FERIADÕES

 

FERIADÕES

 

Como se não bastasse o país estar caminhando a passos de cágado(cagado, sem acento), começa hoje em todo o país um feriadão prolongado, estendendo-se até 4 de abril.

Bares fechados, comércio fechado, academias, parques e praias fechadas; aberto apenas serviços essências que variam a gosto dos prefeitos e governadores.

É fácil para esses calhordas determinar o tranca tudo, “a bem da ciência”, se bem que as intenções são outras, visando apenas interesses políticos, criando dificuldades ao governo central.

Não há comprovação cientifica que o Lockdown refreia a propagação do vírus. Muito mais recomendável o isolamento social controlado, o uso de máscaras e outros cuidados adicionais já do conhecimento de todos.

A paralisação intempestiva fode o pequeno comerciante, o prestador de serviços, os ambulantes, os que ganham alguns trocados vendendo quentinhas ao redor da Lagoa, os que inventam alguma atividade para conseguir ao menos um pão com mortadela para alimentar a prole, sempre numerosa, pois pobre é especialista em fazer filhos.

A situação fica ainda mais feia em municípios, onde prefeitos metidos a tiranetes impõem o toque de recolher, proibindo a circulação durante horas da noite e madrugada; alguns até exigindo autorização para abastecimento dos veículos, uma aberração, situação inusitada, como se estivéssemos em situação de guerra.

Todas essas restrições não se aplicam aos “trabalhadores essenciais”, obrigados a cumprir sua rotina diária amontoando-se nos transportes públicos, cheirando o sovaco alheio e levando encoxadas, principalmente as mulheres(até alguns “homens” que gostam),queiram ou não.

Respirando o bafo contaminado, fazem o vírus circular, carregando-o para seus empregos e suas residências. Moto contínuo, que impulsiona a propagação da peste.

O Lockdown é seletivo.

Quem pode, acomodado tranquilamente em seus confortáveis apartamentos ou casas, sacam o celular acionando aplicativos que entregam comidas, regabofes e bebidas, sem economizar, pois confinados, os vícios e a gula se exacerbam e as barrigas crescem.

O pobres, em casas localizadas em áreas de risco ou favelas, se espremem, pois num barraco com um ou dois cômodos fica difícil a convivência, acirrando ânimos, discussões, brigas, pois alem da falta de espaço, falta também o principal, a comida.

O país caminha para um atoleiro difícil de ser transposto. Nossas grandes indústrias já estão parando, concedendo férias coletivas, dispensando funcionários. As pequenas já fecharam as portas, vitimadas pelas decisões imbecis adotadas durante a pandemia.

A mídia, governadores e prefeitos estão de parabéns, pois unidos estão causando forte turbulência, tanto econômica quanto social, tentando a qualquer custo derrubar o governo, retornando aos tempos áureos da corrupção e roubalheira desenfreada.

O STF tem dado sua contribuição, tentando liquidar o Lava Jato e libertando o maior corrupto, ladrão, bandido, assassino e filho da puta de nossa história.

No meio dessa merdalhada toda, vou ter um “respiro”, pois ansioso espero por amanhã, sábado, aguardando meu querido sobrinho Yellow, para nossa tradicional viagem a Caravelas, sul da Bahia, onde curtiremos uma semana de sol, mergulhos, degustando peixes frescos e camarões, regados por muita manguaça.

Uma semana de descanso a meus pacientes leitores, que já são bem mais de meia dúzia.

 

José Roberto- 25/03/31