segunda-feira, 2 de julho de 2012

BARRIGA

BARRIGA



Pelo título, os amigos mais chegados e os companheiros do tênis irão pensar de imediato, que tecerei loas sob a rotunda e espetacular barriga da minha vítima predileta, que ainda tem a cara de pau de se intitular “a direitinha da Lagoa”.

Esse meu caro amigo, cujo nome declino de mencionar para evitar constrangimento, realmente possui um barrigão de fazer inveja, daqueles que impede a visão do membro mijante.

Somente com uso de um espelho meu amigo consegue vislumbrar suas partes baixas, o tipo mata-borrão.

Ou faz contato em cima, ou em baixo.

Mas a barriga de hoje é outra história, totalmente diferente.

Num artigo no O Globo de ontem, “Barriga Histórica”, Dorrit Harazim comenta o imenso escorregão cometido pela CNN e Fox, na ânsia de apresentar noticias em primeira mão, superando as concorrentes, sobre a decisão da Suprema Corte americana, que julgava a constitucionalidade da reforma do sistema de saúde.

O Juiz que desempataria a decisão, lendo em detalhes as razões de seu voto, que tinha mais de 50 páginas, deve ter induzido no início de sua peroração, que vetaria a reforma do mais importante projeto do Presidente Obama.

Os apressados jornalistas da CNN e Fox, entraram imediatamente em rede, e divulgaram essa imensa “Barriga” pelos  canais de TV, tendo que se retratar posteriormente, com cara de bunda, pois ocorreu justamente o contrário.

“Barriga” em jornalismo, significa notícia falsa, equivocada, mal apurada. Uma falha que poderia ser evitada, caso as pesquisas e apuração dos fatos fosse mais meticulosa.

Em suma, uma grande cagada!

Essa notícia me fez recordar de uma grande “Barriga” cometida pela Revista Veja, nos idos de 1972 ou 1973.

Podemos considerar como atenuante, que a revista na época, era relativamente nova, tentando se firmar no mercado editorial.

Uma musica explodiu nas paradas de sucesso, “Tell me once again”, cantada por um desconhecido conjunto chamado Light Reflections, supostamente americano ou inglês.

Rapidamente, Veja publicou uma reportagem, sobre a meteórica carreira desse conjunto inglês, mostrando inclusive uma foto dos sorridentes integrantes da banda, que estourava nas paradas de sucesso em todos os países.

Para azar da Veja, algumas semanas após a publicação do “furo de reportagem”, o famoso conjunto inglês apareceu num programa de TV, em São Paulo, num sábado a noite.

De inglês só a letra e língua da canção, pois tratava-se de estudantes de medicina da USP, que fizeram sucesso com apenas essa musica, faturando com ela durante aproximadamente um ano. Depois, caíram no ostracismo.

Tempos depois, essa musica foi relembrada numa celebre parodia de Ney Matogrosso, “Telma eu não sou gay”, que fez também muito sucesso.

Voltando as minhas lembranças, recordo que a parodia quase causou uma tragédia na antiga CEM-Centrais Elétricas do Amazonas, em Manaus.

Havia um funcionário, sujeito bravo e nervoso, casado com uma moça cujo nome vocês podem deduzir, que também trabalhava na empresa.

Seus colegas viviam cantando em suas costas, o sucesso de Ney, até que um dia, queimado nos cornos, de arma em punho, ameaçou a todos, excluindo definitivamente a musica do cardápio musical da empresa.

Voltando a “Barriga”, gostaria de reler a noticia, mas creio ser muito pouco provável, que Veja tenha guardado em seus arquivos, prova dessa grande rata.

Barriga pra valer mesmo, só a do meu amigão.



José Roberto- 02/07/12






4 comentários:

  1. A imprensa e a mídia com um todo, precisa ser meticulosa em suas informações, pois uma noticia distorcida pode acabar com reputações.
    O reparo, sempre tímido, não corrige o estrago que já foi feito.

    ResponderExcluir
  2. Leve, gostei da coluna de hoje.

    ResponderExcluir
  3. Esse seu amigo barrigudo não deve jogar droga nenhuma, por isso você conta papo e bate no coitado.
    Quero ver você jogar com um magrinho esperto, depois me conte.
    Quanto a Barriga não me lembro do conjunto, pois acho que foi no século passado.

    ResponderExcluir

  4. Deixe de ser fofoqueiro e pare de falar mal de seus amigos.
    Concordo que uma notícia falsa ou parcial, pode complicar a vida das pessoas.
    O espaço para correção é minimo e ninguem liga.
    Fica a primeira impressão.

    ResponderExcluir