando busquei um financiamento para meu primeiro “Opala”, tive que me explicar direitinho e arranjar bons avalistas para liberar a grana solicitada.( 10.000,00, a ser pago em 24 prestações de 539,30- meu primeiro grande empréstimo).
Investigando mais a fundo, descobri que esse mineirinho quieto, fora da empresa, era um gastador desbragado, freqüentando diariamente um boteco onde alem de gastar uma nota preta com cerveja, se deleitava com prostitutas.
Fora da Cesp, o mineirinho quieto era um capeta libidinoso.
Com ganas de lhe dar uns tapas, montei com a Divisão Administrativa um esquema para sua demissão, cujo acerto seria feito em dinheiro vivo, o qual ficaria em nosso poder, para amenizar o prejuízo de seus avalistas.
Naquela época, as demissões eram feitas na sede da própria Regional, sem necessidade da intervenção de sindicatos. Bons tempos.
Após darmos baixa em sua carteira e ele assinar confirmando o recebimento  da grana correspondente, requisitamos o dinheiro e fizemos o rateio entre os funcionários menos categorizados que haviam confiado naquele picareta.
Obviamente, por desempenhar cargo de chefia, não sobrou nada para mim, alem do prejuízo, renegociado e refinanciado com o Banco.
Tenho certeza que o Arlindo, o Prata, o Paternost e o Doratioto lembram desse pilantra, que com sua fala mansa nos passou uma bela rasteira.
Dizem que esses atos irresponsáveis servem para o nosso aprendizado, para formar e alicerçar nossa experiência de vida.
Pura besteira, pois duvido que outros como eu, não tenham caído novamente na mesma esparrela.
O difícil e admitir, que apesar de burros velhos, continuamos acreditando nas pessoas e tomando na “tarraqueta”.


José Roberto- 10/12/13

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A CIDADE AMANHECEU CHORANDO

A CIDADE AMANHECEU CHORANDO

Apesar do sol ter dado as caras nessa segunda-feira fatídica, dá para sentir a tristeza impregnada no ar.
Fluminenses e vascaínos acordaram com uma ressaca terrível. Nenhuma pasta de dentes conseguirá tirar da goela aquele gosto amargo de fel.
O desastre anunciado aconteceu. Duas grandes equipes do Rio rebaixadas para a segundona.
Grandes?
O Fluminense até que possui um plantel razoável, mas bobeou demais, sentado nos louros da conquista de 2012.
Presumiu equivocadamente, que o título de ano passado seria um passaporte seguro para a travessia de 2013.
Perdeu ou empatou jogos que eram favas contadas, deixando escapar pontos preciosos que fizeram falta na reta de chegada.
Excesso de auto-confiança e treinadores sem a menor sintonia com o elenco, a exemplo do histriônico “Luxemburro”, induziram o time a inevitável bancarrota.
Já o Vasco, desde o início do campeonato, foi um timinho desprovido de talentos.
Atolado em dívidas desde a longeva administração do trambiqueiro Eurico Miranda, não consegue pagar o salário dos atletas, muito menos contratar bons jogadores, tendo que remediar com os novatos das divisões de base, ainda verdes, para peitar de frente um campeonato nacional.
Em que pese o empenho dessa equipe medíocre, não foi nenhuma surpresa a derrocada final.
Sucumbiu em grande estilo, levando uma goleada que entrará para a história obscura dos cruzmaltinos.
Lamentável, ainda pior que o rebaixamento, foi a batalha campal dos torcedores do Vasco e Atlético Paranaense, desencadeada por desocupados, que se passam por torcedores, subsidiados pelos próprios clubes, que insistem em manter esses antros de desordeiros disfarçados em torcidas organizadas.
Quem viaja para o exterior, fica surpreso pela falta de notícias do Brasil, a não ser as desabonadoras.
As imagens desse vale tudo sangrento já estão correndo o mundo, mostrando com certa dose de razão, que ainda somos um povo inculto, onde a barbárie está sempre presente.
Apesar das gozações, das brincadeiras, o carioca está triste, inclusive flamenguistas e botafoguenses, pois ainda que existam divergências entre as torcidas, prevalece o clima ambíguo e informal, inerente a todos que moram nessa cidade maravilhosa.
As padarias e as centenas de bares pilotadas por nossos “patrícios” permanecem a “meia porta”, enquanto uma nuvem de “pó de arroz” , como uma forte neblina, cobre o tristonho bairro das Laranjeiras.
Ainda bem que o ano esta chegando ao fim.

