O cara vai ficando velho e não aprende!
Desconfie quando a esmola é grande ou fique atento ao velho e correto ditado popular: “O Barato Sai Caro”.
Pesquisando na Internet e acreditando em propagandas(Decolar. Com), comprei passagens executivas Rio/Miami/Rio,  da Copa Airlines, pela metade do preço da TAM, com o inconveniente de uma parada no Panamá, acrescendo duas horas no tempo de vôo.
Ovelho esperto” julgava, que as mordomias da classe executiva compensariam esse acréscimo.
No dia da viagem, como de costume, chegamos cedo ao aeroporto, pois alem de pontualíssimo, pensamos em desfrutar a espera na sala Vip, normalmente oferecida a todos os viajantes pela classe executiva.
Após o chek-in, constatei que a dita sala ficava após a inspeção dos passaportes pela Policia Federal, que somente liberaria a entrada dos passageiros após as 24,00 horas(a decolagem estava prevista para as 01,32 h).
Procuramos então a sala Vip do Cartão Amex, topando com as portas fechadas, pois o expediente havia encerrado as 23,00 horas.
Ficamos portando esperando a boa vontade da Policia Federal, no Terminal 1, do velho e desconfortável aeroporto Tom Jobim(Galeão), até adentrarmos a área de embarque.
Desisti do salão Vip, pois se existisse, deveria estar localizado no Terminal 2, longe pra cacete.
Embarcamos no horário previsto, porem, a tal classe executiva da Copas era um desastre.
Um avio pequeno e velho, com apenas três fileiras de cadeiras “executivas”, que nem sequer tinham apoio para os pés.
Um amigo(Hélio), que já havia voado pela Copa Airlines, tinha dito que e executiva lembrava os assentos do velho Eletra, que fazia a antiga ponte área. Achei que ele havia exagerado, porem constatei que os assentos do Eletra eram melhores.
No trecho Panamá/Miami, o avião era novo e os assentos eram bem melhores, porem inferiores a de qualquer outra companhia área conhecida.
O serviço de bordo era razoável.
Chegando no USA uma desagradável surpresa.
Checando nossos passaportes na Aduana, deu zebra no de Maria Silvia, pois seu nome constava em alguma lista de contraventores . O agente, sem graça constatando que a “perigosa criminosa” estava de cadeira de rodas, nos encaminhou para as terríveis salas de triagem, exatamente como vemos nos filmes, onde os ilegais são tratados com desprezo e falta de educação.
Não nos deixaram abrir a boca, enquanto checavam os dados da minha filha.
Aguardamos aproximadamente uma hora, até que nos liberassem sem qualquer explicação.
Na locadora, outro problema, pois o carro solicitado não batia com a especificações fornecidas, era muito alto, dificultando o acesso de Maria Silvia.
Na quarta tentativa, mesmo insatisfeitos, saímos com uma minivan Siena da Toyata, também alta, mas já estávamos cansados e de saco cheio.
No Hotel, outra desagradável surpresa.
Chegamos as 15,00 horas e quarto ainda não estava disponível.
Ficamos nesse mesmo hotel há mais de 10 anos, sendo inclusive hospedes preferenciais, que pelo jeito dessa vez não serviu para nada.
Somente as 16,30 o quarto foi liberado.
Os primeiros dias em Miami muito sol, dando até para pegar uma corzinha. Depois muita chuva, incessante.
O mais importante porem foram as palavras do Dr. Verma durante a consulta, afirmando que as condições de Maria Silvia, nesse último ano, permaneceram estáveis e inalteradas e que duas pesquisas em andamento, nas Universidades de Washington e Texas, acenavam com boas perspectivas.
Sugeriu inclusive, para daqui há dois ou três anos, uma nova biopsia muscular nos USA, acompanhada de um tratamento experimental, alertando-nos quanto aos custos significativos dessas medidas.
Segundo o médico, e melhor ter  um pouco mais de paciência e aguardar o avanço dessas pesquisas promissoras.
Não deixa de ser um fio de esperança, pois esperamos por boas noticias, ansiosamente, desde longa data.
Depois de um tour de compras, chegou a hora do retorno.
Como de costume, chegamos cedo no aeroporto, com três horas de antecedência.
Após o check-in, onde tivemos que desfazer uma mala para repartir o peso, pois ultrapassava em 3 kilos o permitido, notei que o cartão de Regina, no trecho Panamá/Rio não estava com assento marcado, constando em “stand-by”.
Questionei com a atendente que informou que tratava-se de um procedimento normal e que o assento seria marcado após nosso desembarque no Panamá.
Fiquei com a pulga atrás da orelha e pouco tempo depois, argumentei com outra atendente, que nos deu exatamente a mesma resposta.
Não havia sala Vip da Copa Airlines em Miami.
Avião novo no trecho e viagem tranqüila, até a hora de embarcarmos para o Rio.
Aí a coisa fedeu!
Não havia lugar na classe executiva para Regina, num típico caso de over-booking.
Não adiantou reclamarmos, que alguém usurpou o lugar de um membro de uma família, e que seria mais lógico deslocar esse individuo para a classe econômica.
Depois de muita espera e discussão, me empurraram para a classe econômica, apertadíssima, lotada de brasileiros pois os preços devem ser realmente bem mais baratos que de outras companhias decentes.
Tentaram me acalmar, oferecendo um crédito para compra de passagens da Copa.
Rejeitei essa droga de oferta, alegando que trataria dos meus direitos no Brasil, e que jamais assentaria meus fundilhos,  num avião dessa merda de companhia.
Puto, mais com um pouco de sorte depois de tanto azar, pois o assento ao meu lado era um dos raros vagos, chegamos finalmente ao Rio por volta das 00,30 horas.
No desembarque, demora para chegar a cadeira de rodas e apenas uma pessoa para empurrar dois cadeirantes,
Até o apanharmos nossas malas, ajudei sem maiores problemas, porem empurrar o carrinho(Regina cuidava o outro) e uma cadeira de rodas ao mesmo tempo não é moleza.
Tentamos dar uma passada no Free-Shop, mas desistimos, pois a fila era imensa, com apenas um caixa.
A única vantagem do esforço de empurrar o carrinho e a cadeira de rodas, é que o fiscal da alfândega, vendo o nosso desconforto,  não quis nem receber os papel de nossas declarações, liberando-nos sem qualquer problemas.
Não que tivéssemos algo a esconder, salvo as muitas caixas de charuto que comprei.
Agora mesmo, após terminar esse texto, irei contatar um advogado conhecido, para defender meus direitos, processando a Decolar.Com e a Copa Airlines, exigindo alem do reembolso, uma grana por danos morais.
Que esse escrito sirva de alerta ao amigos viajantes.
Cuidado com as ofertas mirabolantes da Decolar.Com e viajar pela Copa, só se gostar de aperto e desconforto.
O barato, saiu mesmo bem caro!

José Roberto- 03/05/12
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