sexta-feira, 28 de setembro de 2012

DISFUNÇÃO ERÉTIL


DISFUNÇÃO ERETIL

 

Dando asas a minha fértil pornô-imaginação, termino a semana com um texto de rotulo pomposo, mas que deve ser o inferno astral de muitos homens.

Já afirmei que sou um propagador dos avanços da medicina, principalmente nas áreas relativas a sacanagens e afins, assuntos de minha preferência, mas ao focá-los, tenho que ser cuidadoso, deixando claro que escrevo no genérico, nada tendo a ver com experiências pessoais.

Mesmo assim, dona Regina fica uma fera, e não escapo de uma carraspana.

No inicio da semana, escrevi sobre os estudos de um endocrinologista alemão, que conseguiu provar, que quanto maior a barriga, menor o desejo sexual, nada mais obvio, para quem nem consegue enxergar o próprio “documento” sem usar um espelho.

Outro fator importante, é que normalmente os obesos, tendem a ter pressão alta e não há nada mais “broxante” que remédio para controlar a pressão.

Não adianta os médicos virem com a conversa mole, que os remédios de nova geração não causam esses desagradáveis efeitos colaterais. Pura balela, pois deixam mesmo o cara “frouxo”.

Também é mais que óbvio, que nossos amigos, usuários dessas drogas, jurem de pés juntos, que não sentem dificuldade alguma para consumar o ato sexual.

A gente faz de conta que acredita e deixa pra lá.

Graças a Deus, minha pressão e tudo o mais está nos trinques.

O pior, é que essa turma da pressão alta, está tecnicamente impedida de utilizar os maravilhosos comprimidos azuis, correndo o risco de “bater as botas” com o membro duro.

Outro problema sério para a turma que sofre da disfunção erétil, é manter o membro rijo durante todo o período da conjunção carnal.

Muitas vezes, “o finado” da sinais de vida,  motivado por  algum pitéu, “carne fresca”, porem não consegue manter-se na posição de sentido, cedendo inapelavelmente a lei da gravidade.

Pesquisadores da Universidade John Hopkins(USA),  descobriram a cadeia de eventos bioquímicos necessária para a continuidade da função, comprovando que o Oxido Nítrico, produzido pelo sistema nervoso, é o responsável pela manutenção do órgão ereto.

Portanto, alem dos estímulos visuais, do tato, do olfato, a produção dessa substancia é imprescindível para um ato sexual pleno e satisfatório.

Parece, que a medicina está prestes a resolver, ao menos em parte, o sério problema da ereção transitória, o entrave, é que por enquanto, os experimentos estão sendo feitos apenas com ratos.

Segundo consta, já existe uma fila enorme de candidatos a cobaia.

Depois de ler esse texto, tenho certeza, que alguns amigos irão agendar com a devida urgência,  viagens aos Estados Unidos, para curtir a neve do final de ano.

Novamente, faremos de conta que acreditamos nos justos motivos.

 

José Roberto- 28/09/12

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A LISTA DO BARRETÃO


A LISTA DO BARRETÃO

 

Custou, mas parece que finalmente está chegando a hora do famoso núcleo duro petista, representado pelo exímio corrupto José Dirceu, secundado pelos asseclas Delúbio, Genoino e Silvinho, prestar contas a justiça por seus atos espúrios de lesa pátria.

Mesmo com Lewambosti e o Toffolula, utilizando todos os recursos do dito contraditório, enxergando e interpretando ao contrario as claras evidencias da roubalheira, dessa com certeza, esses perigosos meliantes não escapam.

“Nunca, na história desse país...” um julgamento polarizou com tamanha magnitude a opinião popular.

Ricos, pobres, donas de casa, operários, brasileiros de todas as cores e credos, esperam que dessa vez, se faça justiça.

Depositam suas esperanças nos membros do STF, que em sua maioria, já demonstraram, que mesmo os graúdos, pegos roubando dinheiro publico, terão que pagar por seus atos.

Inconformados, amigos dessa corja de bandidos, capitaneados pelo destrambelhado Rui Falcão, presidente do PT, com idéia assoprada em seu ouvido pelo ex-Melhor Presidente(que está com as barbas de molho, com medo do Carequinha), estimulam o envio de um manifesto ao STF, criticando a atuação dos ministros, solicitando, que o julgamento do Mensalão seja democrático, conduzido apenas de acordo com os autos(como se tal não estivesse ocorrendo).

Alguns artistas e pessoas conhecidas, apoiaram esse absurda idéia, que só não foi a frente, porque os advogados dos réus interpretaram que pegaria mal, dando a entender que já estariam jogando a toalha, admitindo a condenação de seus representados.

Coroando essa besteira, O Globo publicou na segunda-feira passada, uma nota informando que o cineasta Luiz Carlos Barreto, estava colhendo assinaturas, para enviá-las ao Supremo, em apoio a José Dirceu.

Ontem, na coluna do leitor, Barretão através de carta, esclareceu que o documento que pretendia enviar ao STF não se tratava de apoio ao chefe do Mensalão, mas alertando o tribunal para que o julgamento transcorra dentro das regras de um estado de direito, não permitindo que se transforme num espetáculo, um show.

Esse Barretão derrapou duas vezes.

O cara fica velho e se julga no direito de falar asneiras, se bem que deve haver razões ocultas para justificar esse desvario.

Provavelmente no reinado do Batráquio, com apoio do amigo José Dirceu, a Barretada deve ter encontrado facilidades para captar recursos para suas produções, pois quem conhece o “caminho das pedras”, chega mais rápido a fonte.