José Roberto- 09/12/13




sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

DEIXEM OS DEFUNTOS EM PAZ

DEIXEM OS DEFUNTOS EM PAZ

O assunto deveria ter sido abordado um mês atrás, mas por razões que minha razão desconhece, deixei passar.
Nos últimos tempos, tem sido uma tônica de governos que se dizem democráticos, mas possuem viés estatizante e absolutista, desenterrar velhos líderes, exumando seus restos mortais, numa tentativa histriônica de provar que ao invés da morte natural ou acidental, foram assassinados.
Começou na Venezuela, com o finado bufão “Chapolin Chaves”, removendo os carcomidos ossos de Simon Bolívar, atestando ele próprio, que seu ídolo, conforme suspeitava, havia sido envenenado.
Os palestinos tentaram fazer o mesmo com Arafat, atribuindo a Israel, a culpa pela morte de seu grande líder, via contaminação radioativa. Exames acurados, feitos por peritos renomados, provaram que estavam redondamente enganados.
Na esteira dessa tática diversionista, objetivando desviar da população o foco do mega escândalo do Mensalão,  próceres petistas, optaram por desenterrar os restos mortais de Jango, político e ex-Presidente que nos deixou amargas recordações.
O fuzuê foi tão grande, a ponto da ossada de Jango ter sido recebida em Brasília com honras militares, recepcionada por Dona Dilma e seus “trezentos e sessenta ministros”, que derramaram legítimas “lagrimas de crocodilo”.
Como político e estadista Jango foi uma negação, uma sombra desfocada que se instalou a contra gosto no Palácio da Alvorada, sem ter os mínimos cacuetes para exercer importante cargo.
Influenciado por Leonel Brizola, seu cunhado e mentor, foi seduzido pelo ideário socialista esquerdista, enveredando o país no perigoso caminho do desrespeito a hierarquia, da inflação, das greves, do desasbatecimento, permitindo a bagunça generalizada e a insegurança jurídica.
Talhado para ser um figurante, um pano de fundo, como todo vice que preze, Jango recebeu um “abacaxi” que não queria e nem tinha condições para digeri-lo, com a indigesta e intempestiva renúncia de Jânio Quadros.
Em 1964, o país era um barril de pólvora, com greves em todos os estados, levantes de marinheiros, rebeldia de sargentos, caminhávamos céleres para o caos generalizado.
A população se mobilizou, dando condições para que as Forças Armadas derrubassem o governo fantoche, que aviltava nossas instituições.
Num gesto de grandeza, Jango aceitou o “pé na bunda”, refugiando-se sem alarde no vizinho Uruguai, evitando qualquer derramamento de sangue.
O efeito colateral foi a tomada do governo pelo militares, que sentindo na pele o suave gosto do poder e seus derivativos, não tiveram nenhuma pressa em redemocratizar o país, permanecendo no mando, um “pouquinho mais” que o necessário.
Não sei se governo ou oposicionistas, insinuam a boca pequena, que Carlos Lacerda também deveria ser exumado, pois como não podia deixar de ser, consideram sua prematura morte, suspeita.
Parece mesmo que está virando moda, qualquer político razoavelmente famoso corre o risco de ter sua cova revirada.
Estamos fartos de fanfarronice e atos insanos.
Deixem nossos mortos descansarem em paz!

