quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

E LA SE VAI MAIS UM ANO!

E LA SE VAI MAIS UM ANO!

Mais um ano que passou feito um foguete, segundo os comentários correntes.
É exatamente essa a sensação que temos a cada ano que termina.
Aquela estranha sensação de que as horas encurtaram e que o relógio do tempo girou mais rápido.
Chega o momento de cada um fazer o exame de consciência, de colocar em dia a contabilidade pessoal, fechando o balanço de lucros e perdas, tanto físicos como da alma.
Numa espécie de filme em câmara lenta, surgem em nossas mentes, as oportunidades perdidas, atitudes impensadas que magoaram pessoas queridas, beijos e abraços indevidamente contidos, desculpas não proferidas por orgulho ou mesquinhez, reatamentos tardios, muito mais falhas que realizações positivas.
Esse é o sentimento dominante em minha mente, dentro de uma perspectiva de que o passivo dos erros tem um peso bem maior que o ativo das boas ações e dos acertos.
Quase todos os anos termino com a contabilidade no vermelho.
Da mesma forma, todo final de ano faço intimamente um monte de promessas, sabendo de antemão que provavelmente não irei cumpri-las.
Não que tenha abdicado dos sonhos, porem já não tenho o ânimo da juventude turbinado com adrenalina fervente correndo nas veias.
O amadurecimento nos torna lentos, cautelosos, reflexivos, porem sem a menor garantia de que essa pretensa experiência ou sabedoria, nos leve a optar pelo caminho certo.
São essas incongruências que nos deixam abismados. Se falhamos na juventude pela impetuosidade, na maturidade deixamos muitas vezes “o bonde passar” , sem ao menos tentar agarrar nos estribos, e quando nos damos conta ele já dobrou a esquina, sumindo de nossas vistas.
Apesar de todos os tropeços, o importante e ir levando, mesmo aos trancos e barrancos, levantando, sacudindo a poeira e tentando dar a volta por cima.
A vida é um jogo de erro e acertos, onde os mais hábeis e afortunados conseguem atravessar as diversas fases com menor desgaste, mantendo nos lábios o gosto suave do mel.
As intenções para o ano novo já estão formuladas, dentro da firmeza momentânea de pelo menos algumas serão levadas a cabo, enquanto outras cairão no esquecimento, ou relegadas ao eterno amanhã.
Ao brindarmos o ano que inicia, anunciado com o espocar contundente dos fogos e a magia das cores pintando o azul cinzento da madrugada, sempre surge em minha mente a imagem de um grande bolo, repleto de velas.
A cada ano que passa, no bolo de nossas vidas uma vela é apagada, misturando as sensações de alegria, pela travessia que acabamos de concluir, com a tristeza, pelo fato de mais uma pequena chama se apagar, reduzindo luz e o calor que ilumina nossas almas.
A chama do tempo é inexorável.
Enquanto houver um mínimo lusco-fusco, temos que aproveitar.
A todos meus amigos, desejo de coração, um ano novo melhor, “com muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”.
Muita paz e amor com suas famílias.

José Roberto- 29/12/11

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO, DONA DILMA.

FELIZ ANO NOVO, DONA DILMA

Dona Dilma encerra o primeiro ano de governo com aprovação recorde, batendo até seu inventor, o maroto Batráquio apedeuta,
O interessante é que essa pesquisa foi encomendada pelo CNI, cujo presidente foi o sujeito que pagou 900 mil ao ministro Fernando Pimentel, para fazer a palestras espíritas em Minas, aquelas das quais não participou de corpo presente, mistérios que somente os mineiros entendem e podem explicar.
Uma pergunta: algum de meus leitores já foi entrevistado pelo Ibope ou similar?
Tenho cá para mim, que o sorteio “aleatório” do universo a ser pesquisado, é distribuido entre 90% dos beneficiados pelos Bolsas Famílias e etecetera, e os 10% restantes, entre a população em geral.
A Mãe do PAC, grande administradora e tocadora de obras, termina o ano bem devagar, com o PAC quase paralisado, oitenta por cento das obras atrasadas e uma das menores taxas de investimento, pois o grosso da grana federal foi utilizada nas despesas de custeio e para cobrir os rombos deixados pelo antecessor.
Até sua pretensa firmeza como dedetizadora da Esplanada pode ser questionada, pois dos sete ministros escafedidos, um saiu porque quis e seis, somente foram a lona por força e obra da mídia, e mesmo assim extirpados a fórceps, pois a resistência palaciana a evidência dos fatos foi hercúlea, não resistindo porem ao clamor popular.
A lenda da dureza da Mãe do Pac caiu por terra, pois até elogios a ministro corrupto foram proferidos no bota fora, sob aplausos e lagrimas da Presidente.
Convem destacar a grande contribuição de Dona Dilma a língua portuguesa, ao criar um novo sinônimo ou designação ao ato de roubar, furtar, surrupiar, ou desviar dinheiro público: “Mal Feito”, expressão prontamente incorporada ao idioma de Camões e Rui.
Mesmo considerando o fato de não simpatizar com a Presidente, tenho que levar em conta a herança maldita que lhe foi imposta pelo seu criador.
Um corpo de ministros altamente questionável, pois alguns ao invés de ocupar salas no Palácio da Esplanada, deveriam ocupar celas em presídios de segurança máxima, outros com qualificações duvidosas, frutos do compadrio ou do peleguismo sindical, alem de um enorme buraco nas finanças publicas, objeto direto do esforço gasto para sua eleição.
Na política exterior, ensaiou uma mudança de rumo logo no inicio do governo, ao criticar o desrespeito aos direitos humanos no Irã e Cuba, porem ficou apenas no ameaço, continuando firme em sua aliança com o Bufão Chaves, com esquerdista Correia e o cocalero Morales, não dando um pio sobre os atentados a liberdade de imprensa, cometidos pela vizinha “mui amiga” Cristina.
Nesse aspecto, nossa política externa segue as mesmas diretrizes do PSD de Cassab, não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, nem a favor, muito menos ao contrário.
Dona Dilma termina o ano sem dizer a que veio, na sombra do antecessor, com imensas dificuldades para proferir o brado de independência e alçar vôo com asas próprias.
Ameaça para o início do ano uma reforma ministerial, que poderá ser o primeiro passo no rompimento das amarras que a ligam ao passado.
Pelo menos num aspecto Dilma foi muito melhor que Lula, nos poupando de improvisos que castigaram nossos ouvidos e macularam seguidamente a língua pátria.
Um grande alívio!