A “melhor idade” tem essas peculiaridades.

A pretensa experiência que acumulamos vai rapidamente por água abaixo, com a química do nosso cérebro rateando.

Daí surgem essas trapalhadas que denigrem um bom currículo.

Essa pegou mal Barretão!!!

 

José Roberto- 27/09/12

 

 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A MULHER DE JESUS


A MULHER DE JESUS

 

Discutir religião é assunto complicado, pois trata-se de escolha pessoal, problema exclusivo de foro íntimo.

Normalmente, herdamos a religião de nossos pais, pois a convivência, o exemplo e a prática religiosa familiar, tem um peso significativo em nossa opção adulta.

É obvio que a informação e a cultura que vamos adquirindo ao longo dos anos, pode alterar nossos pontos de vista, bem como a forma de encarar as coisas espirituais.

O conhecimento pode transformar as pessoas, tornando-as mais céticas ou mais religiosas, numa contraposição impossível de ser entendida ou explicada, embora cada um, acredite em suas próprias razões.

Estranhei o imenso volume de cartas indignadas, encaminhas a seção específica de O Globo, criticando uma fato ou pintura, de um artista plástico, estampada na capa da revista dominical do jornal, retratando a “Perseguida”.

Esse falso moralismo é de doer, quando as próprias novelas da Globo, desde as mais inocentes do horário das seis, estão repletas de cenas pesadas, de ficar, lesbianismo, gays, traições, corneamentos e todos os tipos de sacanagens, normalmente assistidas por crianças e adolescentes, viciados nessas porcarias de péssimo conteúdo,  influenciando de forma licenciosa, as novas gerações.

Não li uma única crítica a sátira desrespeitosa do Agamenon( o casseta Hubert), da qual sou um leitor fiel, mas que no domingo último pegou pesado, esculachando essa lorota de que Jesus era casado.

Se tivesse escrito algo semelhante sobre o profeta Maomé ou sobre o Corão, já estaria com certeza, na lista de Ahmadinejad e companhia, com a cabeça a prêmio.

Não sou carola, mas acho que tudo tem um limite, inclusive as gozações, principalmente em se tratando de religião, um assunto tão delicado, e que mesmo um ateu ou um agnóstico, tem que respeitar a escolha de outrem.

Os jornais e a mídia vivem de noticias bombásticas, pois só assim se justifica o realce dado a descoberta pela historiadora americana Karen King, de um papiro fajuto, possivelmente escrito no século IV , dando possíveis evidências de que Jesus era casado com Maria Madalena.

De tempos em tempos são descobertos esses tais papirus, manuscritos, que após uma análise detalhada comprovam ser uma farsa, montagem, para denegrir determinadas religiões.

Essa tal de Karen King conseguiu seu minuto de fama, mas o Agamenon foi terrivelmente chato, escolhendo e ridicularizando esse tema. Sugiro, sem querer fazer o papel de censor,  que volte a falar dos nossos políticos, esses sim, merecedores de todos os tipos de esculachamentos e baixarias.

 

José Roberto- 26/09/12

 

 

 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O BARRIGÃO


O BARRIGÃO

 

No início de julho, escrevi um texto comentando sobre a “barriga”, não a física, mas as ratas cometidas por jornais e revistas, que divulgam fatos que não ocorreram ou não correspondem a realidade.

Todavia, ao ver estampada na pagina de saúde de “O Globo” de domingo, a foto de um portentoso barrigão, pensei que tinham flagrado meu amigo Luiz(o bicão), em alguma disputa contra seu pior algoz(eu).

Luiz tem a péssima mania de tirar a camisa durante nossos jogos, apesar dos meus protestos e reclamações, pois considero sua atitude extremamente imoral.

Escancarar aquele barrigão a um eventual morador, que tiver os azar de passar por perto da quadra é uma agressão.

Reclamo, esbravejo, mas não tem jeito.

Meu único consolo é aumentar a dose da surra.

Analisando melhor a foto, ilustrando uma interessante reportagem sobre os problemas por trás da barriga, constatei que faltava uma manjada cicatriz, portanto, aquele barrigão deveria ser de algum sósia do bicão.

Como alem de escrever sobre todos os assuntos, a maioria dos quais não entendo patavina, me arvoro como um legitimo porta-voz da ciência, aproveitando para informar meus minguados leitores,  descobertas e pesquisas relevantes nessa área.

Segundo o endocrinologista alemão, Farid Saad, “ Os  homens não relacionam o tamanho da barriga a dificuldade de ereção, eles pensam nessas condições como fenômenos independentes”.

Segundo esse cientista alemão com nome libanês, pesquisas realizadas provaram que o tamanho da circunferência do barrigão, é inversamente proporcional a quantidade de testosterona existente no obeso, ou seja, quanto maior a barriga, menor o tesão.

Recomenda o árabe/alemão, que alem da reposição hormonal, os gordinhos devam se submeter a uma dieta rigorosa e exercícios físicos, para que no futuro, recuperem o salutar desejo de fornicar.

Ora bolas, eu, que não sou médico, endocrinologista e porra nenhuma, nunca precisei de grandes estudos ou pesquisas para concluir que os obesos são ruins de cama.

A barriga é um empecilho do cacete(no duplo sentido), pois se o sujeito tenta cutucar por baixo, não consegue beijar, e vice-versa, no conhecido efeito “mata-borrão”.

Outra dificuldade para os portadores da barriga tipo baiacu inflado”, é de ver o membro fálico, só possível através de espelhos. Tive um conhecido, que utilizava para esse expediente, um retrovisor antigo, recolhido da carcaça de um velho Ford F-600.

