quinta-feira, 12 de agosto de 2021

A CARA FEIA DO RIO


 (FOTO TIRADA HOJE, AS 07,00 HORAS)


A CARA FEIA DO RIO

 

Está difícil abordar algum assunto mais agradável no meio do rebosteio geral que macula a imagem do país, minguando ainda mais nossas parcas esperanças.

Hoje, ao invés de escrever sobre canalhas e corruptos federais, darei destaque ao Rio de Janeiro, cidade que já foi maravilhosa, mas que por nossa culpa, ao escolhermos péssimos administradores, vem sendo degradada, entregue a milicianos, traficantes e a bandidagem em geral.

Até o clima da cidade, que mesmo no inverno sempre foi ameno, anda nos castigando.

Nos meus 43 anos como carioca honorário, não me lembro de um julho tão frio. Tivemos uma pequena melhora agora no início de agosto, mas ontem já entrou uma nova frente fria.

A chuva chegou a noite ou pela madrugada. Agora de manhã olhando da varanda vi uma cena incomum. A Lagoa coberta por uma nevoa espessa e indevassável, aos moldes de uma região serrana, me lembrando um pouquinho de Campos de Jordão nos anos setenta, quando o “Russo” aparecia, envolvendo a cidade com seu manto de brumas.

Até o clima da cidade está mudando, talvez pelo crescimento desordenado das favelas, cada vez mais numerosas e maiores, devastando a vegetação dos morros. Aglomerações humanas imensas, alocadas por milicianos em construções precárias, que mais dias, menos dias, serão motivo de choro e ranger de dentes.

Depois do desgraçado governo do corrupto e bispo de araque Crivella, que abandonou a cidade, preocupando-se apenas com os crentes de sua igreja evangélica, entregando-a de bandeja aos mendigos e malfeitores; erramos novamente por falta de opção, ao reconduzirmos a prefeitura Eduardinho Paes, um merdinha maneiroso e mentiroso, que prometeu restabelecer a ordem urbana, recuperar as ruas e avenidas esburacadas, mas que não está fazendo porra nenhuma.

Já escrevi que as áreas nobres da zona sul, Ipanema e Leblon, estão tomadas por mendigos, que “moram” na porta das agências bancárias, supermercados e farmácias, importunando os transeuntes, principalmente velhos(as) desacompanhados, interpelando-as de forma agressiva em busca de um óbolo ou doação qualquer.

Ao contrário dos que fecham os olhos e fingem nada ver, já interferi várias vezes, impedindo velhas senhoras de serem importunadas por mendigos ousados e mal encarados. Não tenho sangue de barata.

Os guardas municipais que deveriam estar atentos a esses acontecimentos, geralmente estão parados em algum canto ou esquina, em pequenos grupos, conversando e olhando os celulares(deveriam ser proibidos de usar esses aparelhinhos dispersivos).

Se reclamava do numero de mendigos e pedintes da região que mais frequento, fiquei assombrado ao passar algumas horas no início da semana, em Copacabana.

Transitei não sem dificuldades, pela Avenida N.S. de Copacabana, a mais comercial da região, com suas calçadas relativamente largas tomadas por bancas de camelôs, atrapalhando e fazendo concorrência desleal ao comercio regularizado, e muito mais mendigos e pedintes, infernizando a vida dos transeuntes.

Dá uma tristeza ver a cidade totalmente abandonada, ruas esburacadas e sujas, insegurança por todos os cantos, ausência total do poder público, apenas preocupado em aumentar tributos, que não retornam em forma de prestação de serviço aos espoliados contribuintes.

É desagradável mostrar essas imagens negativas da cidade que me acolheu e onde vivo há tanto tempo, mas essa é a nossa dura realidade atual, sem exagerados, um grande pecado.

Com péssimas administrações sucessivas, fica cada vez mais difícil alterar esse quadro degradante.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 12/08/21

 

 

 


Um comentário:

  1. Dos 13 salários ou aposentadorias que recebemos, de cinco a seis meses vão para os cofres públicos, sem falar em outros impostos. E parte desta arrecadação é extremamente mal usada e roubada pelos políticos e corruptos de plantão, no âmbito federal, estadual e municipal. Não tem jeito entra ano e sai ano não muda nada. E nossas cidades retratam exatamente esta situação, tal e qual você descreveu a cidade do Rio de Janeiro.

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