quarta-feira, 21 de outubro de 2020

QUARENTENA- DIA 218- NOSSA BELA E POÉTICA LÍNGUA


 

QUARENTENA- DIA 218- NOSSA BELA E POÉTICA LÍNGUA

 

Mudando de assunto, deixando de lado a política, dinheiro na cueca e vacinas, vou tentar escrever algumas coisas que especificam nossa bela e poética língua portuguesa, atualmente tão maltratada, pois alunos se formam sem conseguir entender e interpretar um texto, devido a baixa qualificação dos professores, que mal remunerados, mal treinados, não conseguem ensinar o básico para seus pupilos.

Esse lamentável fato é de fácil comprovação, pois basta dar uma olhada nas últimas avaliações de organismos internacionais sobre a qualidade do ensino, pois estamos sempre no final da lista.

Essa situação caótica é parte da herança maldita deixada pela administração petista, pois Mula, que se orgulhava de nunca ter lido um livro, e Dilma a Anta, que alegava ser economista(deve ter comprado o diploma), mas incapaz de dizer um frase coerente, são exemplos clássicos da falta de educação e aviltamento de nossa língua pátria.

Lembro com saudades dos meus ótimos professores, que desde o primário até o científico, eram mestres de saber invejável, cultos, impondo respeito pelo conhecimento e capacidade intelectual, transferindo por osmose o saber e a curiosidade para o necessário aprimoramento.

Por ter vivido nesses bons e saudosos tempos, consigo de forma razoável(ao menos penso que consigo) externar meus pensamentos e pontos de vista, embora com diz Dona Regina, influenciados pela infância largada de “street kid”, pois na minha época todas as crianças brincavam na rua. Tempos de inocência, embora eu nunca tenha sido muito inocente.

Mesmo recebendo advertências de minha Senhora, gosto de rechear meus escritos com palavrões e adjetivos que podem ferir a suscetibilidade dos meus minguados leitores, que ficariam de cabelo em pé se desse vazão total aos meus desejos.

Cito como exemplo a palavra “cu”, que hoje faz parte de inúmeras expressões dicionarizadas, que até pouco tempo atrás, muitos evitava grafá-las em seus textos.

Não esqueço, que quando menino, escutando pelo rádio a transmissão do jogo entre valoroso XV de Novembro contra o Palmeiras, numa confusão na área, depois de um bate/rebate, o inflamado locutor Benê Marques, da PRD-6  Rádio Difusora de Piracicaba, deixou escapar: “cu de boi na área do XV”.

Após o jogo foi demitido, por ter dito um pretenso palavrão.

Pouco tempo depois a expressão foi dicionarizada, passando a fazer parte normal de nossa língua, embora ainda escrita ou expressada verbalmente com algum recato, por pessoas mais conservadoras.

E assim surgiram inúmeras outras expressões com a palavra “cu”, que constam de nossos dicionários, podendo portanto ser utilizadas a bel prazer do escriba, embora  ainda existam restrições quanto ao seu uso.

Eu gosto, uso e abuso, citando a seguir uma lista de minhas preferidas:

-cu de ferro(cdf): aluno estudioso

-encher o cu: comer demais, esganado

-tomar no cu: se dar mal

-nascer com o cu pra lua: sortudo

-tirar o cu da reta: sair de fininho, desistir

-cu de Judas: longe pra caralho

-até o cu fazer bico: se empanturrar de alguma coisa

-com o cu na mão- medo

E para não alongar em demasia, “Tomar no Cu”, o que nos acontece ao pagar impostos ultrajantes, para sustentar mordomias de políticos, juízes e assemelhados.

Pela minha singela descrição, espero ter conseguido demonstrar que nossa língua, é mesmo sonora, poética e maravilhosa.

 

José Roberto- 21/10/20

 

 

 

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