Outro sério problema, enfrentado pelos de cintura avantajada, ocorre no inverno, pois localizar a diminuta estrovenga, que encolhe ainda mais nos dias frios, é uma tarefa ingrata.

Alguns costumam amarrar um barbante no prepúcio, para servir como guia, pois mesmo pelo tato fica difícil chegar ao pequenino.

Um obesão, jamais poderá praticar a mais comum posição durante o coito, a papai-mamãe, pois se ficar por cima o único prazer da infeliz, será quando o gordo apear.

Para compensar essas dificuldades, normalmente os gordos são alegres, bem humorados, bons de conversa, talvez um prêmio de consolação divino para essas agruras.

Recomendo aos amigos e leitores obesos, que leiam o artigo na íntegra, que aborda outros problemas advindos do excesso de peso, como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, etc,  para mim, menos importantes que a queda do libido.

 

José Roberto- 25/09/12

PS- FINALMENTE APRENDI  INCLUIR FOTOS NO MEU BLOG
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A SAGA DOS QUERO-QUEROS


A SAGA DOS QUERO-QUEROS

 

Depois de inúmeras tentativas fracassadas que tenho acompanhado de longe, sem interferir, pois minhas atividades conservadoristas já me causaram diversos problemas, julguei que dessa vez, o casal teimoso de quero-quero teria sucesso.

Fiquei surpreso ao constatar, na terça-feira passada, que os topetudos desfilavam com dois filhotes, já bem empenados, prestes a alçar seus primeiros vôos.

Julguei, que pela aparente agilidade, estariam livres dos ataques dos cães, cujos donos imbecis, insistem em deixá-los acossar e perseguir a sofrida família.

Ledo engano.

Ontem, passeando com Vick, meu fiel companheiro, constatei que restava apenas um filhote.

Eu que ultimamente ando cheio de problemas, senti um aperto no coração e fiquei puto de raiva.

Como a natureza humana é bestial, permitindo a existência de pessoas  embrutecidas, que se divertem com cenas típicas dos tempos medievais, apesar dos constantes apelos e da consciência preservacionista, que se propaga e difunde por todo o mundo civilizado.

Esses tipos imbecis, levam seus cães ao Parque da Lagoa, para caminhadas ou para serem treinados, permitindo que saiam em desabalada carreira, perseguindo a infausta prole dos quero-queros.

Apesar das táticas diversionistas, da fêmea tentar se afastar com os filhotes enquanto o macho ataca o agressor, com vôos rasantes, piados estridentes, no geral, os cães, com seu instinto de caçador, acabam levando vantagem.

Destroem os ninhos, comem os ovos, ou acabam matando os filhotes.

Tento fazer ouvidos moucos ao barulho estridente que chega ao nosso apartamento, pois o vento predominante facilita a propagação dos sons, sendo praticamente impossível deixar de ouvir a chiadeira.

Com raiva, da varanda presencio o espetáculo deprimente, dos cães acossando as aves e os donos irracionais se deleitando com a agilidade e esperteza de seus animais.

As vezes, ainda dou uns gritos, faço acenos, gestos impróprios, porem normalmente sem efeito, talvez devido ao vento contrário, ou  ao faz de conta que não é comigo, adotado pelos bárbaros que deveriam estar sujeitos a coleira, ao invés de seus cães.

Infelizmente, tenho que conviver com essa situação constrangedora, pois ano após ano, os quero-queros fazem seus ninhos na grama rala do parque, totalmente expostos, sujeitos a faina assassina dos cães e dos homens.

Por tudo que acompanhamos, pela agressão ao meio ambiente, devastação das florestas, é duro constatar que o homem é o grande predador, o maior inimigo da natureza e de si próprio.

 

José Roberto- 24/09/12

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A FAXINA CONTINUA


A FAXINA CONTINUA

 

Pensei que estivesse livre do filhão, incorporado pelo espírito do “caboclo arrumador”, pois ainda ontem, praticamente liquidou com meu estoque de velharias, eliminando quase “uma tonelada” de papel velho e quinquilharias.

Consegui salvar apenas as antigas agendas e documentos pessoais, que fazem parte da minha história profissional. Desses não abri mão.

Imaginem a dificuldade de escrever esse texto, com o filho ao lado, remexendo no pouco que sobrou, extratos de cartões de crédito, canhotos de cheques, comprovantes bancários, sequioso para mandar tudo para o lixo.

Posso garantir, que de hoje esse suplício não passa.

Ou ele termina de vez, ou vou ter que exorcizá-lo com uns “cascudo na moleira”, pois apesar de bem crescido, tem que acatar com respeito  os esfregões do velho pai.

Ainda bem que se esqueceu da minha inseparável pasta, pesadíssima, um dos prováveis motivos pelo qual tenho que fazer Pilates.

Nessa pasta carrego de tudo e um pouco mais, inclusive uma lista dos moradores do prédio durante minha primeira sindicatura, há exatamente 24 anos.

É obvio que não se trata da mesma pasta, embora todas que utilizei nesse período, sejam bem parecidas.

Sou tão apegado a minha pasta, que tenho sonhos recorrentes, esquecendo-a em restaurantes, hotéis e até em aviões, acordando num desespero danado e dando graças a Deus por se tratar de um sonho.

Essa pasta é o meu domínio intocável, não permitirei que dela se aproxime.

Bem, não tão intocável assim, pois pressinto algumas vezes, que minha privacidade foi violada, talvez pela a curiosidade de minha esposa, sem a menor razão para qualquer suspeita, pois sou um homem puro, um verdadeiro beato prestes a ser descoberto pelo Papa Fritz I.

