quarta-feira, 20 de julho de 2016

LEGADO OU MALDIÇÃO?

LEGADO OU MALDIÇÃO?

Vi ontem pela TV, as “arenas” construídas em Deodoro, para os jogos Olímpicos.
Maravilha, coisa de primeiríssimo mundo.
Ao todo são 20(vinte) “arenas”(desde a fatídica Copa do Mundo, instalações esportivas em geral, estádios, ginásios, são agora chamados frescamente de arenas) construídas no capricho, para alguns esportes que a maioria dos brasileiros desconhecem, a exemplo do Velódromo que custou uma nota preta, cujas pistas forma feitas com madeira importada da Sibéria.
Pelo nome tem-se a impressão de tratar de local para competições de barcos a vela, quando na verdade, é um recinto fechado ,utilizado por aquelas bicicletas esquisitas.
Com todo o respeito, corto meu velho saco se no Brasil mais de 100 pessoas acompanham esse “fino” esporte.
Acredito que apenas a meia dúzia de praticantes e suas respectivas famílias(a contragosto).
Outra local que me deixou babando foi o circuito de canoagem, com corredeiras, cascatas, ondas provocadas por mecanismos complicados, que para os leigos dá a impressão de uma usina hidrelétrica em miniatura. Nem imagino o quanto pode ter custado.
Existem outras “arenas” para esportes pouco difundidos no país, como Badminton, parecido com peteca, mas ao invés das mãos usa-se raquetes; Esgrima, a nossa velha “luta de espadas”, que atualmente a criançada modernizou para espadas de laser; “arena” para competições de Rugby, esporte comandado aqui no Brasil, pelo Lulinha, filho do “Filho do Brasil”; e o Golfe,  esporte enjoado, praticado preferencialmente por muito ricos, com gramados e acidentes geográficos especialmente projetados para dificultar o encaçapamento das bolinhas.
Segundo nosso prefeitinho, todas essas obras foram construídas dentro do prazo, sem superfaturamento(hummmmmmm) e com apenas 40%(quarenta por cento) de verbas públicas.
Acredite quem quiser!!!
O sacaninha e outros mentirosos, não citaram nenhuma empresa privada que participou dos 60%(sessenta por cento), deixando a afirmação no ar.
Tenho certeza, que as empresas que eventualmente participaram da construção dessas 20(vinte) “arenas” só entraram no jogo porque receberam financiamentos moleza do BNDES, Caixa ou Banco do Brasil.
Apenas a rede hoteleira foi realmente bancada pelas empresas privadas.
Quanto a afirmação de que não houve superfaturamento, é o que veremos mais adiante, após os promotores passarem um pente fino nas planilhas de custo.
Todavia, o grande problema surgirá após os jogos, quando a utilização intensiva do parque esportivo cessar.
Quem arcará com a manutenção desses belos monstros sub-utilizados?
Será um presente de gregos para a prefeitura do Rio, que não terá grana para evitar a deterioração dessas “girafas brancas”(menores que os estádios da Copa, os elefantes brancos).
Convem lembra a situação da Grécia, que teimou em sediar as Olimpíadas e até hoje não se recuperou, vivendo as custas de aportes bilionários dos paises que integram o Mercado Comum Europeu.
Minha opinião bate com a recente pesquisa nacional.
A maioria da população considera as Olimpíadas prejudicial ao país, inclusive os moradores do Rio de Janeiro, que não agüentam mais o trânsito caótico, a interdição de ruas e avenidas, o excesso de blitz(fiscalização) e a bagunça geral.
Acredito, que esse dito legado será um grande abacaxi, a maldição dos países pobres que se metem a besta(obra e graça do manguaceiro Mula).

José Roberto- 20/07/16


2 comentários:

  1. Respondendo a sua pergunta, título do texto, para mim não restam dúvidas que tanto a Copa como agora as Olimpíadas foram as maldições do governo do PT para a década.

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  2. Excelente artigo Zé Roberto
    O antes é só corrupção e o depois desilusão e abandono por falta de verba para manter.

    Abraços

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