José Roberto- 06/12/13







quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

LEMBRANÇAS DE ATIBAIA

LEMBRANÇAS DE ATIBAIA

Desde que num ato heróico, de extrema coragem, entrei para o Facebook, reencontrei velhos amigos e companheiros da Regional de Atibaia(Cesp).
Ao contrário de Itanhaém, terra de minha mulher e onde tenho uma casa, depois que fui transferido para São Paulo, a pedido, em dezembro de 1974, retornei pouquíssimas vezes à Atibaia.
A descoberta virtual de antigos e queridos colegas de trabalho reacenderam ótimas lembranças, de um tempo em que éramos jovens, extremamente dispostos, trabalhando com vigor, acreditando que estávamos contribuindo para um Brasil melhor.
Sem qualquer demagogia, naquela época dávamos duro sem reclamar,  cumprindo com nossas obrigações com a maior naturalidade.
Inúmeras vezes, saí de Atibaia as 3,00 horas da manhã, visitando os escritórios de  Santa Isabel, Piquete, Queluz e Bananal, fazendo acordo de débitos com prefeitos cujas propostas eu mesmo datilografava, retornando por volta das 11,00 horas da noite.
Eram tempos em que todos se entregavam, trabalhando com empenho para manter a Regional de Atibaia como uma das mais eficientes e produtivas.
Os resultados e os números estavam a nosso favor, pois alem das inúmeras obras de expansão e reforma que executávamos, nossos índices de contas de energia elétrica em carteira(atrasadas por falta de pagamento) eram desprezíveis. Inferior a 1%(hum por cento) do faturamento mensal.
Tínhamos autonomia para “cortar a luz” de prefeitos, juizes, delegados e qualquer autoridade que não atendesse nosso alerta. Depois da data fatal não havia perdão.
Bons tempos, pois hoje, pobre do gerente que autorizar o corte de energia de uma droga de vereador.
Provavelmente estará demitido num abrir e fechar de olhos.
Como o índice percentual de contas em carteira era um dos itens de avaliação da performance dos escritórios, havia uma competição sadia entre os Gerentes Locais, que se empenhavam ao máximo para encabeçar a lista de bons resultados.
Recordo de um caso especial, do Sr. Juvenal Ponciano de Camargo, encarregado local de Nazaré Paulista, que não época tinha apenas uns 300 consumidores(Nazaré, estava subordinada ao escritório local de Atibaia).
O Sr. Juvenal trabalhava sozinho, era o único funcionário da Cesp na localidade.
Com uma bicicleta, levando a escada nos ombros, fazia ligações, cortes no fornecimento e pequenos reparos. Serviços mais complexos eram executados pelas turmas de manutenção do escritório de Atibaia.
O trabalho de escritório, embora pequeno, ficava também a cargo do Sr. Juvenal.
Durante todo o período que permaneceu como responsável por Nazaré Paulista, Sr. Juvenal nunca permitiu a existência de uma conta em atraso.
É incrível, mas era a realidade.
Se algum consumidor atrasasse o pagamento, Sr. Juvenal pagava do próprio bolso e atazanava o infeliz até que quitasse seu débito.
Era uma pessoa simples, com baixa escolaridade, mas de uma retidão de caráter e honestidade de fazer inveja a qualquer beato ou santo.
Pouco antes da minha transferência para São Paulo, por problemas de vista e pela idade, o Sr. Juvenal não estava mais dando conta de suas obrigações, do jeito que gostava.
Queriam aposentá-lo, mas o velho e dedicado servidor pretendia continuar ainda ativa, talvez até para não ter perdas financeiras, pois naquela época, a Fundação Cesp ainda não existia e se aposentar apenas com o salário do INSS, era um castigo.
Antes de partir, acertei sua transferência para o escritório de Atibaia, onde o Sr. Juvenal continuou trabalhando e provavelmente dividindo sua larga experiência com a nova equipe.
O Sr. Juvenal já não deve mais estar entre nós, mas foi um exemplo vivo de dignidade, empenho, honestidade e amor ao trabalho.
Como não poderia deixar de ser, essa é mesmo uma história do passado, pois homens desse naipe são produtos raros, quase impossíveis de serem encontrados em nosso pobre rico país, tão aviltado e conspurcado pela corrupção sonante e endêmica.
Meus amigos de Atibaia e vizinhança que lerem essa crônica, são testemunhas de que dessa vez escrevi seriamente, e que meu texto é a pura expressão da verdade.
Bons e saudosos tempos!