Abordado com novas perguntas e tentando salvar alguma coisa do meu “espólio”, serei breve, pois tenho que conter a sanha faxineira de meu filho.

 

José Roberto- 21/09/12

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O HOMEM QUE NÃO SABIA


O HOMEM QUE NÃO SABIA

 

Pensei que essa seria a semana decisiva, mas as exposições detalhadas e inquestionáveis do valoroso ministro relator, tem levado mais tempo que o previsto, ainda não alcançando o mentores da sinistra trama de compra de votos e apoio, jamais vista na história do nosso corrupto país.

Enquanto aguardam o laço do carrasco, José Dirceu, Delúbio e Genoino borram suas calças, pois pelo “andar da carruagem” sabem que a cada dia, estão mais próximos do cadafalso.

Estamos a praticamente duas semanas das eleições, e com certeza, o manhoso enrolador Lewandowiski, esgotará os ouvidos da corte com suas perorações morosas, repletas de adjetivos e pleonasmos, sob a absurda alegação de estar valendo-se do contraditório.

Não há contraditório que resista ao flagrante delito, de corruptos mamando sub-reptciamente nas tetas da viúva.

Rolando Lero Lewandowiski, conta ainda em sua retaguarda, com os inestimáveis préstimos do “emérito jurista” Toffoli, ministro sem reconhecida capacidade jurídica, mas reconhecidamente amigo e fiel das hostes petistas, graças a qual, foi guindado a tão importante cargo, sem possuir os requisitos para tal.

Esse inexpressivo ministro, também deverá usar mil artimanhas para retardar o julgamento.

Enquanto os cabeças da nojenta trama se molham de medo(cagaço), o carequinha Valério, eleito o bode expiatório pela corja petista, condenado a centenas de anos por um elenco infindável de crimes, prepara o contra-ataque, senão para salvá-lo, mas para arrastar figuras intocáveis ao lamaçal da roubalheira.

Em seu arsenal de acusações, pretende segundo dizem, arrolar provas contundentes, fatos, datas, reuniões e conluios, com altas personagens do governo que até então sempre alegaram não saber de nada.

Não sabiam de nada, mas sabiam que a grana entrava em quantidade, para pagar débitos de campanha, festas e dívidas pessoais, como um verdadeiro maná caído dos céus.

Houve até aquela história do fiel amigo japonês, que pagou dividas bancarias do Ex-melhor Presidente, sem que ele soubesse, numa demonstração sincera de amizade, um ato cristão de caridade.

Pelo jeito, o ex-Nosso Guia estava acostumado que outros pagassem por seus gastos extras, a ponto de haver morado durante muitos anos, de graça, num apartamento gentilmente cedido por outro amigo do peito, Roberto Teixeira, advogado que se deu muito bem durante o reinado petista.

Portanto, nada a estranhar que a grana entrasse com fartura durante sua gestão, para comprar deputados, apoio político e outras “cositas mas”.

Nosso Ex-Presidente deve ser mesmo muito distraído, pois afirma nunca ter visto ou sabido das “tenebrosas transações”, que ocorriam no andar superior(consta, que o gabinete de José Dirceu, ficava no andar de cima).

Tudo ficou nas costas do careca, que anda puto.

Dizem que está tomando doses cavalares de óleo de rícino, preparando-se para espalhar merda a valer pelo ventilador.

Se a cagada realmente ocorrer, respingos merdalhatórios atingirão a muitos, que como cornos, alegam serem o últimos a saber.

 

José Roberto- 20/09/12

 

 

 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ARRUMANDO A CASA


ARRUMANDO A CASA

 

Posso dizer que não sou nenhum exemplo em arrumação, sou “limpinho” mas meio desleixado.

Ainda bem que casei com uma mulher ordeira, extremamente organizada, especialista em arrumar malas, operando verdadeiros milagres, caso contrario, minha casa seria uma bagunça.

Como todos os de idade avançada, não gosto de dispor das coisas, mesmo daquelas que perderam a utilidade, preferindo guardá-las para uma pouco provável eventualidade futura.

Em casa, minha mulher resolve a questão. Sem delongas, manda tudo para o lixo.

Já no meu escritório, quem manda sou eu.

Bem, pensei que mandava, até que meu filho, em férias, resolveu fazer uma arrumação em meu território restrito.

Estranhou as pilhas de papeis sobre a grande e única mesa de minha sala.

Expliquei-lhe, que cada “montinho” tinha sua razão de ser.

Um deles referia-se as minhas constantes brigas com a receita federal; outro acumulava pendengas com empresas de telefonia; mais outro, acertos com clientes recentes; outro ainda de envelopes usados e o maior deles, uma montanha de correspondência de um antigo sócio, que jamais se interessou em recolhê-las.

Meu filho é extremamente organizado a ponto de irritar, não permitindo bagunça ou nada de estranho em seu quarto. Puxou a mãe e sem dúvida, um tio, meu irmão mais velho, Toninho.

Recordo, que dormíamos no mesmo quarto e a cômoda do mano era um esmero de organização.

Numa das gavetas superiores guardava numa ordem militar, seus documentos, objetos pessoais de estimação, um canivete, um radinho de pilha e a inesquecível foto da noiva, que olhava com carinho todas a noites antes de dormir.

Meu sádico prazer de adolescente, era abrir a gaveta e virar o retrato ao contrário ou de ponta cabeça, atiçando a raiva do irmão mais velho que sempre me prometia uns “croques”.

Toninho, para ficar livre dos meus ataques, tratou de colocar uma fechadura na gaveta, impedindo meu acesso.

