quinta-feira, 26 de julho de 2012

O LUCRO DOS BANCOS


O LUCRO DOS BANCOS



A notícia quase me tirou o sono: “Lucro de bancos cai pela primeira vez em 10 anos”.

Tadinho dos bancos!

Fiquei tão preocupado, que talvez comece a aceitar todos esses produtos enganadores que nos são oferecidos pelos aplicados gerentes; seguros de vida, de carros, residenciais, e o pior deles, o maior engodo, que deveria ser proibido pelo Banco Central, os famigerados Títulos de Capitalização.

As manchetes são mesmo alarmantes, informando que o resultado do Bradesco no semestre, cresceu apenas 1,7%, com lucro líquido de míseros 5,6 bilhões.

O pobre do Itaú também teve um aumento inexpressivo, resultando num lucro líquido no semestre de apenas 6,7 bilhões.

Esses analistas estão de gozação, pois essa dinheirama toda dá para encher de grana, o cu  de todos os donos e grandes acionistas dessas casas bancarias, justamente o contrario de suas irmãs européias que patinam em prejuízos, ameaçadas de falência.

Alegam os pobres banqueiros, que a principal razão da diminuição dos lucros é a elevada taxa de inadimplência, forçando um aumento da provisão para devedores duvidosos.

Conversa fiada, pois quem já se viu forçado pela conjuntura, a tomar dinheiro emprestado nos bancos, sabe que as exigências e garantias são exageradas.

Normalmente, banco só empresta para quem não precisa, aqueles privilegiados que tem contas gordas e aplicações parrudas.

Apenas o generoso BNDES empresta a juros subsidiados, para uma minoria de privilegiados, fortunas imensas, com garantias questionáveis ou tomando ações dessas empresas, que já nascem fadadas a serem deficitárias, sempre exigindo mais aportes para não quebrarem, num circulo vicioso e sugador de recursos públicos.

Cabe ao Tesouro Nacional, que injeta a grana fácil no BNDES, cobrir os rombos, captando dinheiro na rede bancária privada, a juros extorsivos, exigindo esforços extras de arrecadação do governo e o conseqüente aumento dos tributos. Em suma, ferrando a classe média, pagadora de impostos.

Os banqueiros choram de barriga cheia, pois com o advento da republica petista/sindicalista, passaram a navegar em mar de almirante, e como costumava dizer o Batráquio apedeuta, “nunca, na história desse país...” os bancos faturaram tanto.

Os bancos, que por princípio, foram criados para terem lucro, mas também para terem um cunho social, financiando e estimulando a industria, o comércio e serviços, aboliu de seus estatutos essa faceta, que dava respeitabilidade a essas organizações.

Se realizam alguma coisa dita de cunho social, são aquelas obras ou doações dedutíveis do imposto de renda, pois banqueiro não dá ponto sem nó.

Atualmente, o pobre do cliente paga por tudo que o banco deveria lhe oferecer gratuitamente. Taxa de manutenção de conta, talão de cheque suplementar, taxa de abertura de conta, taxas para emissão de DOC, TED, taxas e mais taxas.

O infeliz do cliente, só não paga taxa de uso do banheiro(WC), porque em agencias bancárias não existem sanitários para uso de terceiros.

Se alguma nova lei obrigar a criação de mijatórios/cagatórios nas agências,  serão do tipo, que para se ter acesso, será necessário colocar uma nota ou moedas, no mecanismo que aciona a abertura da porta.

O banco acabará lucrando até com nossas incontinências urinarias e caganeiras.

Banco no Brasil, é o melhor negócio para os que podem(com ph).

Os pequenos, cujos donos enriquecem, levando vidas nababescas e transferindo grana para suas contas secretas em paraísos fiscais, quebram, e acabam sendo comprados por bancos oficiais, socializando os prejuízos e novamente fodendo o contribuinte.



José Roberto- 26/07/12




3 comentários:


  1. Texto muito oportuno, pois você mete o dedo na ferida desnudando a ganância dos bancos brasileiros.
    Pagamos assim que passamos as malditas portas giratórias, que so atrapalham a passagem de gente honesta, pois assaltantes entram a vontadae.
    Os impostos pagos pelos bancos são insignificantes e deveriam ser drasticamente aumentados, proibidos de serem repassados aos clientes.

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  2. Banqueiro chora de barriga cheia.
    O governo é conivente com essa farra dos bancos, a ponto de existir agência do Itaú, com apenas 1(hum) caixa, para atender os clientes, inclusive a velharia e clientes especiais.
    É fogo na cueca do pobre.

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  3. O governo FHC, através do PROER, acertou a vida de muitos bancos nacionais. Aí veio o ex-melhor presidente abriu as portas para que os bancos pudessem faturar horrores e como bem quisessem com empréstimos e cartões de créditos, que cobram juros de arrepiar até cabelo de carecas. Os juros estão na estratosfera e o governo dá uma banana para os cidadãos e empresários.

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