José Roberto- 28/12/11

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CORPORATIVISMO NO JUDICIÁRIO

CORPORATIVISMO NO JUDICIÁRIO

Pode até haver um fundo de verdade na rebelião dos juizes, que acusam a corredora do CNJ, Eliana Calmon, de meter indevidamente o bedelho em suas transações financeiras.
Mas se ela, exatamente por ser uma juíza honesta, estando desde há muito dentro do “metier” e conhecendo as tramóias típicas da classe, cutuca a onça com vara curta, é porque “existe algo de podre no reino da Dinamarca”.
Estamos cansados de ler sobre a venalidade de alguns tribunais estaduais, como o de Alagoas e do Mato Grosso, onde quase todos os desembargadores foram flagrados em atos ilícitos, vendendo sentenças e engordando suas contas, sendo no frigir dos ovos, reconduzidos ao cargo por decisões dos tribunais superiores, que numa demonstração de fisiologismo explicito, se nega a punir qualquer seus pares,
Os raríssimos casos que serviram de bode expiatório para acalmar a opinião publica, sofreram a “dura pena” da aposentadoria compulsória, logicamente, com seus salários devidamente assegurados.
Que existem bandidos atrás de muitas togas e fato sobejamente conhecido por todos os brasileiros alfabetizados, a ponto de ter grande relevância a afirmação corrente, de que o “bom advogado não e aquele que conhece as leis, mas o que conhece o juiz”.
Todo servidor publico em cargo importante, tais como juizes e altos funcionários dos tribunais, é obrigado por lei, a enviar aos órgão de controle, inclusive ao CNJ, copia da declaração anual do imposto de renda.
Segundo informações divulgadas pelos jornais, em São Paulo, 45% dos juizes desrespeitaram a lei, escondendo suas declarações. Em Mato Grosso do Sul, num raro exemplo de unanimidade, nenhum juiz se deu ao trabalho de cumprir as determinações vigentes.
Ora, quando aparece uma “maluca honesta”, tentando por fim a esse desrespeito, os órgãos classistas se enfurecem buscando apoio dos membros de nossa Suprema Corte, para cercear o estoicismo de uma juíza que entende, que a lei é para todos.
Juizes que se negam a entregar suas declarações de renda é porque tem o rabo preso, evitando que os órgãos de controle tomem ciência de suas miraculosas evoluções patrimoniais, dignas de um Palocci e um Pimentel.
Porque será que a Receita Federal, tão ágil e detalhista ao infernizar a vida do cidadão comum, fica totalmente omissa quando se trata de fiscalizar o ilustres membros do judiciário?
Está na cara a razão obvia e principal, pois quem irá julgar um processo de cobrança judicial de um magistrado?
Ora bolas, outro juiz, que seguindo as normas fisiológicas e corporativistas, logicamente irá beneficiar em seu despacho, o colega de toga.
Essa corrente classista torna nossos juizes intocáveis, membros de uma casta superior, imunes aos ditames das leis.
Quando temos o desgosto de ver ministros do STF, concedendo liminares caçando ou restringido o poder fiscalizatório do CNJ, encabrestando o único órgão que poderia refrear a ação nefasta de juizes desonestos, ficamos desalentados.
Aventou-se, que os ministros do STF que engrossaram o coro dos descontentes contra as ações do CNJ, estavam desgastados com a corregedora, que investigava indenizações recebidas pelos ditos cujos em anos passados, antes de pousarem no “Olimpo judicial”.
A triste realidade é que o brasileiro honesto e contribuinte está só, fodido e desamparado.

José Roberto- 27/12/11

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

PRESENTES DE NATAL

PRESENTES DE NATAL

Espero de coração, que todos meus fieis e minguados leitores tenham tido um ótimo Natal, junto com os pais, filhos, parentes, amigos e com aqueles que lhes são queridos.
Da mesma forma, tenho certeza que a troca de presentes foi agradável e tocante, tantos de bens materiais, mas principalmente daqueles indispensáveis ao fortalecimento de nossa alma, amor, carinho e afeto, sentimentos maravilhosos que povoam nossos lares.
Seria muito bom, que nesses momentos de alegria e congraçamento, pudéssemos esquecer as patifarias que ocorrem fora do nosso lar, arquitetadas por aqueles que deveriam cuidar de nossos interesses, e como se vê, também por aqueles que deveriam ter a imparcialidade salomônica para resolver nossas pendências.
Nossos juizes, desembargadores e ministros, dando provas que se consideram membros de uma casta superior, tolhem iniciativas profiláticas do CNJ, criado justamente para mostrar a esses pretensos semi-deuses, que justiça que deveriam exercer com a máxima fidelidade, é para todos.
Com atitudes explicitas de corporativismo torpe, conseguem através de seus pares do STF, manietar a carreira desabalada de uma juíza valente e correta, que tal uma Dom Quixote, luta contra seus moinhos de vento, vestidos com togas negras.
No Senado, o bode velho, marimbondo de fogo Sarney, depois de doar uma rádio a Assembléia do Maranhão, cujos gastos futuros serão cobertos pelo próprio Senado, inclusive a conta de luz, aprova a contratação de mais 246 técnicos, com salários que chegam a quase 25 mil.
Como no Maranhão não se cria empregos novos, o velho coronel trata de criá-los no Senado, onde o “pasto” é muito melhor.
Na Câmara, alem dos deputados estarem sequiosos pelo aumento da verba de representação(de 60 para 90 mil), criam-se quase 70 vagas para um partido que nem fede nem cheira, cujos deputados optaram por um troca-troca, para tentar beliscar mordomias extras, inventando-se cargos, que deveriam ser subtraídos e rateados pelos partidos que sofreram expurgos.
Porem, segundo a exemplar e ética filosofia de nossos representantes, “essa mordomia que conquistei é minha, ninguém tasca, pois cheguei primeiro”,
simples, resolve-se tudo como uma canetada e dinheiro do contribuinte.
Dona Dilma encerra o ano nos brindando com um discurso ufanista, louvando suas realizações e prometendo catapultar o país ao primeiro mundo, independente da conjuntura e quaisquer outros obstáculos, demonstrando que assimilou algumas lições do prolixo Batráquio.
Abacaxis como o amigo Pimentel, consultor milagroso, palestrante ectoplasma, são colocados em banho-maria, sob argumentos esfarrapados de que entre particulares não há mau feito, prolongando uma agonia que mostra apenas uma única e inevitável saída.
Bem que poderíamos passar sem esses “presentes” indesejáveis, nos quais seremos forçados a tropeçar, pois que “agüenta o galho” e sustenta essa cambada somos nós, pobres, indefesos e cordeiros pagadores de impostos.