Para continuar sacaneando-o, adotei a tática de balançar a cômoda inteira, tirando tudo do lugar.

Se bem me lembro, devo ter levado uns bons tapas por minha ousadia, pois o mano era bem maior e mais forte.

Voltando ao problema do escritório, meu filhote, incorporado por algum espírito arrumador, apesar de minha resistência, iniciou uma imensa faxina, enchendo sacolas a granel, de revistas antigas, envelopes velhos, correspondências caducas, exames clínicos de mais de dez anos, e inclusive pastas de antigos clientes, com os quais não mantinha qualquer vínculo a mais de 20 anos.

Empacamos quando tentou se livrar de alguns antigos trabalhos feitos nos bons tempos da CESP, nos anos setenta, e alguns, dos áureos tempos da Eletrobrás, peças importantes do meu passado, das quais jamais irei me desfazer.

Enquanto escrevo esse texto, o filhote ordeiro aguarda e lê com parcimônia o jornal, torcendo para que encerre logo minha lida, para retornarmos a faxina e a nossos embates.

Fico com o coração apertado, pois tenho receio de estar mandando para o lixo, parte expressiva de meu passado profissional.

Com o passar da idade, nos apegamos a pequenas coisas, sem importância aos olhos de outrem, mas que para nós representam realizações e ecos da época em que éramos fortes.

Racionalmente, constato tratar-se simplesmente de temores típicos da velhice, inerente a cada um de nós, impossíveis de serem evitados.

Mas que dói, dói!

 

José Roberto- 19/09/12

 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

SEMANA DECISIVA


SEMANA DECISIVA

 

Somente agora começa esquentar o julgamento do Mensalão, com os réus políticos entrando na berlinda.

Julgar e condenar o pessoal do Banco Rural, das agências do carequinha e mesmo o próprio, foi café pequeno, deglutido pelos governistas sem maiores problemas.

Bem que a dupla de zagueiros petista, capitaneada pelo prolixo “Rolando Lero” Lewandowiski e pelo inexpressivo Toffoli, tentou amarrar o jogo, com colocações e análises “heterodoxas”, tipicamente protelatórias, madorrentas, com o intuito de retardar ao máximo o desfecho do julgamento.

De preferência, para o final de novembro, após o encerramento definitivo das eleições.

Porem, a determinação e altivez do relator, ministro Joaquim Barbosa, a trancos e barrancos, mesmo com o uso excessivo de remédios contra azia(pois agüentar a argumentação da dupla, é dose), tem conseguido seguir com pequeno atraso, o cronograma estabelecido.

Está chegando a hora de vermos o crápula-mor, José Dirceu, espernear e ranger os dentes, a medida que seus crimes e atos de lesa pátria forem sendo desnudados.

O idealizador do Mensalão, junto com seus cúmplices e lacaios, Delúbio Soares, José Genoino, Silvio Pereira e companhia, terão que prestar contas pelas diatribes cometidas e pelas inconfidências praticadas com o dinheiro público.

Mesmo com os prováveis arrazoados contestatórios da “dupla dinâmica”, temos a esperança de que a justiça será feita, pois os demais membros do nosso egrégio tribunal tem sido coerentes, julgando com independência e “metendo o ferro” nos corruptos, que acostumados a mamar nas tetas do governo, estavam certos, que como de costume, escapariam ilesos, livres, leves e soltos.

“Nunca na história desse país”, se viu um julgamento que despertasse tanto interesse da população, inclusive das pessoas menos instruídas, que através dos jornais, rádios, ou mesmo pelas conversas informais, acompanham o desenrolar dos fatos, acreditando, que pela primeira vez, peixes graúdos poderão finalmente ser colhidos pelas malhas da justiça.

Muitos otimistas esperam, que o julgamento do Mensalão seja o “marco zero”, o divisor de águas, a partir do qual nossos políticos corruptos pensarão duas vezes antes de assaltar os “cofres da viúva”, ou pelo menos, serão bem mais cuidadosos em seus golpes, pois sabemos que a maldita corrupção é endêmica em nosso país.

Contra ela não existe antídoto ou vacina.

A cadeia é o único paliativo, que não elimina o mal, mas alivia os sintomas.

Esperamos, que esse santo remédio seja rapidamente indicado aos malfeitores mensalistas, em doses bem generosas.

Será mesmo que o ex-melhor Presidente não sabia de nada?

Cuidado com o careca, que segundo dizem, já está de cócoras, de calças arriadas, próximo do ventilador.

 

José Roberto- 18/09/12

 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

REUNIÃO FAMILIAR


REUNIÃO FAMILIAR

 

Papai deve estar com muitas saudades da família, apesar de estar “lá em cima”  acompanhando nossos passos e nos protegendo.

Há menos de dois meses convocou Hercília, sua querida esposa e nossa inesquecível mãe, para ocupar a seu lado o lugar especial ,que com imenso carinho preparou ao longo de dezoito anos.

Posso vislumbrar seu sorriso faceiro, acolhendo mamãe com um forte abraço, recebida ao som delicado das trombetas, assopradas na maciota pelos jovens querubins.

Essa junção familiar deve ter estimulado Tonico, que saudoso dos papos “tete a tete” com seu filho predileto, encontrou um jeito de apressar a chegada de Bentinho, pressentindo que problemas terrenos constrangiam o inquebrantável coração do filho mui amado.

E assim foi feito.

Uma rápida conversa com o “Pai Celestial”, alvará expedido num átimo de segundo e Bento foi chamado para ocupar um lugar de honra entre seus queridos pais.