José Roberto- 05/12/13


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ENTRANDO NA MODERNIDADE

ENTRANDO NA MODERNIDADE

Há uns quatro meses atrás, resolvi arriscar o primeiro passo rumo a modernidade.
Troquei o velho Nokia, pequenino mais fiel, aquele que só chamava e recebia ligações, tirando de quebra fotos bem ruinzinhas, por um desses modernosos telefones multifuncionais.
Contrariando o pessoal de casa, todos portadores de vistosos Iphones, optei também por fidelidade, por um modelito Nokia, pois havia lido ser um dos poucos com processador Windows.
Não que entenda o que seja um processador, mas como esse tal de Windows é que faz nosso computador funcionar, acreditei que minha adaptação a esse aparelhinho de toques seria menos traumática, pois a muito custo, aprendi fazer três ou quatro coisas no computador, uma delas, escrever textos para meu blog.
Ledo engano.
Suando frio e abusando da paciência do meu filho, aprendi a ligar e receber chamadas e consultar a agenda(bem mais complicada). Até hoje, tenho dificuldades para incluir nessa maldita agenda um novo nome e telefone, tantas são as opções.
Sofro muito para enviar mensagens, as tais MSN, chamadas antigamente de “torpedos”, expressão atualmente démodé.
Digitar num quadro cheio de letrinhas, ordenadas de forma diferente dos teclados dos computadores, com um dedo reumático e teimoso, que insiste em cutucar a letra errada, é um verdadeiro martírio.
Para digitar três ou quatro palavras levo alguns minutos. Só utilizo desse expediente em casos de “força maior”. E bota maior nisso!!!
Receber SMS até que é fácil, pois o esperto telefone emite um gemido, avisando que “aí vem coisa”.
Ativei meu email apenas para checar o remetente, pois não ouso abrí-los.  Alem de demorar, já que meu telefone é moderno, mas com pouca memória(igual ao dono), é horrível ler um texto numa telinha tão pequena.
A verdadeira vantagem, para mim talvez a única, é o tal de WhatsApp, um programa que permite a toda família trocar recados simultâneos e principalmente, ver inúmeras fotos em tempo real, da minha querida netinha Letícia.
Se estiver vivo, daqui há uns dez anos, talvez consiga utilizar mais alguma função desse misterioso telefone.
Outra novidade, outro passo para o futuro, foi minha entrada no Facebook.
Demorei para tomar coragem, mas resolvi encarar mais esse desafio.
Aos poucos estou aprendendo como funciona essa importante rede social, que permitiu a redescoberta do paradeiro de velhos amigos, companheiros de trabalho, pessoas que convivemos nos tempos em que ainda acreditávamos que o Brasil era o país do futuro.
Laços vão sendo reatados, saudades e lembranças afloram dos nossos corações.
O Facebook realmente tem esse mágico poder, de reativar amizades e congraçamentos, independente da distancia, país, ou continente.
Engatinhando, vou descobrindo e levando sustos com o alcance dessas modernas tecnologias.
Por enquanto, vou me agüentando!!!

José Roberto- 04/12/13




terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A ALCOVITEIRA DE PALOCCI

A ALCOVITEIRA DE PALOCCI

Li agora de manhã, que foi presa ontem em Brasília, a mui digna senhora Jeany Mary Corner, personagem que ficou famosa na CPI que envolveu e derrubou o ex-ministro Palocci.
Dedurado por Francelino, o caseiro, Palocci não conseguiu se esquivar  das denuncias, pois freqüentava com regularidade a mansão a beira do Lago Paranoá, conhecida como “República de Ribeirão Preto”, onde praticava fisioterapia. com as apetitosas garotas fornecidas pela laboriosa cafetina, tentando destravar a língua presa.
Durante a CPI que não deu em nada, causando apenas a demissão do ministro, constatou-se que Jeany Mary, agenciava pitéus para um grande numero de congressistas, que buscavam o merecido descanso depois de uma interminável semana de dois dias de trabalho(?), buscando no regaço dessas complacentes moçoilas, o refrigério que tanto necessitavam.
Essa benemérita, com certeza, tornou-se objeto de ira e inveja da oposição, impedida de desfrutar desses prazeres sadios, imprescindíveis para manter as “cabeças azeitadas”, aptas para enfrentar os difíceis problemas republicanos do nosso produtivo Congresso Nacional.
Convem salientar, que a Senhora Córner exerce uma das mais antigas profissões do mundo, com grande responsabilidade, em alto cargo de chefia, com a especializada função de arregimentar “gado” da melhor qualidade, garantindo de forma indireta, ou direta, o funcionamento tranqüilo de nossas instituições.
Para justificar essa prisão arbitrária, desprovida de bases legais, jurídicas ou administrativas, devem ter simulado um “falso escanteio” , ou “tiro de canto”, inexistente,  para que pudessem pegar a Senhora Córner no contrapé.
Tenho a mais absoluta convicção, de que a passagem dessa benemérita brasiliense pelo xilindró será breve, pois seus competentes advogados já devem ter entrado com os oportunos “recursos extraordinários” e “embargos infringentes”, e que o alvará de soltura está prestes a ser assinado por um salomônico juiz.
Se aceitaram esses recursos e embargos, impetrados por bandidos, ladrões e corruptos de quilate muito superior, nada mais justo que conceder a imediata liberdade, sem qualquer restrição, a essa bondosa senhora, que presta um serviço assistencial de primeira necessidade.
Deveria inclusive ser premiada com uma Ong, mais uma a ser mantida com verbas governamentais.
Falando sério, deixem a Sra. Córner trabalhar!
Se a polícia de Brasília quiser fazer média e prender alguém, basta fazer uma ronda pelos corredores da Câmara e do Senado.
Ladrão é o que não falta.
Dará para encher um bocado de camburões.

