terça-feira, 25 de maio de 2021

AOS PRESIDIÁRIOS, COM CARINHO.


 

AOS PRESIDIÁRIOS, COM CARINHO.

 

Sabemos que nossa justiça é uma porcaria, que nossas prisões estão superlotadas, que criminosos de sangue, de colarinho branco e políticos corruptos cheios de grana, raramente são presos.

Tivemos a falsa impressão que com o Lava-Jato, a panorama iria mudar, mas ficou no ameaço, pois o glorioso  STF restabeleceu a intocabilidade. Todos os graúdos presos no desenrolar dos processos, com exceção de Cabral, estão soltos, ou cumprindo penas em regime domiciliar.

Não tenho compaixão pelos infelizes que povoam nossas prisões, pois com certeza, duas vezes na missa não foram. Se estão encarcerados boa coisa não fizeram, portanto que paguem suas dívidas para com a sociedade.

Mas ao invés de pagar pela comida que recebem, muitos presidiários, inclusive autores de crimes horrendos, recebem generosamente o “auxílio reclusão”, bem maior que o salário mínimo.

Somos um povo compreensivo e bonzinho, tratamos nossos criminosos com muito carinho.

Tanto assim, que nestes tempos de pandemia, Lewandowski Levabosta, o ministro companheiro de churrascadas e capacho do perigoso meliante Mula Nove Dedos, determinou ao Ministério da Saúde em 8 de fevereiro, que apresentasse em 5 dias a relação de prioridades devidamente classificadas, para recebimento das vacinas.

Por burrice ou intencionalidade de ambas as partes, os presidiários foram considerados mais prioritários que os agentes penitenciários, numa decisão estapafúrdia e ilógica, considerando a vida dos bandidos mais importante que a dos agentes da lei.

Esse fato ficou perfeitamente evidenciado, quando Levabosta, em 03 de maio passado, suspendeu a vacinação de policiais e professores do Estado do Rio de Janeiro, derrubando decisão do presidente do TJRJ.

Para o eminente magistrado, é mais importante vacinar os presidiários, que já usufruem de varias regalias, como o auxílio reclusão, saídas temporárias no Dia das Mães, dos Pais, no Natal, redução de penas em função da leitura de livros, saídas por morte de parentes próximos e familiares, permissão para cursos externos fora da cadeia, alem da famigerada Progressão de Regime, reduzindo para apenas 1/5(um quinto), a pena dos condenados com bom comportamento.

Está mais que provado, que em nosso país o crime compensa.

Neste caso das vacinas fecho questão com Bolsonaro, pois presos só deveriam ser espetados em último lugar, depois de todos os 220 milhões de brasileiros serem vacinados. Poderiam até receber doses vencidas ou vacinas da Pfizer não refrigeradas, evitando-se desperdício de dinheiro público.

Em muitos estados, os “coitadinhos”, por idade, ou por alguma comorbidade, já foram vacinados, enquanto milhares aguardam e enfrentam filas, pela primeira ou segunda dose.

 

José Roberto- 25/05/21

 

Um comentário:

  1. Temos um código penal do tempo que amarrava cachorro linguiça. E para completar nossos criminosos, principalmente aqueles que cometem crimes hediondos, são premiados com no máximo cumprimento da pena em 30 anos, mesmo condenados a trezentos anos. Isto é o fim da picada. Nem para prisão perpetua nossos congressistas esquerdistas modificam esta barbaridade no nosso código penal. Além disso dão outros prêmios aos nossos criminosos, tal relatado no texto. O Brasil tem tudo para não dar certo!

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