Como já disse, a influência de papai junto ao “Maioral” é desmedida, a ponto de causar uma leve ciumeira entre os anjos e demais moradores do Paraíso, porem todos reconhecem que Tônico fez por merecer, ficando tudo numa boa.

Bento foi o filho que tinha maiores afinidades com papai, amando a vida no campo, a lida com animais e o cultivo da terra.

Depois de uma breve passagem em atividades urbanas, aventurou-se pelos sertões do norte do Mato Grosso, desbravando uma região inóspita, fincando os alicerces daquela que seria sua marca inconfundível, o padrão de excelência Santa Cruz.

Com o passar dos anos, o logotipo Santa Cruz tornou-se uma referência, tanto na qualidade do gado oriundo de suas fazendas, como dos demais produtos, que por força do destino, foram criados ou implementados sob sua tutela.

Jamais se interessou por política, mas sentindo a necessidade de tornar Pontes e Lacerda, sede de suas empresas, uma cidade mais dinâmica e progressista, aliou-se aos expoentes locais, influindo na eleição de um prefeito, que sem os vícios dos predecessores, soube transformar a cidade, aplicando com sabedoria e correção, os recursos disponíveis.

Em oito anos, a cidade como uma fênix, renasceu, ganhando novos ares e atraindo empresas que irão garantir esse surto de progresso.

Bento, agindo de forma ponderada nos bastidores, foi um conselheiro sereno.

Em seu escritório, atendia a todos que solicitavam seus préstimos, nos assuntos mais diversos, sendo peça importante na organização das festas locais, encarregadas de arrecadar dinheiro para o Hospital de Câncer de Barretos, que atende a todos os necessitados da região.

Todas as obras sociais da cidade, contavam com seu irrestrito apoio, a ponto de chamar a si a responsabilidade de suprir o banco de leite de cabras, para suprir as necessidades das crianças, que por problemas de alergia ou rejeição, tinham que recorrer a esse tipo de alimento.

Nos últimos vinte anos, estreitei os laços com esse irmão mais velho, que saiu de casa muito cedo, em busca de desafios e de “fazer a vida”.

Apesar de eu não ser muito afeito as coisas do campo, em comum, partilhávamos do gosto extremado pela leitura, trocando livros e batendo longos papos sobre tudo, inclusive sobre a situação do país, concordando, que as perspectivas futuras não são nada agradáveis.

Bento deixa uma fiel companheira de longo anos, quatro filhas espalhadas pelo mundo, enteadas,  irmãos, sobrinhos e netos, que irão sentir e muito, sua falta.

Bento foi um pioneiro, um empreendedor, um sonhador, lutando algumas vezes batalhas que jamais poderiam ser vencidas.

Não ouso nesse texto, fazer um relato de sua história, de suas realizações, de seus incontáveis amigos, de sua vida.

Este é apenas um lamento de um irmão, que sente no fundo do coração essa perda tão doída, essa ausência que calará fundo em muitos corações.

Mas tenho certeza absoluta, Tonico sabe muito bem o que faz.

 

José Roberto- 17/09/12

 

 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SAI ANA, ENTRA MARTA


SAI ANA, ENTRA MARTA

 

Caso o título fizesse referência ao futebol feminino, estaria tudo nos conformes, pois a craque veterana Marta, apesar de desgastada, é bem melhor que uma Ana qualquer.

Mas, em se tratando do nosso complicado Ministério da Cultura, substituir Ana de Hollanda(irmã do grande Chico Buarque) por Marta  “Botox, Relaxa e Goza” Suplicy, é complicar ainda mais uma pasta cujos titulares vivem pisando em ovos.

Mexer com artistas, escritores, intelectuais, músicos, compositores, é tarefa inglória, pois todos sempre querem achar um jeitinho de dar aquela mamada gostosa nas tetas do governo, com patrocínios, verbas a fundo perdido, autorização para captações de recursos via Lei Rouanet, e outras mamatas, tudo  a pretexto de zelar e valorizar a cultura do país.

Está certo que Dona Dilma, preocupada com a falta de fôlego do candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, atendendo provavelmente apelo do Batráquio manhoso, tenta cooptar a recalcitrante Marta, ferida em seus brios quando foi afastada da disputa no pleito da capital paulista.

Oferecendo a Marta esse premio de consolação, que pode se tornar um grande abacaxi, Dilma tenta obter a adesão da “esticada” senadora, acreditando que a dita cuja consiga transferir votos cativos, melhorando a performance do ex-péssimo Ministro da Educação, outra invenção do Ex-melhor Presidente.

Antes mesmo de ser empossada, a “remendada” Marta já começa pisando na bola, ao declarar que “Lula é um deus...e eu tenho apelo”.

Deve ter aprendido com o “Ex- Nosso Guia” o cacuete de falar sem refletir, deixando escapar asneiras e gafes, difíceis de serem consertadas e que a marcaram durante sua tumultuada vida pública.

Marta deve ser mesmo um “pé no saco”, pois até mesmo o xarope do Eduardo Suplicy escapuliu de suas garras. Teve um “afair” com Luiz Favre, um argentino metido a francês, arranjando-lhe bons empregos e outras mordomias, mas mesmo assim, o gringo escafedeu-se, pois deve ter arranjado coisa melhor lá pelas bandas do Peru.

Não acredito que a entrada de Marta na campanha do Fernando Haddad surta efeitos positivos, pois o bonitão fez um monte de “cagadas” quando esteve no Ministério da Educação e São Paulo, com certeza, não vai querer provar dessa meleca.

