quarta-feira, 11 de julho de 2012

GOVERNO EMPACADO

GOVERNO EMPACADO

Quinzenalmente somos brindados com excelentes artigos do historiador e professor da USP(Ribeirão Preto), Marco Antonio Villa, para mim, um dos melhores articulistas e pensadores do Brasil atual.
Seus textos são oportunos, profundos, agradáveis de ler e didáticos, podendo ser lidos até por aqueles não muito chegados ao hábito, pois são de fácil entendimento e compreensão.
Num dos de seus últimos apartes, aborda com a costumeira precisão o governo de Dona Dilma, que a seu ver, parece velho aos 18 meses.
Vou alem.
Esse governo vetusto já nasceu velho.
Com ministros, assessores, dirigentes de importantes estatais e praticamente todas as peças da imensa maquina estatal herdada ou imposta pelo antecessor, Dilma começou sua caminhada pisando sobre as pegadas sinuosas de Lula, seu mestre e criador.
Depois que a mídia começou a revelar os escândalos em série, fruto da corrupção endêmica instalada no governo, Dilma se viu forçada a defenestrar esses canastrões corruptos, pegos com a boca na botija e dinheiro nas cuecas.
Numa tentativa de manter o apoio dos partidos oportunistas, cujos representantes estavam sendo despejados de seus cargos, a Presidente, para aliviar a barra, cunhou um sinônimo para roubo, alcunhando o ato de surrupiar dinheiro publico, como “malfeito”.
Malfeito o caralho!
Bem feito para esses canalhas, que tardiamente foram escorraçados e afastados da boca do cofre.
Como podemos engolir, que Dona Dilma, uma super-gerente (segundo seu criador, o manhoso Batráquio), que mandou e desmandou durante longos oito anos, não percebeu ou diagnosticou, que as raposas estavam tomando conta do galinheiro?
Sem comentários, pois em política tudo se explica, num faz de conta surreal.  O que se diz hoje não vale para o amanhã, o rufião de ontem é o fiel o atual fiel escudeiro e amigo eterno. Vergonha é ética são palavras que não existem nos dicionários dos nossos homens públicos(com raras exceções).
Com a crise batendo em nossa porta, o governo insiste em medidas pontuais, beneficiando temporariamente alguns setores e tentando estimular o consumo interno, mesmo sob o risco da população ficar endividada, o que já está acontecendo.
As obras de infra-estrutura estão paradas ou caminhando a passos de tartaruga.
As do PAC, estão desde há muito, empacadas.
A única movimentação que notamos, deve-se a correria das obras municipais, por conta das eleições que se aproximam.
No geral, os prefeitos metem a mão por três anos, guardando um pouquinho para o último, numa tentativa de engambelar novamente o eleitorado, se reelegendo, ou carreando votos para seus apadrinhados.
O governo federal tem se destacado em aumentar o numero de benesses concedidas à população pobre, dentro da premissa de melhorar e aumentar a distribuição de renda.
Nada contra, porem, convem salientar, que somos nós, os pagadores de impostos que sustentam esse assistencialismo e que a base de pagadores vem aumentando em ritmo lento, devido a queda do nível de empregos, o que prenuncia, aumento da carga tributária(para o mansos burros de carga).
Com milhares de novos vereadores, que desgraçadamente inflarão os gastos já elevados das câmaras municipais; com reivindicações salariais estapafúrdias de algumas classes de empregados públicos, que já ganham bem mais que similares da iniciativa privada; com os perigos e a generosidade peculiar dos períodos pré-eleitorais, com o BNDES tomando bilhões do Tesouro e emprestando com juros simbólicos a poucos escolhidos, o cenário que se avizinha é deveras preocupante.
Diante de todos esses riscos que estão evidentes, o governo, ao invés de  implementar medidas para conter os gastos públicos, acelara a liberação de emendas paroquiais, sucumbindo a chantagem dos deputados e senadores que compõe sua base de sustentação.
Os índices econômicos estão aí para provar: crescimento do PIB nanico, devagar, quase parando.

José Roberto- 11/07/12

3 comentários:

  1. A crise realmente está chegando e dessa vez não nenhuma marolinha.
    Com essa gastança desenfreada, corremos o risco de ser a Grécia amanhã.
    Talvez não cheguemos a tanto, que atravessaremos sérias dificuldades com a retração do comercio mudial, não há dúvidas.

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  2. Antes era custo Brasil. Agora é custo Lula. No "vamo-que-vamo" ele forçou obras e multiplicou as metas, loteando cargos para todos os rincões e empresas do governo, reduzindo em muito a qualidade técnica e de gestão, vide exemplo a Petrobrás, que ele falou e celebrou para todos os cantos do Brasil sobre a autoeficiência da empresa em petróleo. Pois bem, a produção está estagnada há três anos e a Bacia de campos está produzindo muito abaixo do que produzia, tirando muita água junto com o Petróleo. Agora estamos importando óleo diesel, gasolina e até etanol. E a coisa não para por aí. A "burrocracia" atrasa tudo quanto é tipo de obra, mesmo a tidas como importantes para a Copa e as Olimpíadas, um verdadeiro sonho de verão do Lula. Enquanto isso, os outros países emergentes avançam muito mais que o Brasil, mesmo com a crise batendo na Europa. Mesmo assim, estamos caminhando para mais um mandato da "gerente" ou pior ainda, do ex-melhor presidente, que não larga o osso de jeito nenhum, querendo morder a todos que tentam impedir o seu “reinado” no Brasil. Estamos num mato sem cachorro!

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  3. Li outro dia, que Dilma só será candidata a reeleição se Lula deixar.
    Será verdade?
    Será que Dilma fará apenas um mandato tampão?
    Deus nos livre de um novo governo com esse arrogante, orgulhoso, analfabeto e metido.

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