José Roberto- 26/12/11

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

LEMBRANÇAS DE UM NATAL DISTANTE

LEMBRANÇAS DE UM NATAL DISTANTE

Continuando as reflexões abordadas no tema de ontem, impossível não lembrar de um Natal de há muitos e muitos anos.
Essa lembrança foi reavivada pelos repetidos depoimentos de alguns artistas da Globo, que nos intervalos das novelas contam seus casos particulares, de pequenos presentes que marcaram suas infâncias.
Minha máquina mental do tempo me transporta aos meados dos anos cinqüenta, um Natal inesquecível, aguardado com a ansiedade típica das crianças.
Naquela época, principalmente nas famílias com dinheiro curto, presentes apenas no aniversário e no Natal.
E apenas um.
Mesmo assim, sabendo antecipadamente qual seria, pois já estava grandinho para acreditar em Papai Noel, era sempre uma enorme e agradável surpresa, que nos enchia de uma felicidade indescritível.
Deve ter sido com algum sacrifício que minha mãe, satisfazendo meus manifestos desejos, presenteou-me com uma pequena pistola automática de espoletas, chamada Mauser, pois eram tempos de “vacas magras”.
Normalmente os revolveres de espoleta necessitavam ser recarregados a cada tiro, com as espoletas individuais inseridas no local apropriado, numa operação meio chata e delicada. Essas espoletas redondinhas, que pareciam pequenos “traques”, vinham acondicionadas em latinhas coloridas.
A pistola automática foi uma revolução para a meninada.
As espoletas vinham em rolinhos que colocados no bojo do revolver, permitiam disparos seqüenciais com ótimo efeito, principalmente a noite.
As brincadeiras de mocinho e bandido eram predominantes entre as crianças da minha geração.
Isso mesmo, todas as crianças brincavam de bandido e mocinho, e os mocinhos sempre venciam.
Hoje é praticamente impossível comprar um revolver de brinquedo, pois a psicologia moderna aboliu esse artigo, por considerá-lo pernicioso na formação das crianças.
A grande diferença que prova que uma coisa não tem nada a ver com a outra, é que antigamente os mocinhos sempre venciam e bandidos acabavam presos, condição totalmente diferente dos dias atuais, onde quem dá as cartas, são os corruptos e os malfeitores, que sempre conseguem driblar a lei.
Ao invés de punir os malfeitores que usam armas muito mais letais que um simples revolver, os sabichões resolveram proibir a comercialização de revolveres de brinquedo.
Voltando àquele Natal, recordo, que em companhia do meu amigo Alcides, participamos de inúmeras perseguições, guerras, caçadas, eu sempre contando com a vantagem da automática, que era igual aquela usada pelo “Fantasma”, um dos meus heróis favoritos.
O pessoal da minha faixa etária deve lembrar muito bem do Fantasma, o “espírito que anda”, com seus fieis amigos, o lobo Capeto e o cavalo Herói.
Bons, velhos e inocentes tempos, onde os bandidos povoavam apenas os filmes e os gibis, pois raramente ocorria algo mais grave que um roubo de galinhas.
Um único, simples e singelo presente, era mais que suficiente para nos deixar repletos de satisfação e alegria, pois ainda não havíamos sido contaminados pelo consumismo dos dias atuais, estimulados pela maciça propaganda que entope nossos meios de comunicação.
Por um bom tempo fui o tal, objeto de inveja de meus amigos, desfilando impávido com minha Mauser, imaginem só, igualzinha a do Fantasma.
Um Natal inesquecível, mesmo na minha velha e desgastada memória.
José Roberto

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DIVAGAÇÕES E LEMBRANÇAS

DIVAGAÇÕES E LEMBRANÇAS

Quando vai chegando o Natal uma inquietação toma conta do meu peito, reavivando antigas lembranças que voltam fortes.
Lembranças boas, de fatos e acontecimentos vivenciados com a família, com amigos inesquecíveis, com parentes, tios, sobrinhos, cunhados.
Na época tudo pareceu corriqueiro, mas hoje, amadurecidas pelo tempo, as imagens em nossa mente e as fotos esmaecidas, revelam o verdadeiro e importante significado de atitudes e demonstrações singelas de afeto.
Quando voltamos nossos olhos ao passado, tendemos a acreditar que as pessoas eram melhores, que havia mais paz e harmonia no seio das famílias, que o relacionamento era mais natural, despido de concorrência e da terrível inveja.
Mesmo com o dinheiro curto, as programações para o final do ano, nos enchiam de expectativas, pois o pouco que conseguíamos realizar, era suficiente para nos deixar transbordantes de alegria.
Os filhos pequenos e a família grande e unida, eram suficientes, preenchendo qualquer eventual lacuna material nesses eventos festivos e fraternos.
O período natalino sempre exerceu essa estranha magia, fazendo aflorar os sentimentos positivos, deixando pouco espaço para picuinhas e rancores.
Com esses sentimentos e lembranças pulsando dentro do peito, somos tocados pela melancolia, pois os tempos são outros e as coisas mudaram.
O avanço tecnológico que revolucionou o mundo pelo contato virtual, e que também abriu e pavimentou estradas encurtando os caminhos, ao invés de integrar as pessoas afins, criou os pedágios dos problemas e interesses particulares, distanciando ao invés de unir.
Cada um de nós tem suas justificativas próprias e válidas, pois a situação dentro de cada célula familiar se modificou, cresceu, enfrentando a necessidade de adaptação e subsistência diante dos novos desafios, que consomem parte substancial do nosso tempo e das nossas energias.
Um pouquinho de acomodação e preguiça completam esse quadro de exigências.
Enquanto isso, a vida segue seu curso incerto, fazendo com que posterguemos atos ou ações prazerosas, em prol de outras obrigações ou até mesmo do trabalho.
Diante desse quadro praticamente imutável, embora ensaiemos atitudes que vão sendo continuamente postergadas, só nos resta o consolo das antigas vivencias.
As doces lembranças do passado são o elixir para os males da alma e o consolo para irmos seguindo adiante.


