sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

AS SETE VIDAS DE LUPI

AS SETE VIDAS DE LUPI

Ainda bem que meus leitores são desatentos, ou não dão a mínima para minhas previsões, pois erro a maioria.
Sou um daqueles videntes ao contrário.
Normalmente minhas previsões não se confirmam, ou ocorrem ao sabor do vento.
Ciente desse viés de palpiteiro insensato, já desisti de jogar na Mega-Sena, pois minhas chances de ganhar são nulas.
No dia sete de novembro passado, após espocarem os “maus feitos” do porcino Ministro do Trabalho, vaticinei que o dito cujo não duraria mais duas semanas no cargo.
Nesse meio tempo, o leitão Lupi, entre desculpas, bravatas, declarações de amor, falhas de memória e outras justificativas esfarrapadas, conseguiu uma sobrevida, mesmo que pendurado na corda bamba.
Provando não ter um mínimo de pudor e vergonha na cara, o leitão Lupi se agarra nas tetas do Ministério feito um carrapato gordo, daqueles que grudam e não largam, somente extirpado a base de um forte inseticida ou com a brasa de um cigarro(quem já andou pelo sertão, sabe perfeitamente como a coisa funciona).
Sob mar revolto, o papudo ministro conseguiu atravessar novembro.
Chamuscado, como um “porco no rolete”, vai sendo assado em fogo lento, por razões que o público e até seu partido desconhece.
Será que Dona Dilma é supersticiosa?
Como Lupi será o sétimo da herança lulista a ser defenestrado, talvez tenha algum receio de deferir o chute final para não atingir esse numero cabalístico.
Ou será que Dilma corresponde ao amor declarado de Lupi?
O pobre ministro está na alça de mira da mídia, e cada dia vão surgindo novas denuncias sobre “maus feitos”, acumulação de cargos, gestão temerária e quaisquer outros nomes que se queira dar a péssima utilização do dinheiro público.
Apesar das evidencias que já se tornaram provas cabais, o obeso leitão esperneia, mas não entrega os pontos.
Até mesmo um fato raro, a reprovação da conduta temerária do ministro por unanimidade pela Comissão de Ética, não foi o suficiente para encher os culhões de Dona Dilma, que ao invés de lançar mão da caneta para escorraçar esse incomodo bufão, saiu de fininho, viajando para a Venezuela justamente para visitar outro bufão, o maior de todos, o bolivariano Chaves, atual “libertador das Américas”.
Como já disse antes, Dona Dilma nunca foi do meu agrado.
Sua única vantagem com relação ao antecessor e inventor, é o fato de ser econômica nos discursos, poupando nossos ouvidos das asneiras que fomos obrigados a agüentar por oito longos anos.
Todavia, essa indecisão diante de um ministro que já deveria ter caído, nos deixa preocupados, provando sua dificuldade em romper o cordão umbilical que a liga ao criador.
Quem ficou mal no último capítulo dessa opera bufa, foi a Comissão de Ética, que terá que se explicar por agir eficazmente, ao menos uma vez.
Enquanto isso, provando que os leitões também tem sete vidas, Lupi vai se agüentando, tentando terminar o ano no desfrute das mordomias ministeriais e brasilienses.

José Roberto- 02/11/11

2 comentários:

  1. Dilma está vacilando com esse bonachão.
    O cara provou que não tem vergonha e só sai chutado.
    O que ela está esperando?

    Pedro Paulo

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  2. Lupi é um exemplo típico do político cara dura que segue a linha Sarney.
    Até quando teremos que suportar esses tipos?
    Dilma tem que provar que é bem melhor que seu criador.
    A criatura tem que superar e cortar as amarras qe a ligam a Lula.
    Antonia

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