terça-feira, 30 de junho de 2020

QUARENTENA- DIA 105- A GRIPE E OS POBRES


QUARENTENA- DIA 105- A GRIPE E OS POBRES

Escrevi esse texto ha 11 anos, demonstrando que nosso país e nosso povo não mudam. Vivemos um circulo vicioso que se repete e dessa vez muito mais sério e com terríveis consequências. Se antes os políticos eram nossa desgraça, hoje temos o reforço do STF , que juntos, torcem para o naufrágio do país.
A GRIPE E OS POBRES

Ontem, vendo um desses noticiários da TV, fiquei impressionado com o número de pessoas que aguardavam atendimento nas portas e corredores dos hospitais públicos.
Homens, mulheres, crianças, mães com bebes no colo, velhos, amontoavam-se aguardando senhas para consultas ou obtenção de remédios, partilhando um ambiente contaminado, propício para a disseminação do vírus.
Essa gripe suína, que nada mais é que uma gripe comum, por razões estranhas ou comerciais, foi tratada pelos meios de comunicação como um novo flagelo, incutindo o medo e o pânico, principalmente nas camadas mais humildes da população.
De nada adiantam as recomendações das autoridades sanitárias, esclarecendo que essa gripe é muito menos letal que a dengue e outras doenças com as quais convivemos normalmente, sem sobressaltos e sem essa histeria geral.
Quanto mais tentam tranqüilizar a população, mais aumentam as filas nos hospitais, funcionando no sentido inverso.
Os únicos felizardos com a situação geral de pânico, são os donos e acionistas do laboratório que produz o Tamiflu,  antiviral caríssimo, cuja produção não consegue atender a crescente demanda.
Estão faturando horrores e pelo jeito, a coisa ainda vai longe.
Sem pretender discriminar ou ser pejorativo, pobre adora hospital.
Ao menor espirro, resfriado ou dor de cabeça, procura a rede pública, onde na maioria das vezes é atendido a distância, por telepatia, mas saindo feliz com uma receita e um atestado médico, que lhe garante uns dias de folga.
Essas mães que levam seus bebes para consultas desnecessárias, por imprudência e ignorância, expõe seus filhos à contaminação por germes e bactérias que povoam os ambulatórios, criando problemas na tentativa de solucioná-los.
Quem viu as cenas mostradas ontem na TV, mesmo sem ser do ramo, conclui que essa gripe e outras, têm tudo para se alastrar.
Temos o hábito de criticar os poderes públicos por não aparelharem os hospitais com os recursos necessários, mas para atender essa multidão de apavorados não há jeito. Não há médicos ou dinheiro que chegue.
Nossas autoridades sanitárias deveriam deixar claro, que as mortes provocadas pela gripe são efeito secundário, ou seja, falar claramente à população que essa gripe não mata, a não ser aqueles que já estão com o “pé na cova” ou no “bico do corvo”.
Dor de barriga, queda e caganeira(diarréia) matam muito mais!
O importante é o governo intensificar a campanha para afastar a população dos hospitais e postos de saúde, que na atual conjuntura, são os principais focos disseminadores da doença.
Mas que use linguagem comum e inteligível, sem rapapés e jargões técnicos.
O ideal, seria confinar todos os portadores do vírus no Congresso.
Como hoje os infectados não chegam a dez mil, poderíamos tornar útil um local que somente têm causado tantos prejuízos e vergonha ao país.

José Roberto- 21/07/09
José Roberto- 30/06/20



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