sexta-feira, 8 de julho de 2016

O CHORO FINGIDO DA RAPOSA

O CHORO FINGIDO DA RAPOSA

A dramalhão mexicano em que se transformou o processo de cassação de um dos maiores corruptos da era PT, dá sinais que finalmente chegará ao final, já conhecido, esperado e desejado por todos.
Depois de utilizar todos os recursos disponíveis em seu arsenal de torpezas, de pressões, ameaças e chantagens, Cunha, a raposa do Congresso começa a baixar a guarda, sentindo que o “pé na bunda” será inevitável.
Negando a roubalheira, jurando que não tem contas na Suíça, alegando perseguição do PT e seus aliados, com lágrimas fingidas nos olhos de fuinha, reclamando dos golpes sujos da justiça que envolveu no rolo sua mulher e filha e finalmente, dizendo que seu corajoso ato era um auto-sacrifício para restabelecer a ordem na Câmara Federal, o canalha anunciou com meias palavras, que renunciava a presidência da Câmara.
O safado evitou utilizar a palavra renúncia, dando a entender que sua atitude era um ato de coragem e desprendimento em prol da governabilidade, num momento de intensa crise.
Observando a fidelidade e subserviência do deputado Carlos Marun, do Mato Grosso do Sul, que só faltou se oferecer em sacrifício para salvar Cunha, dá para se ter uma idéia de como essa esperta “raposa” tinha total domínio sob boa parcela dos congressistas.
A experiência adquirida em trambiques aplicados na antiga Telerj e na Cehab, possibilitou a Cunha após sua chegada a Câmara Federal, um aperfeiçoamento de seus dotes de corrupto, juntando-se a velhas raposas que desde há muito se locupletavam com verbas públicas.
Cunha, um corrupto estudioso, decorou de traz para a frente o regimento interno do Congresso, turbinando a cobrança de propinas, talvez com alguma troca de experiência com a gangue petista que já dominava com perfeição o assunto.
Ao embolsar milhões, fruto dos trambiques com as empreiteiras, Eduardo o evangélico, sempre fez questão de dividir com seus comparsas o fruto da rapinagem, obviamente documentando os generosos “dízimos”, a fim de ter a garantia da fidelidade desses sub-corruptos, pois como é sabido, não existe honra entre ladrões.
Dilapidando o erário, contribuindo para a quebra de empresas públicas, Cunha foi acumulando riqueza e um grupo de fiel seguidores, mantidos sob rédeas curtas, tornando-se uma das personagens mais importantes do Congresso Nacional.
A exemplo de Al Capone, que apesar de todos os crimes cometidos foi preso por declarações falsas ao imposto de renda, Cunha começou a se foder, após declarar na CPI da Petrobras, que não possuía contas no exterior.
Mesmo com a justiça Suíça enviando copia de seus extratos, dos cartões de assinatura, inclusive da mulher e filha, Cunha continua negando ser o dono e titular das contas.
Alega ser apenas o beneficiário das diversas contas, podendo manipulá-las a vontade, pensando que todos somos imbecis.
Andam especulando que essa renúncia foi mais uma de suas manobras táticas para tentar salvar o mandato, mantendo o foro privilegiado, pois seu maior temor e cair nas garras do juiz Moro, que já dá uma prensa em sua mulher e filha.
Cunha, assim como Dilma não tem salvação.
Esperamos apenas o “azeitamento” dos processos, para que ambos sejam banidos definitivamente da vida pública e se possível, companheiros de cela em alguma penitenciária de segurança máxima.

José Roberto- 08/07/16
  


Nenhum comentário:

Postar um comentário