José Roberto- 21/12/11

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CONSULTORIAS

CONSULTORIAS

Talvez eu seja mesmo um “Zé Mane”, conforme afirmou um dos meus raros leitores postando comentário num texto, no qual comparava as torcidas do Flamengo e Corinthians.
O corintiano ficou arretado com minhas considerações e mandou brasa.
Na realidade, acredito que me falta aquela esperteza nata, aquele algo mais, pois nesses anos todos que venho prestando consultoria, jamais firmei contratos verbais ou de confiança, selados com o “fio do bigode”.
Foram todos expressos, bem detalhados, com as obrigações claramente definidas. A absoluta maioria contratos de risco ou de resultados, onde eu só sentiria o cheiro da grana, após obter sucesso na empreitada.
Mesmo assim houveram casos, que o difícil foi receber, mesmo após o cliente usufruir dos benefícios acordados, pois para alguns, pagar nunca é agradável.
Quando leio nos jornais que o atual Ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, faturou entre 2008 e 2009, dois milhões em consultoria, com apenas três empresas, sem firmar qualquer contrato e ainda sem oferecer nenhum produto, fico embasbacado.
Esse ministro é mesmo um bamba, o Pelé, ou melhor, o Messi atual da consultoria.
Deve ter uma mente privilegiada, pois mesmo sem comparecer as empresas onde prestava as ditas consultorias, conseguia resultados incomensuráveis, talvez por telepatia ou qualquer outro fenômeno psíquico/espírita, pois até palestras proferiu em locais que jamais freqüentou, conhecidas como palestras de corpo ausente.
Eis aí o xis da questão, para calar a boca da imprensa futriqueira, quando insinua que porra nenhuma de consultoria foi prestada, e que o ex- prefeito de BH limitou-se a traficar influência.
Na mais pura realidade, não há como quantificar os serviços etéreos e parapsicológicos prestados pelo médium Pimentel, pois referem-se a uma dimensão e plano superior, impossível de ser captado por pessoas comuns.
E ainda querem forçar a barra com Dona Dilma, para que despeje mais um inquilino dos palácios de Brasília, justamente um cupincha e amigo dos doces tempos da juventude.
A enérgica Presidente, batendo o pé e dando bananas para a mídia, afirmou que nada tem a ver com “consultorias” prestadas a área privada, antes do seu “chapa” participar do governo. O problema se é que houve, é dos particulares.
Só que Dona Dilma esquece, que a Federação das Industrias de Minas, a mais generosa, não é bem particular ou privada, sobrevivendo com recursos, benefícios fiscais e tributários concedidos pelo governo.
Pimentel, mais dias, menos dias vai escorregar e cair, não conseguindo ficar tanto tempo pendurado nas barras da saia de Dona Dilma.
Observem a fisionomia do Ministro que está em situação periclitante bem como a do “escanteado” Palocci.
Ambos tem aquele jeitão sério, de padre, pastor ou evangélico.
Um já demitido, faturou bem mais, porem tudo nos conformes, com contrato assinado e rubricado pelas partes.
Outro, só na conversa.
O grande produto dessas pseudo consultorias reverteram para os próprios consultores, que miraculosamente, tiveram suas contas bancárias infladas em varias casas decimais.
Isso sim é que é consultoria da boa!!!

José Roberto- 20/12/11

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

TIMINHO DE MERDA

TIMINHO DE MERDA

Apesar de não ser santista continuo envergonhado, escrevendo esse texto numa tentativa de minorar as mágoas e expurgar a sensação ruim que incrustou em meu corpo após a trágica e vergonhosa derrota de ontem.
O timéco do Santos conseguiu estragar o domingo, meu e de muita gente, pois deu pena ver aqueles caipiras amedrontados, brincando de João bobo com o poderoso Barcelona.
O Santos limitou-se a cumprir a risca seu papel de bobo.
Que o Barcelona era melhor, muito melhor, todos sabiam, porem ninguém esperava um papel tão vexatório, de uma equipe que dizem ter em seu elenco, um dos melhores do mundo.
O topetudo Neymar provou mesmo que é cobra em propaganda e marketing, neguinho esperto e conversador. Na hora H , ciscou, gingou, ensaiou uns passos de mestre-sala e acabou atravessando, totalmente fora de ritmo. Fracasso total.
Teve que curvar-se diante do cara de fuinha Messi, argentininho feio e calado, mas um capeta com a bola nos pés.
E o tal de Ganso?
Daqui para a frente, deverá ser chamado de Paulo Henrique Pato, o maior embuste do futebol brasileiro, invenção de empresários que pretendiam ganhar os tubos negociando o “patolino enganador” com algum clube do exterior.
Essa ave anêmica não serve nem para reserva do valoroso XV de Piracicaba.
Consegui aguentar até o primeiro gol de Messi, desligando a TV , tentando me concentrar nas notícias do Globo, porem com aquela sensação ruim e indefinida.
Era uma leitura difícil. Tomando coragem religuei a TV no início do segundo tempo.
Não sabia que já estava 3 X 0, porem o Santos deu uma leve impressão que havia voltado do vestiário com um pouco de ânimo e vergonha na cara.
Ledo engano.
Continuava tudo na mesma, com o Barça pintando e bordando e a turma santista participando do “baile”, como aquelas pessoas que ficam sentadas, olhando com inveja os bailantes.
Envergonhado e cabisbaixo, antes mesmo do quarto gol, resolvi dar um passeio com o Vick para melhorar o ânimo, tentando esquecer definitivamente o enorme vexame, que deve ter deixado o Pelé, branco, de tanta raiva.
Essa vergonha nacional é o resultado dos altos salários pagos a qualquer perna de pau, semi-analfabetos, que correm o risco de pastar ao invés de jogar nos gramados.
Supervalorizados por empresários espertalhões que proliferam como praga em nosso futebol, em conivência dos dirigentes dos clubes, enchem os bolsos e enxovalham nosso esporte preferido.
O pior de tudo, é que até os próprios cabeças de bagre, ganhando uma nota preta, gastando em noitadas e com as Marias chuteiras, acreditam mesmo que são craques.
Está aí o Barcelona para botar os “neguinhos” na real.
Só de lembrar que a Copa está chegando, aumenta aquela sensação de mal estar.
Acredito que estou precisando mesmo é de dar outra boa cagada.

José Roberto- 19/12/11

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PALAVRA OU PALAVRÃO?

PALAVRAS OU PALAVRÕES?

