quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

DESREGULAMENTANDO PROFISSÕES

 

DESREGULAMENTANDO PROFISSÕES

 

Em condições normais de temperatura e pressão, assento de segunda a sexta “‘os fundilhos em minha latinha”’, sem saber o que vou escrever, dando uma rápida repassada nos acontecimentos do dia anterior, escolhendo um assunto qualquer e mando brasa, reservando no máximo uma hora para essa empreitada.

Algumas vezes recebo sugestões, como a de hoje, enviada por Paulo Roberto, velho amigo e leitor de meus textos, alertando para a imbecilidade de alguns políticos, que nada fizeram durante seu mandato, mas que no apagar das luzes querem deixar a marca de suas patas, apresentando Projetos de Lei totalmente despropositados.

É exatamente o caso do Deputado Federal Tiago Mitraud, do Partido Novo de Minas Gerais.

Esse deputado boa pinta, de 37 anos, nasceu em Brasília, formou-se em Administração em Curitiba, elegendo-se por Minas, por um partido que pelo próprio nome se diz renovador, pretendendo novas práticas. diferentes da política rasteira atual.

Fiz uma rápida pesquisa sobre sua atuação no Congresso, constatando apenas que participou de algumas Comissões, porem nada de relevância, passando desapercebido, até que no finalzinho do mandato, exatamente no dia 28/12/22, recebeu algum raio de luz do além, apresentando o iluminado Projeto de Lei, PL-3081/22, cuja finalidade e desregular aproximadamente 30 profissões, atualmente regulamentadas, algumas a muito tempo, com exigência de diplomas de conclusão de curso, para que possam ser praticadas por profissionais habilitados, algumas até sujeitas a testes de competência, para receber certificação e autorização para trabalharem na profissão escolhida.

Essa mente brilhante, fundida por um raio celestial que deve ter cozinhado seu pequeno cérebro, com toda sua “enorme bagagem”, considera que as profissões abaixo relacionadas, podem ser exercidas por qualquer um, desde que lhe dê na telha, e desde que haja voluntários corajosos ou malucos, para se submeter ou empregar tipos que não apresentam nem um papel fajuto, para embasar seus pseudos conhecimentos e capacidades.

O sabichão deve ter pensado, que por vivermos na era da Internet, que não para de evoluir, as Faculdades seriam totalmente dispensáveis, pois todo e qualquer conhecimento poderia ser adquirido pelos vários sites que tratam de assuntos específicos, tendo com última referência o Wiquipédia, atual “pai dos burros”, que pode receber informações e atualização de qualquer curioso.

Antes de chegar aos finalmente, relaciono as profissões que seriam desregulamentadas.

-ECONOMISTA, QUÍMICO, MÚSICO, TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA, ATUÁRIO, FISIOTERAPEUTA, TERAPEUTA OCUPACIONAL, JORNALISTA, RELAÇÕES PÚBLICAS, MASSAGISTA, PUBLICITÁRIO, ESTATÍSTICO,TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO, ARQUITETO, GUIA DE TURISMO, TREINADOR DE FUTEBOL, GEÓLOGO, BIBLIOTÉCÁRIO, PSICÓLOGO, CORRETOR DE SEGUROS, METEOROLOGISTA, ASSISTENTE SOCIAL, EDUCAÇÃO FÍSICA, LEILOEIRO, ENGENHEIRO, ARQUIVISTA, RADIALISTA, GEOGRAFO, VETERINÁRIO, SOCIÓLOGO, FONOAUDIÓLOGO, MUSEÓLOGO, SECRETÁRIO, TECNICO EM RADIOLOGIA E ENGENHEIRO DE SEGURANÇA NO TRABALHO.

Beleza. Se não errei na conta 37 profissões. Deixou de lado apenas as especialidades da Medicina, Odontologia e Advocacia, que pelo conjunto da obra, também poderiam ser aprendidas por correspondência ou pela internet.

Por obra dessa mente brilhante, da nossa turma, Eu, Juju, e boa parte dos restantes que atual na Bolsa, tapeando otários,  estaríamos numa enrascada, se bem que eu estou fora, pois atualmente somente coço o saco.

Talvez essa seja realmente uma boa ideia a ser incorporada pelo novo governo, que poderia transformar as faculdades ociosas, em centros de doutrinação da esquerda.

Esse deputado vai ter seu merecido reconhecimento, na casa do caralho!

Puta que pariu!

 

José Roberto- 12/01/22

 

 

 

 

Um comentário:

  1. Uma verdadeira "Ideia de Jerico". Só lembrando do saudoso Stanislaw Ponte Preta: "A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento."

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