quinta-feira, 28 de julho de 2016

PLANOS DE SAÚDE DAS ESTATAIS

PLANOS DE SAÚDE DAS ESTATAIS

Todo ano é a mesma aporrinhação, mas... como quem tem fiofó tem medo, é melhor seguir as recomendações do nosso médico de confiança e fazer a batelada de exames alcunhada de “check-up”, normalmente para os de idade mais avançada, anual.
Sem querer fazer trocadilho, a droga é que a “dedada” tem que ser anual(apesar de ter muita gente que gosta, partindo para segundas, terceiras, quartas, e quintas opiniões).
A lista de exames de sangue era de quase uns cinqüenta, alem de outros mais sofisticados, de imagem, ressonância e outros com nomes impronunciáveis.
As dificuldades começam no momento em que nos propomos a agendar essa porrada de exames.
A gentil atendente quer saber qual é a nossa classificação no Plano, pois dependendo dessa classificação, nem todos os exames são cobertos.
Aposentados, para a Eletros Saúde, são os “assistidos”, ou melhor, os fodidos, com bem menos direito que os da ativa, embora nossas contribuições mensais sejam mais elevadas.
Tudo devidamente acertado, eis que no dia dos exames de sangue, aproveito para levar a urina e as fezes, colhidas pela manha, pouco antes de chegar ao Laboratório.
Cagada e mijada bem fresquinhas, ainda quentes.
Ao relacionar os inúmeros exames que seriam feitos, fui informado que meu plano não cobria o exame de fezes a seco, aquele em que colocamos nossa merda no recipiente sem aditivos.
Explicou a atendente, que a cobertura abrangia apenas o exame de fezes com aquele liquido amarelo que vem em alguns potinhos.
Para que minha merda fosse analisada e comprovada sua pureza, teria que arcar com 150 pratas, o que concordei, me arrependendo tardiamente, pois não tinha dúvidas quanto a qualidade da minha excreção.
Dito e feito.
Os resultados foram ótimos e minha merda foi  aprovada com louvor, só que gastei inutilmente 150 mangos.
Nessa hora, me lembrei com inveja dos planos de saúde de algumas estatais privilegiadas, que alem de cobrir todos os exames imagináveis, ressarcem integralmente os gastos com remédios, até mesmo os despendidos com cães e gatos, a exemplo do pródigo BNDES.
Pelo menos esse episódio me deixou alerta.
Com minha merda, não gasto mais nenhum tostão.

José Roberto- 28/07/16


4 comentários:

  1. Pode se sentir feliz quem tem a possibilidade de pagar um "Plano de Saúde". Quem não tem sofre, sofre e sofre muito...

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  2. Ciduca Barros

    As pessoas estão morrendo no chão dos corredores dos hospitais brasileiros, mas o Ministro da Saúde, Ricardo Barros (não é meu parente), disse um dia desses que a maioria dos pacientes que procura atendimento em unidades de atenção básica da rede pública apenas “imagina” estar doente, mas não está.
    De acordo com o ministro, é “cultura do brasileiro” só achar que foi bem atendido quando passa por exames ou recebe prescrição de medicamentos e esse suposto “hábito” estaria levando a gastos desnecessários no Sistema Único de Saúde (SUS).
    Atenção você do povão: pare de morrer nas calçadas e corredores dos hospitais.
    Apenas “imagine” que está morto.
    Haja diarreia mental!

    Fonte: http://bardeferreirinha.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Saúde em nosso país é uma vergonha.
      Pobre morrem nas filas, por falta de cirurgias, tratamentos, pois todos os recursos são preferencialmente destinados ao políticos, principalmente aos nababos do Congresso.
      Eu, felizmente ainda tenho e posso arcar com um plano de saúde, mesmo que não seja dos melhores.
      Concordo integralmente com sua opinião.

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  3. A saúde da população, assim como a maioria das coisas que nossos caros impostos bancariam, não é preocupação dos políticos. E isso não muda porque quem pleiteia cargo público, almeja economia privada. Enquanto isso, quem consegue pagar impostos e plano de saúde, não tá tão ruim ainda. Mas o prognóstico não é favorável. Falamos sobre os planos de saúde em nosso site e, de acordo com o feedback de nossos leitores, não há luz no fim do tunel.

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