Ontem, a caminho do escritório onde passei rapidamente, escutei no trajeto uma interessante entrevista do Boechat com o escritor, professor e filólogo Deonísio da Silva, abordando o estranho caminho percorrido por palavras ou expressões, que ao longo dos anos mudam de sentido, ganhando significado pejorativo e vice-versa.
O ilustre professor abordou a formação etmológica das mais corriqueiras, a exemplo de “Caralho”, que era um mastro duro, afixado no convés das antigas caravelas.
Com o tempo, a palavra perdeu o sentido original, sendo utilizada para uma infinidade de situações, como caralho(pica, pau, estrovenga,piroca), casa do caralho(lugar no cu do mundo), é do caralho(muito bom), ou apenas caralho(admiração, espanto) e mais uma porrada de utilizações.
Sobre a palavra “Foda”, explicou que é originária do latim ou grego(phudere), que significava poder ou outra coisa que não recordo.
Essa é outra palavra de ampla utilização, principalmente pelos jovens de ambos os sexos, que a aplicam nos mais diversos sentidos. Falam muito, mas apenas da boca para fora, pouco exercendo ou praticando seu principal significado.
Explicou sobre a palavra “Bacana”, que percorreu o caminho inverso das anteriores.
Bacana vem de bacanal, roupas folgadas, sedutoras e transparentes, utilizadas pelas mulheres nos bacanais romanos de sacanagem pura.
As madames se apresentavam com essas vestimentas vaporosas, sem nada por baixo, prontas para o que der e vier.
Hoje, quando vemos uma respeitável senhora, para agradá-la, dizemos que seu vestido é muito bacana.
Outra palavra pela qual tenho imensa estima, “Boceta”, tem origem na mitológica Grécia, e significava caixa. Diz a lenda, que Pandora, escondeu nessa caixinha um monte de segredos, e uma vez aberta, ninguém poderia prever suas conseqüências.
Portanto, a expressão original era “Boceta de Pandora”, mas com o desvirtuamento da palavra, que ganhou de forma quase absoluta a pecha de órgão sexual(vagina, Xana, bacurinha, raxa,etc), para não ferir suscetibilidades, foi alterada para “Caixa de Pandora”,
Tenho maior simpatia pela expressão original, grega, pretendendo utilizá-la sempre que couber em algum assunto que esteja explorando.
Espero que o professor Deonísio não se avexe com os adendos e interpretações que estou fazendo a sua primorosa entrevista, pois como já afirmei inúmeras vezes, minha desgastada memória vive rateando, sempre com imensas falhas e lacunas. Qualquer cagada,é de minha inteira responsabilidade.
Minha mulher normalmente me critica quando coloco palavrões nos textos que escrevo, porem acredito, que os esclarecimentos prestados com base na entrevista do grande filólogo, sirvam para amenizar as carraspanas, pois nada mais faço, que utilizar os recursos lingüísticos do nosso rico e maravilhoso idioma.

José Roberto- 16/12/11

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

TRISTE JUDICIÁRIO

TRISTE JUDICIÁRIO

Normalmente metemos o pau no judiciário pensando sempre no STF, foro privilegiado de políticos que nunca são julgados, nos ministros ególatras que se dedicam mais a palestras e viagens que a despachar os processos pendentes, enfim, os membros da nossa Suprema Corte tem maior visibilidade e muito mais poder(com ou sem ph).
Passa quase desapercebida a atuação do STJ-Superior Tribunal de Justiça, criado pela Constituição de 1988.
Esse tribunal superior composto por 33 ministros, deveria julgar em última instancia, todas as questões que não envolvessem assuntos constitucionais, porem não é bem o que acontece na prática, onde muitas vezes, quem dá mesmo o derradeiro “pitaco” é o STF.
Mas o STJ, alem de deixar dúvidas sobre sua validade e eficácia, dá mostras de se comportar exatamente como a “casa da mãe Joana” dos nossos políticos, pois os dados levantados pelo professor e historiador Marco Antonio Villa são de arrepiar.
Para atender os 33 magistrados, o tribunal conta com 160 veículos, 2.741 funcionários efetivos e 1.018 terceirizados, totalizando 3.759, correspondendo em média, a mais de 100 por ministro.
Como se não bastasse essa cambada, foi autorizada uma verba de 2 milhões, para contratação de serviços de secretariado(será que há espaço físico para tanta gente?)
O orçamento de 2010 dessa estranha casa, foi de quase 1 bilhão, e segundo o professor, muito mal gasto.
A média salarial dos empregados é bem superior a 5 mil, o que significa que qualquer ascensorista ou copeiro fatura essa grana mensalmente, sem esquecer as vantagens e penduricalhos, que são de arrepiar.
Sob o título de abono, antecipação de férias, gratificações natalinas, retroativos, serviços extraordinários e substituições, alguns ministros chegam a receber até 435 mil num único mês(caralho!)
Os assessores tem esses mesmos privilégios, porem em menor escala, mas com valores que superam de três a quatro vezes o teto legal permitido.
Pelo que se vê, é um tribunal que não dá a mínima para as leis que regulam os ganhos do funcionalismo público.
Não posso deixar de mencionar um aplicado funcionário, que somente a titulo de diárias recebeu 21 mil num único mês.
Para dificultar a analise dos gastos, o STF publica seu orçamento e despesas de forma codificada, dificultando até mesmo um agente da CIA, saber quem é quem na “gastança e mamança” desenfreada.
A Constituição Cidadã de 1988(segundo e velho gaga Ulisses Guimarães), gerou algumas excrescências e obrigações utópicas, dentre as quais parece se enquadrar o STF, que pelas aparências, parece mais preocupado em dar-se bem que fazer justiça, seguindo a mesma trilha dos nossos manjados políticos.
Recomendo a todos, a leitura completa do ótimo texto do professor Villa publicada no Globo de ontem e obviamente na Folha ou Estadão.
Vale a pena conhecer os intestinos da nossa justiça superior, que estão bastante constipados.

