quinta-feira, 29 de outubro de 2020

QUARENTENA- DIA 226- APOSTA ERRADA


 

QUARENTENA- DIA 226- APOSTA ERRADA

 

Ao se imiscuir nas campanhas municipais, Bolsonaro dá munição a seus adversários, a mídia em especial, que desmamada, força a barra com matérias negativas, distorcendo fatos, inventando uma realidade falsa e negativa.

Suponho que seus assessores e ministros devam ter recomendado para se mantivesse afastado das disputas locais, muito diferente dos pleitos envolvendo cargos estaduais e federais, em que o cenário é mais amplo.

Aconselhar o “Homem” deve ser uma tarefa inglória e perigosa, pois todos conhecem seu gênio, pavio curto e língua solta.

Nos municípios, partidos e apoio de forasteiros nada significam, pois o povo da cidade vota nos conhecidos, nas pessoas que fazem parte de seu cotidiano.

Ao invés de se manter em cima do muro, o Presidente fez algumas escolhas, talvez para enfrentar adversários políticos, mas pelo que estamos vendo, errou a pontaria.

Em São Paulo apostou seu cacife em Russomanno, um cara chato que se travestia de defensor dos direitos dos consumidores, agressivo, pentelho. Um tipo que já se candidatou umas “cem” vezes para prefeito e nunca se elegeu. Sai na frente nas pesquisas; durante a campanha vai perdendo o fôlego e nos finalmente chega sempre na rabeira. Exemplo típico do “Cavalo Paraguaio”.

No Rio de Janeiro, está atrelado ao ex-bispo Crivella, talvez o pior prefeito que a cidade já teve, disputando pau a pau com Saturnino Braga, que há 31 anos declarou a falência financeira do município. Crivella é um desastre, um péssimo administrador que deveria retornar as suas origens, voltando a engambelar os incautos evangélicos, pois alem de sua incompetência também é chegado a trambiques. Talvez, no presente caso, Bolsonaro tenha dado apoio formal a esse bispo de araque por motivação religiosa, influenciado pela mulher e familiares. Está também jogando suas fichas no lixo, pois do jeito que a cidade está “largada”, nem mesmo os fieis da Universal sufragarão o embusteiro.

O mesmo ocorre em Manaus e em outras duas ou três cidades, onde o Presidente, de bom ou mau grado, apoia candidatos que não arrancam, dando margem a especulações sobre sua popularidade.

Caso seus escolhidos deem com os burros n’água, conforme tudo nos leva a crer, a mídia não poupará esforços para torpedear sua imagem, destilando raiva e aleivosidade.

Com a proximidade das eleições, considerando que a cagada já foi feita, ainda há tempo de minimizar danos, evitando caminhadas, visitas e manifestações sobre suas infelizes escolhas.

Eleições municipais é quase uma briga em família. Não convem que pessoas de fora metam o bedelho.

 

José Roberto- 29/10/10

Um comentário:

  1. Como não sou mais obrigado a votar. Nem esquentarei minha cabeça com as eleições.

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