Mesmo não gostando muito da Ana de Hollanda, que foi indicada pela força do irmão, o grande Chico, milionário que se diz petista e socialista, inclusive adora o regime cubano(de longe e em rápidas visitas), a preferia no ministério, ao invés dessa “botoxada”, que em breve, aprontará muitas e boas.

É só uma questão de tempo!

 

José Roberto- 13/09/12

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

MEDALHAS


MEDALHAS

 

Quando penso em medalhas não consigo esquecer da figura ridícula, do nosso ex-Presidente Fernando “Saco roxo” Collor de Mello, que apareceu numa solenidade comemorativa das forças armadas, com o peito coberto de medalhas, fazendo inveja aos ministros que estavam a seu lado.

Recordo, quando menino, que também tinha o hábito de colocar em minha camisa, tampinhas de garrafas coloridas, afixadas por pressão, com a cortiça pelo lado avesso, provavelmente imitando figuras de militares que via em revistas.

Brincadeira passageira da tenra idade, que passou, ficando esquecida com o tempo.

Nosso malfadado Ex, o Collor, devia também gostar dessa brincadeira, mas ao contrário, não a esqueceu com o passar dos anos, a ponto de estufar o peito com quinquilharias, provavelmente compradas em lojas de lembranças para turistas,  que existem as dezenas, nas capitais européias.

Condecorações e medalhas honoríficas concedidas por autoridades brasileiras a personagens estranhas, é no geral, piada de mau gosto, um acinte a população esclarecida.

Foi o caso do Ministério da Aeronáutica, que em 2007, concedeu a Dona Mariza, nossa inodora e muda primeira dama, a Ordem do Mérito Santos Dumont, em reconhecimento a...,(talvez ao fato de cruzar os ares sempre calada, nas centenas de viagens do maridão). Quem descobrir uma justificativa razoavelmente plausível, ganha um chaveiro que trouxe da Alemanha.

Não querendo ficar por baixo, o barbudinho puxa-saco, então Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, também estendeu a gentileza a Dona Mariza, presenteando-a com a Ordem do Mérito de Rio Branco, no grau de Grã-Cruz, a maior e mais importante concedida pelo ministério, a figuras que tenham prestados relevantes serviços a diplomacia brasileira(eh,eh,eh- fala sério, porra!!!)

Retratos típicos de uma avacalhação total.

Leio agora, que a Câmara Municipal do Rio, quer conceder ao “emitente” ministro do STF, Dias Toffoli, aquele que não conseguiu passar num concurso público, mas ganhou o cargo graças aos fiéis serviços prestados ao PT, a medalha Pedro Ernesto.

Felizmente, alguns vereadores com senso de ridículo, impediram momentaneamente a concessão da “honraria” ao portentoso ministro, que está demonstrando sua subserviência às orientações do partido, no atual julgamento do Mensalão.

Sei por alto, que Pedro Ernesto foi um ótimo prefeito do Rio, nos áureos tempos em que a cidade maravilhosa era a sede do Distrito Federal e que deve estar “dando saltos em sua cova”, com essa patifaria, que os vereadores mequetrefes pretendem intentar, usando seu honrado nome.

Como já afirmei inúmeras vezes em meus  textos, avacalhamos com as coisas que deveriam ser sérias.

Medalhas e honrarias no Brasil, valem tanto quanto, “aquilo que o gato enterra”.

 

José Roberto- 12/09/12

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A ALEMANHA QUE EU VI


A ALEMANHA QUE EU VI

 

A primeira vez que cruzamos a Alemanha foi em maio/88, antes da reunificação.

Viajávamos de carro pelas maravilhosas auto-estradas do lado ocidental, nas quais não havia limite de velocidade e os carros passavam voando, humilhando nossos 140 ou 150 por hora.

Pernoitamos em diversas cidades, grandes e pequenas, espantados com a ordem, limpeza das ruas e com os preços da comida e demais artigos, bem superiores aos nossos.

Por todos os cantos dava para sentir a pujança do país, contrastando com o lado oriental, manietado pela burocracia soviética.

Na segunda visita, estivemos apenas em Berlin, poucos anos após a queda do muro, ocorrida em outubro de 1989.

A cidade havia se transformado num imenso canteiro de obras, investindo firme na recuperação dos locais e monumentos históricos, tentando minimizar os estragos causados pela guerra e pela horrível arquitetura bolchevista, impregnada de “caixotes” cinzas de péssimo gosto.

A unificação da Alemanha Ocidental evoluída, com uma Alemanha Oriental atrasada em todos os aspectos, cobraria um ônus significativo, exigindo um esforço extra dos irmãos ricos, para propiciar a readaptação e melhoria do padrão de vida dos antigos moradores da RDA(DDR).

O exemplo mais típico e motivo de galhofa mundial, eram os “poderosos” Trabants, o único carro produzido no lado oriental, abandonado por todos que conseguiam cruzar o muro, e jogados no ferro velho após a reunificação.

Nessa terceira visita ao pulmão da Europa e baluarte principal da zona do euro, numa excursão, visitamos rapidamente de norte a sul, a principais cidades, observando que a Alemanha continua forte, limpa, com ótimas estradas, mas deu para notar algumas pequenas diferenças.

O enorme custo da reunificação deve ter cobrado seu tributo, para realocar e dar emprego à aproximadamente 17 milhões de alemães orientais, que viviam pendurados numa imensa burocracia estatal, custeada pela antiga União Soviética.

As estradas continuam perfeitas, mas atualmente estão sujeitas aos limites de velocidade, controlada por radares fixos e patrulheiros, seguindo a cartilha que bem conhecemos, obviamente muito mais séria e eficiente.