José Roberto- 14/12/11

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

OS PICARETAS ATACAM NOVAMENTE

OS PICARETAS ATACAM NOVAMENTE

Como dizia e velho e bom Barão de Itararé, “De onde menos se espera, é daí que não sai nada”, ou melhor, só sai cagada.
Pelo menos num assunto concordo e amplio a opinião do Batráquio, pois no Congresso existe bem mais que 300 picaretas.
Dos 513 que trambicam em Brasília, estimo que apenas uns 13 escapem da pecha de corruptos e safados.
Treze é um numero cabalístico, ligado a crenças e superstições, porem o Congresso é um conto de fadas, o país das maravilhas, repleto de Alices deslumbradas.
Não é que esses picaretas estão tramando para se auto presentearem nesse Natal, aumentando suas verbas de gabinete de 60 para 90 mil, e também o salário dos safardanas que dizem trabalhar na Casa(da mãe Joana), com um aumento de despesas da ordem de 400 milhões/ano!
Outra proposta indecorosa que está em vias de vingar, é a criação de mais 60 ou 70 cargos comissionados para o PSD, partido genérico que não é a favor nem contra, composto por políticos mutantes que já mamam nas tetas do governo.
Se esse novo partido é composto por refugos dos demais, que as vagas já existentes sejam rateadas na proporção das bancadas, pois ocorreu apenas uma troca de logotipo, continuando a mesma bandalheira.
Mas se preparem, pois esses sabichões vão dar um jeitinho e conseguir mais umas boquinhas para seus cupinchas.
Um belo presente para esses safados e um presente de grego para os contribuintes, pois somos nós que arcamos com essas mamatas.
Bonito mesmo fez a câmara de vereadores de Campinas, que aumentou o salário dos edis de 6 mil para 15 mil.
A população ameaçou um pequeno protesto chamando seus representantes municipais pela merecida alcunha de “bandidos”. Esses cafajestes mereciam apedrejamento público.
E lembrar que teremos na próxima eleição(ano que vem), um acréscimo de 7 mil dessa subespécie, especializada em assaltar os cofres públicos, é de lascar.
Nessa hora em que nos sentimos tolhidos, sem vontade e sem forças para reagir diante desses absurdos, vale a pena lembrar um pequeno verso do épico poema de Castro Alves(Navio Negreiro):

“Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus?!.”..


José Roberto- 13/12/11

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

NOVIDADES NO FRONT

NOVIDADES NO FRONT

Cheguei ontem, cansado, pois uma semana de férias para quem normalmente não faz grande coisa alem de coçar o pacote volumoso pendurado entre as pernas, é de lascar.
A medida que envelheço, os sintomas da “malemolência”, doença típica baiana, talvez adquirida no convívio com parceiros do tênis, vão se intensificando. O pior é que se trata de doença incurável e progressiva, com tendência a piora nos períodos de letargia em excesso.
A primeira boa novidade foi sobre a demissão do ministro Carlos Lupi, que alega ter pedido demissão, quando ainda é visível nos seus fundilhos, a marca dos saltos quadrados dos sapatões de Dona Dilma.
O porcino saiu escorraçado, mas deixando no ar sua derradeira bravata: “ Saio com a consciência do dever cumprido e da minha honestidade pessoal”.
Oh Lupi, fala sério pô!
É melhor ficar bem quietinho , senão a mídia continua vasculhando seu passado negro e desnudando suas maracutaias.
A outra ótima noticia, recebida a noite, foi a rejeição pela maioria absoluta do povo paraense, do proposta indecente de fracionar o estado.
Essa proposição oportunista me causava arrepios, pois alem das despesas adicionais que teríamos que arcar com a criação de mais duas unidades federativas mambembes, só de pensar que nos livramos de seis senadores, pelo menos uns vinte deputados federais e outros tantos estaduais, a notícia é um refrigério.
O bom povo paraense deu mostras que tem juízo, impedindo o aumento de uma classe de “animais predatórios” que eu particularmente gostaria estivesse ameaçada de extinção, mas com toda praga, é resistente, renascendo como uma fênix a qualquer tentativa de extirpá-la ou mantê-la sob controle.
Que o exemplo dado pelo povo do Pará, sirva como um alerta e um marco referencial a população de outros estados, potencialmente ameaçados por essas mesmas artimanhas indecorosas, que dormitam no congresso, a espera de um momento oportuno para se apresentarem como opções progressistas e salvadoras da pátria.
Curtindo a ressaca das curtas férias e voltando a rotina de não fazer quase nada, vou juntando forças para começar minha briga com o “Terra”, pois alem de não restabelecer a possibilidade de acessar e postar textos no antigo blog, os sacanas ainda tiveram a cara de pau de aumentar o valor da assinatura mensal, que hoje, impreterivelmente, será definitivamente cancelada.

José Roberto- 12/12/11

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

AS SETE VIDAS DE LUPI

AS SETE VIDAS DE LUPI

Ainda bem que meus leitores são desatentos, ou não dão a mínima para minhas previsões, pois erro a maioria.
Sou um daqueles videntes ao contrário.
Normalmente minhas previsões não se confirmam, ou ocorrem ao sabor do vento.
Ciente desse viés de palpiteiro insensato, já desisti de jogar na Mega-Sena, pois minhas chances de ganhar são nulas.
No dia sete de novembro passado, após espocarem os “maus feitos” do porcino Ministro do Trabalho, vaticinei que o dito cujo não duraria mais duas semanas no cargo.
Nesse meio tempo, o leitão Lupi, entre desculpas, bravatas, declarações de amor, falhas de memória e outras justificativas esfarrapadas, conseguiu uma sobrevida, mesmo que pendurado na corda bamba.
Provando não ter um mínimo de pudor e vergonha na cara, o leitão Lupi se agarra nas tetas do Ministério feito um carrapato gordo, daqueles que grudam e não largam, somente extirpado a base de um forte inseticida ou com a brasa de um cigarro(quem já andou pelo sertão, sabe perfeitamente como a coisa funciona).
Sob mar revolto, o papudo ministro conseguiu atravessar novembro.
Chamuscado, como um “porco no rolete”, vai sendo assado em fogo lento, por razões que o público e até seu partido desconhece.
Será que Dona Dilma é supersticiosa?
Como Lupi será o sétimo da herança lulista a ser defenestrado, talvez tenha algum receio de deferir o chute final para não atingir esse numero cabalístico.
Ou será que Dilma corresponde ao amor declarado de Lupi?
O pobre ministro está na alça de mira da mídia, e cada dia vão surgindo novas denuncias sobre “maus feitos”, acumulação de cargos, gestão temerária e quaisquer outros nomes que se queira dar a péssima utilização do dinheiro público.
Apesar das evidencias que já se tornaram provas cabais, o obeso leitão esperneia, mas não entrega os pontos.
Até mesmo um fato raro, a reprovação da conduta temerária do ministro por unanimidade pela Comissão de Ética, não foi o suficiente para encher os culhões de Dona Dilma, que ao invés de lançar mão da caneta para escorraçar esse incomodo bufão, saiu de fininho, viajando para a Venezuela justamente para visitar outro bufão, o maior de todos, o bolivariano Chaves, atual “libertador das Américas”.
Como já disse antes, Dona Dilma nunca foi do meu agrado.
Sua única vantagem com relação ao antecessor e inventor, é o fato de ser econômica nos discursos, poupando nossos ouvidos das asneiras que fomos obrigados a agüentar por oito longos anos.
Todavia, essa indecisão diante de um ministro que já deveria ter caído, nos deixa preocupados, provando sua dificuldade em romper o cordão umbilical que a liga ao criador.
Quem ficou mal no último capítulo dessa opera bufa, foi a Comissão de Ética, que terá que se explicar por agir eficazmente, ao menos uma vez.
Enquanto isso, provando que os leitões também tem sete vidas, Lupi vai se agüentando, tentando terminar o ano no desfrute das mordomias ministeriais e brasilienses.