José Roberto- 03/12/13


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

MADE IN PARAGUAY-2013

MADE IN PARAGUAY- 2013

“Mirem-se no exemplo das mulheres de Atenas”, como disse Chico Buarque nos bons tempos em que se dedicava apenas a compor e escrever letras de belas e inesquecíveis músicas.
Desde que se aventurou pelos campos da literatura, só produziu porcarias e nunca mais compôs uma musica decente, alem de ter derrapado ultimamente, ao se juntar à turma dos censores do “Procure Saber”, contra a publicação de biografias não autorizadas.
Mas a história é outra.
Temos que mirar no exemplo que vem do Paraguai, por mais incrível e inusitado que pareça.
Justamente para queimar minha língua e de muitos que como eu, usam o “made in Paraguay” como expressão depreciativa.
Se bem que o país vizinho fez por merecer, pois tomar um uísque comprado em suas lojas é quase suicídio, alem de ser o fornecedor de brinquedos e bugigangas de quinta categoria, fabricadas na China e que abastece nossos camelodromos.
Uma das poucas coisas que o Paraguai produz são cigarros, a maioria falsificação grosseira das marcas brasileiras, mistura de fumo com capim.
Outra expressão muito comum, utilizada no turfe, futebol e outros esportes, é “cavalo paraguaio”, aquele que parte em primeiro, chegando sempre nos últimos lugares.
Mas contrariando a máxima, “de onde menos se espera, é justamente daí que não sai nada”, os paraguaios nos deram uma lição de civilidade e respeito a democracia.
Como 23 senadores do país vizinho acharam normal, um colega, Victor Bogado, nomear a babá de sua filha para uma vaga na Itaipu Binacional, se recusaram a suspender sua imunidade diplomática.
Todavia, não contavam com a reação do comércio, em especial dos shoppings de Assunção, que afixaram cartazes em suas entradas, dizendo que os 23 senadores não eram bem-vindos.
Postos de gasolina e restaurantes aderiram ao movimento, impedindo ou dificultando o acesso dos senadores em seus recintos.
Esse movimento de repúdio obteve rápido resultado.
O senado reuniu-se e cassou a imunidade do espertalhão, que deverá perder o cargo, alem de prestar contas à justiça.
Um maravilhoso exemplo que deveríamos seguir, condenando a execração popular nossos congressistas, que se recusaram a cassar o mandato do deputado ladrão Donadoni, condenado pelo STF, cumprindo pena em regime fechado.
Esses mesmos congressistas se recusam a punir exemplarmente os “Mensaleiros”, membros da quadrilha que deu um dos maiores golpes nos cofres públicos do país. Solidários com a gatunagem, pretendem inclusive aposentar o fingido Genoino, prematuramente, por doença cardíaca inexistente. Se ainda fosse por hemorróidas e caganeira, poderíamos entender como atenuante.
Infelizmente esse é um prazer, que os brasileiros honestos não poderão desfrutar, pois muitos desses nossos políticos trambiqueiros são donos de redes de shoppings, postos de gasolina, restaurantes e de muitas outras coisas. Existem políticos que são até donos de todo um estado!
Por essa, ao menos temporariamente, o Paraguai calou a nossa boca.

José Roberto- 02/12/13