Sentimos que o povo está mais aberto e receptivo aos milhares de turistas, atraídos pelas belezas naturais, castelos, igrejas e monumentos que fazem parte da historia mundial.

Deu para sentir que as dificuldades internas aumentaram, reflexos da crise mundial, dos problemas da zona do euro e conforme dito anteriormente, do elevado ônus despendido com a integração.

Observei, no centro de Munique, esperando por minha mulher que garimpava ofertas numa loja de departamentos, que em 15 minutos, o recipiente de lixo que estava a meu lado, foi visitado e vasculhado por nada menos que 11 pessoas, a maioria bem vestidas, procurando latas, garrafas plásticas e quem sabe, restos de comida.

Evidências de que nem tudo anda as mil maravilhas no portentoso país germânico.

Outro fato que chamou a atenção, foi o preço convidativo dos restaurantes, bem abaixo dos praticados no eixo Rio/São Paulo.

Pudemos comer e beber muito bem, pela metade do preço que pagaríamos em restaurantes similares aqui no Brasil.

Difícil entender como uma cerveja de trigo, que custa 0,85 centavos de euro num supermercado alemão, custe aqui em nossa terra, o absurdo de 13 a 14 reais.

Nossa excursão, noves fora o péssimo hotel que nos acomodaram em Berlin, foi prazerosa, com destaque para as pequenas cidades históricas que visitamos, belas e acolhedoras, com castelos que não acabam mais, prato cheio para quem gosta(eu já estou satisfeito pelo resto da vida).

O grupo, tanto no inicio com alguns argentinos, colombianos e uruguaios, como da metade ao final, só de brasileiros, foi de pessoas amigáveis, cordatas, de convivência salutar e harmoniosa.

Bons companheiros de viagem.

O guia, uma figura impar, culta, alegre, bem disposta e com um fino humor. Um alemãozão típico e gorducho, que enriqueceu nossa viagem.

Seus esclarecimentos, explicações e versão sobre os fatos históricos foram o ponto alto da viagem.

Uma figura impagável.

Deixo claro, que minhas observações sobre o que vi e senti, são de caráter estritamente pessoal, baseadas apenas na intuição, sem lastro, pesquisa ou reflexão mais ampla.

Agora que acabou, fica aquela saudade e a vontade de pensarmos em nosso próximo destino.

Uma informação importante: o Jageirmester é uma bebida milagrosa, comprovada aqui pelo “degas” e pela esposa, que não teve dor de cabeça nenhum dia durante toda a viagem, graças ao uso e abuso do “jager”.

 

José Roberto- 11/09/12

 

 

 

 

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

FAZENDO JUSTIÇA


FAZENDO JUTIÇA

 

Retornando de uma rápida viagem a Alemanha, alem do acúmulo impertinente de contas a pagar, tive agora pela manhã uma agradável surpresa.

Finalmente a Secretaria Municipal de Trânsito do Rio de Janeiro, pois fim a uma farsa e um abuso indecente.

As supostas vagas a que teria direito um suposto Consulado da Hungria, foram finalmente eliminadas, sendo todo o espaço destinado aos reclamantes de direito, os portadores de necessidades especiais.

Já havia escrito um texto, que serviu de base a diversas reclamações enviadas a todos os órgãos possíveis e imagináveis da prefeitura do Rio, alertando sobre o golpe aplicado pelo síndico do Edifício Castelmar, situado à Av. Franklin Roosevelt 84, que em conluio com o pessoal da área de trânsito, desfrutava desde muito tempo, do uso cativo de duas vagas concedidas gratuitamente em espaço publico, para o Consulado da Hungria, que há uns 18 anos, havia se mudado para Rua Senador Vergueiro, 154/304, Flamengo.

Toda manhã, por volta da 6,00 horas, o zelador do edifício Castelmar, estendia cordas, colocava cones e placas, invadindo inclusive o espaço do estacionamento reservado aos portadores de necessidades especiais, espaço esse que eu recuperava na marra, gerando atritos com o zelador e com o filho do sindico.

Cansei de escrever e telefonar à Ouvidoria Municipal, redigir cartas de protesto aos inúmeros órgãos do CET, que sempre, atenciosamente, respondiam que o assunto não era de sua competência, recomendando que retornasse minhas queixas à Ouvidoria.

Um jogo de empurra-empurra que fazia gosto.

Finalmente, escrevi carta detalhada a um deputado federal, concorrendo atualmente a vaga de prefeito, que sempre alegou ter sido um defensor das pessoas com necessidades especiais.

Há pouco tempo, recebi resposta de uma de suas secretárias, juntando copia de expediente do deputado ao órgão responsável pelo trânsito no Rio, capeando meu relato e solicitando providências.

Já estava meio desanimado, quando finalmente constato que minha insistência deu resultado.

As vagas foram aumentadas para três, alem de criarem duas novas vagas no outro lado da Avenida, numa rua interna(um pouco apertada).

Não sei dizer se nessa correção de rumo tem ou não o dedo do deputado, pois estando em campanha deve fazer de tudo para cativar eleitores.

Na dúvida, já garantiu o meu voto, pois também sou passível de ser comprado por um pouco de justiça e de utilidade pública.

Quem deve estar puto é o sindico vizinho, pois ele e o filho perderam essa boquinha que já durava muitos anos.

Vão ter que passar a concorrer com o povão pela disputa de uma difícil vaga, alem de gastar uma graninha diária.

As vezes, espernear e lutar pelos seus direitos dá certo, raramente, mas em épocas de eleição podem ocorrer milagres.

 

José Roberto- 10/09/12