José Roberto- 02/11/11

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

LIVROS DE OURO

LIVROS DE OURO

O título em questão poderá até atrair a atenção daqueles não chegados a leitura, inclusive do nosso esperto e apedeuta Ex-Presidente, que afirma com orgulho nunca ter lido um livro.
Pode ser que algum asceponi desavisado, lhe assopre “nas oreias” sobre a existência desse tal Livro de Ouro, despertando aquela pontinha de cobiça que existe enrustida em todos os humanos.
Talvez o ex “melhor Presidente...” pensasse assim: “nesse livro, bem que gostaria de botar as mãos”.
Só que a finalidade desse chatíssimo livro é justamente o contrário.
Quem folheia suas páginas, ao invés de levar, sempre acaba deixando alguma coisa.
Mal começou dezembro e já encontram-se instalados em locais de destaque exemplares desse livro maldito, que em primeira e última instância trata-se de uma forma clara de achaque, com o único objetivo de extorquir nossa suada grana.
No prédio onde moro, no escritório, os ditos cujos estão a nossa espera, e a cada momento que passamos pelo local, o funcionário de plantão, com aquele olhar lambão, nos observa atentamente na expectativa de um “pit stop”.
É um constrangimento total.
Nesse nosso país de leis absurdas, deveriam criar uma, proibindo a exibição desses mal afamados Livros de Ouro.
As doações e presentes de natal tem que ser espontâneas.
Deveríamos dar alguma coisa somente para aqueles que nos são gratos, que merecem reconhecimento.
Quando aderimos ao Livro, nivelamos todos por baixo, inclusive aquele tipo mau humorado que não engolimos, mas que nessa hora sai levando uma bruta vantagem.
Alguém já fez a conta dos gastos extras por conta dessa “pidança” geral?
Recordo das duas portarias já mencionadas, do guardador de carro, do entregador de jornal, do entregador das revistas semanais, das empregadas, da faxineira, sem mencionar a turma da casa de Itanhaém.
O melhor mesmo e ir aderindo, pagando e não fazer contas, que somente causam aborrecimento e atrapalham nosso sono.
Não quero que meus raros leitores formem uma opinião errada a meu respeito, pois não sou nenhum pão-duro, muito pelo contrário.
Quem me conhece bem, sabe que sou um coração mole, mão aberta, pois adoro presentear, porem pessoas que são chegadas e que merecem meu afeto.
Tornar um ato espontâneo e bonito, uma obrigação, é subverter a ordem e o valor do próprio ato.
Mas na prática, para não nos tornarmos “diferentes”, somos forçados a conviver com essa “forçação de barra”.
É difícil e impopular não ceder a esses maus costumes, e resignados, só nos resta torcer para que nossos sacos não explodam.

José Roberto- 01/12/11

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

EM DÚVIDA

EM DÚVIDA

Como disse aquele célebre filósofo anônimo brasileiro, “quem tem cu, tem medo”, eu, como obviamente possuo um pavilhão retrofulicar muito bem cuidado, não deixo de ter os meus “cagaços”.
Preciso deixar claro, sem sombra de qualquer dúvida, sobre a situação quase virginal do meu “tubo de escape”, somente tocado por dedos impuros dos urologistas libidinosos, nos inevitáveis exames de próstata, humilhação maior, a qual sucumbimos com o avançar dos anos(?).
É justamente nessa humilhação que o provérbio se confirma, pois quem tem próstata, mesmo sendo espada mas não sendo burro, tem medo daquela doença que o pessoal da minha família não gosta nem de pronunciar o nome.
Mas meus medos e meus cagaços até que estão sob controle, permitindo-me ingressar “por mares nunca dantes navegados”, em incursões temerárias que até podem gerar represálias, contra as quais, acredito ter forças para lutar.
Falar mal de políticos tornou-se uma coisa tão rotineira que a grande maioria do eleitorado não dá a mínima, pois nos tempos atuais, aquele que entra para o ramo, com certeza deve ter um desvio de caráter. Une-se aos impuros com um único objetivo. Enriquecer.
Para não ser totalmente injusto, devo salientar, que no meio dessa horda de mal intencionados existe uma meia dúzia de almas penadas, honrados e honestos, as raras vozes que clamam no deserto, impedindo a unanimidade.
Como a esperança é a última que morre, talvez um dia, eu ainda venha a escrever palavras elogiosas sobre um de nossos representantes. Espero estar perfeitamente lúcido quando esse fato pouco provável ocorrer.
Novamente estou divagando, pois tinha o firme propósito de deixar de lado, ao menos por alguns dias, temas sobre política e políticos, tendo em vista que na próxima semana estarei em New York refrescando a cuca, desde que consiga viajar, pois comprei antecipadamente minha passagem pela American, que segundo as notícias, está abrindo o bico(preciso urgente consultar meu horóscopo, pois a conjunção de saturno com plutão, urano e os cambau não me está favorável).
Mudando finalmente de conversa, não posso deixar passar em branco a deselegância e burrice do nosso “grande corredor” da Formula 1, o língua presa Felipe Massa.
Demonstrando que não tem um pingo de “massa” cerebral, esse corredorzinho de merda, teve o desplante de sugerir ao bom e velho “tartaruga” Rubinho Barrichelo, que a hora de “pendurar o estepe” havia chegado.
É certo que Rubinho é um roda presa, respeita os limites de velocidade, sendo inclusive gentil e abrindo caminho para ultrapassagens, mas esse Massa, numa equipe de ponta, tem provado que não é de nada.
Serve apenas para comer poeira e lustrar as botas do espanhol Fernando Alonso, que vê o brasileiro apenas pelo retrovisor, bem longe.
Rubinho, um verdadeiro gentleman, levou numa boa a tirada inoportuna de seu colega, tendo certeza, que a carreira desse língua presa solta não será tão duradoura quanto a sua.
Concluindo, a Formula 1 tem sido um pé no saco, pois dá sempre a lógica, não havendo a menor possibilidade de qualquer zebra.
Ou ela se reinventa, ou vai perder espaço, até mesmo para o insosso futebol feminino(arrehh).

