quarta-feira, 7 de outubro de 2020

QUARENTENA- DIA 204- A MAMATA É BOA

QUARENTENA- DIA 204- A MAMATA É BOA

 

Se primeiro de abril é o dia da mentira, o período de propaganda eleitoral que começou esta semana deveria ter honraria máxima no quesito, pois ao invés de uma mentirinha de brincadeira, milhares de espertalhões juram com o dedo em cruz e até pela alma de suas mães(pobres coitadas), prontificando-se ao sacrifício extremo pelo bem do povo.

Mentem deslavadamente as carradas, pois quem entre nesse ramo “bom sujeito não é”, por mais que jure, tem sempre uma segunda, terceira e quartas intenções.

Temos atualmente no Brasil 5.570 municípios, dos quais aproximadamente 2.000 não tem condições de subsistir com recursos próprios, necessitando de aportes federais, principalmente do FPM-Fundo de Participação dos Municípios, royalties e outros ingressos de origens múltiplas, para se manter de forma capenga, smeprena corda bamba.

Esses 2.000, criados por políticos interesseiros e safados, interessados apenas em gerar milhares de cargos para si próprios e seus apaniguados, deveriam ser extintos numa reforma administrativa pra valer, sendo agregados aos municípios dos quais se desmembraram.

Vale ressaltar, que o grosso do orçamento dessas localidades, é gasto com pagamento de pessoal, sobrando praticamente nada para atividades vitais.

A eliminação desses 2.000 “inadimplentes” redundaria em grande benefício ao país, com economia de bilhões, sem contar os eventuais prejuízos com desvios, falcatruas e outras rapinagens, infelizmente habituais nessas pequenas cidades, conforme acompanhamos nas crônicas policiais.

Nas eleições que se aproximam, teremos um número recorde de 545.036 candidatos, gente pra cacete, de olho gordo nos salários e subsídios que não falham, independente de crises, acidentes naturais e outra porra qualquer.

Grana garantida, alem da chance de empregar parentes, teudas e compadres, aplicando a célebre tática da “rachadinha”, novesfora  as comissões de empreiteiras e prestadoras de serviço, que nunca descuidam dos nobres representantes da localidade.

Se a mamata não fosse tão boa não teríamos esse número absurdo de espertalhões lutando pelas sagradas tetas, pois para tornar-se postulante aos cargos, alem das brigas partidárias internas devido ao grande volume de interessados, é preciso grana para as campanhas, que será recuperada em dobro(bota dobro nisso), no sacrificante exercício do cargo.

Ficam portanto duas sugestões neste “genial texto”:

-eliminar os 2.000 municípios que não servem para nada, a não ser para alegria e felicidade de políticos;

-acabar com o salário e penduricalho de vereadores, a exemplo do que ocorre em países civilizados. Certo que ainda não atingimos esse grau, mas temos começar a tentar buscar a necessária graduação.

Soluções existem a granel, falta apenas vontade dos que poderiam fazer a roda girar, principalmente por interesses próprios e para não atirar no próprio pé, pois com cortes nas mamatas municipais, o processo tenderia a repercutir nas esferas estaduais e federais, e os sabichões mamadores entregam a alma ao diabo, para não perderem o leitinho das sagradas tetas.

Um circulo vicioso e viciado, difícil de ser rompido.

Para encerrar, me aproprio novamente das sábias palavras da filha de uma velha amiga de Itanhaém: “Por isso que o Brasil não vai para a frente.”

 

José Roberto- 07/10/20

 

 

 

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