José Roberto- 30/11/11

terça-feira, 29 de novembro de 2011

GATO ESCALDADO

GATO ESCALDADO

Depois que forças ocultas caparam meu email e meu blog, estou com a pulga atrás da orelha, será que preciso me cuidar?
Alguns amigos já me alertaram, mexer com essa corja de ladrões e corruptos, também alcunhados de políticos, é mexer em vespeiro.
Apesar do meu blog ser mixuruca, lido apenas por uma meia dúzia de amigos e provavelmente por mais alguns amigos de meus amigos, sinto que existem olhos secretos que acompanham meus escritos.
Coincidentemente, depois que comecei a meter o pau no governo e nos políticos, fiquei freguês da Receita Federal, a ponto de até conhecer o pessoal do Posto de Ipanema, que me atendem com cortesia, pois jamais pago uma multa ou autuação sem questionar e quase sempre tenho levado a melhor.
Visito o posto de três a quatro vezes por ano.
Outra ocasião, quando rasguei o verbo contra nosso falido sistema de saúde, fui repreendido por um comentário postado por alguém do Ministério da Saúde, alegando que minhas colocações estavam equivocadas.
Esse comentarista arrolou dezenas de programas implantados pela área, destacando sua abrangência e sucessos, tentando transformar ficção em realidade, como se já não estivéssemos saturados das barbaridades que ocorrem em nossos hospitais públicos.
Mais uma estranha coincidência, justamente para alguém que desconfia de coincidências.
Matutando como um velho gato escaldado, havia planejado mudar de assunto e escrever sobre o fiel e inseparável Vick, companheiro de todas as horas, que por sinal merece muitas e muitas páginas, mas ao iniciar o texto tive uma recaída, voltando ao tema das safadezas nacionais.
Talvez, o fato dessa mudança repentina de rumo, se deva ao ótimo artigo que li pela manha, enquanto suava para depositar no lugar correto, aquilo que nossos políticos fazem livremente em Brasília.
Numa feliz ou infeliz coincidência, o professor e historiador da Universidade Federal de São Carlos, Marco Antonio Villa, em seu oportuno artigo publicado no Globo de hoje, “ A Face do Poder”(sem ph), apresenta uma sinopse da obra do imperador do Maranhão, ele mesmo, José Sarney, que conseguiu depois de cinqüenta anos de espoliação, levar seu estado para a rabeira do ranking de qualquer indicador social que se queira escolher.
O último dentre os últimos!
Recomendo a meu fieis e eventuais leitores, que leiam esse artigo na integra, pois com a clareza que lhe é peculiar, esse safo professor desnuda com rápidas pinceladas, a metamorfose e apetite de um dos mais influentes políticos de nossa geração.
Espero que o ilustre articulista não seja vitima de “tilts” em seu computador, de erros de sistema, ou de problemas com seu provedor de internet, pois dessa vez, “cutucou o diabo com vara curta”.
Minha desculpa é que já estou na “melhor idade”, despido dos últimos resquícios de juízo e vergonha, com pleno no direito de falar e escrever o que me der na telha.
Qualquer problema ou enrosco mais grave, posso alegar “motivos de doença”, aquelas de nome complicado, que normalmente ocorrem em pessoas de idade avançada.
Sem dúvida, uma boa justificativa.

José Roberto- 29/11/11

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

FORA DO AR

FORA DO AR

Bastou falar mal do clã Sarney para que meu blog fosse “pras cucuias”.
Há algo de podre no ar e desconfio de coincidências.
Na quarta-feira passada, dia posterior a publicação do texto “O Dono do Brasil”, inexplicavelmente, as 8,00 da manhã, minha conta junto ao provedor Terra foi cancelada.
Percebendo que não tinha acesso ao email nem ao blog, liguei para o provedor, sendo informado do cancelamento.
Logicamente fiquei puto, explicando ao atendente, que não cancelei porra nenhuma de conta, e que gostaria de saber como esse fato intempestivo ocorreu sem minha autorização, pois para se cancelar uma conta de qualquer prestador de serviços, alem de fornecer um caralhão de dados, normalmente o pedido é gravado.
Solicitei que verificassem os motivos e os detalhes do cancelamento, e tentei no ato restabelecer minha conta.
Por mais absurdo que pareça, tive que fornecer novamente todos os dados pessoais, endereço, etecétera e tal, alem de ser premiado com um aumento de 10 reais na mensalidade, por um novo serviço que não solicitei.
Com muito custo, restabeleci os emails originais(meu e de Regina) mas não conseguia acionar o blog.
Resolvi então cancelar definitivamente a conta, pois se não pudesse postar mais textos no blog, não haveria sentido de manter uma conta num provedor que demonstrou total falta de respeito com um cliente de mais 10 anos.
Pois é, justamente nessa hora senti a grande dificuldade de se cancelar a assinatura Terra.
Falei com uns três atendentes antes de me encaminharem ao cancelador mor, que após escutar minhas queixas, me encaminhou à um técnico, que segundo ele, resolveria o problema de acesso ao blog.
Perdi mais uma hora e nada feito.
Tentei novamente cancelar a assinatura.
A gentil atendente responsável pelo cancelamento, após tomar ciência do meu drama, informou que o agente que executou o cancelamento indevido da minha conta já havia sido identificado, me orientando a enviar um email para o atendimento Terra, solicitando formalmente as necessárias explicações.
Aguardo desde quarta-feira essas explicações que até agora não vieram.
Diante das dificuldades de se cancelar a conta, me pergunto com alguém pôde fazê-lo sem maiores problemas?
Será que nesse angu tem caroço, colocado pelo bigode tingido raposão Sarney?
Se o bode velho conseguiu amordaçar o Estadão, logicamente num estalar de dedos conseguiria ferrar meu anêmico blog.
Estou aguardando as explicações do Terra, um provedor de merda que atende muito mau seus clientes, inclusive os antigos.
Portando, fui forçado a recorrer ao velho Blogger que usei em 2009, quando também tive problemas com o provedor.
Espero que vocês se adaptem ao novo endereço, que pelo jeito será o definitivo, considerando que estou de saco cheio com o Terra.
Pretendo inclusive entrar na justiça contra o provedor, caso as justificativas que venha a receber não sejam satisfatórias.
Espero que meus minguados leitores continuem fieis aos meus escritos, me comprometendo a informá-los sobre o desfecho dessa grande cagada.
Um forte abraço a todos.

José Roberto- 28/11/11