sexta-feira, 17 de julho de 2020

QUARENTENA- DIA 122- NA ENCRUZILHADA


QUARENTENA- DIA 122- NA ENCRUZILHADA

Essa demora para  voltar a normalidade tem custado muito caro ao pais e vai custar ainda mais, pois parte dos danos causados serão praticamente incontornáveis.
Pelos levantamentos iniciais, embora pouco confiáveis, mais de 700 mil empresas fecharam as portas definitivamente, devido a queda de receitas, ao sumiço dos clientes, a falta de grana para pagar empregados e encargos sociais.
Acredito que o numero apresentado é bem inferior ao real, pois o pequeno comércio e o pequeno empreendedor, difíceis de serem contabilizados nas estatísticas, sofreram danos irreparáveis, que liquidaram seus minguados recursos amealhados ao longo de muitos anos.
Sonhos e esforços que desmoronaram por uma pandemia perigosa, mas inflada pelo medo e por interesses escusos, que matará mais pelos estragos e pela miséria que será imposta aos mais necessitados, pois por maior que seja a boa vontade do governo, não haverá dinheiro suficiente para programas sociais de alto impacto.
Ao contrário do que muitos pensam, dinheiro não se fabrica do nada. Não basta ordenar a Casa da Moeda para rodar sua cornucópia fazendo a grana brotar sem que haja consequências desastrosas, pois a falta de lastro gera inflação, desemprego e ainda mais miséria.
Estamos numa situação muito difícil, com nosso parque industrial depreciado, e a perigosa China, responsável direta por essa desgraça mundial, de olho gordo em nossos ativos, pronta para dar o bote, ávida em se assenhorar de nossos bens e riquezas, principalmente na agropecuária, pois o imenso povo de olhinhos puxados precisa de muita comida para sobreviver.
O governo tem feito o que pode, mas alguns Ministros tidos como medalhões e carro chefe, tem produzido bem aquém de suas propaladas qualidades.
Menciono em especial Paulo Guedes, de quem muito esperávamos.
Sabemos que não é fácil enfrentar o Congresso com uma maioria de picaretas, “bem mais de 300, como disse Mula”, mas não sei se por orgulho, empáfia, falta de tato, Guedes tem conseguido bem menos que o prometido em seus miraculosos planos.
Eu, e todos os brasileiros ficamos putos quando insistem em retornar com nomes camuflados, a maldita CPMF, imposto desgraçado que incide em forma de cascata sobre todas as transações financeiras, obrigando o brasileiro a negociar com grana em espécie para escapar dessa tunga.
Ameaçam tributar as transações eletrônicas, tentam inventar novas formas de aumentar a carga tributária, já imensa, travando o crescimento do país.
Ao invés dessas soluções sectárias, que só atinge quem realmente trabalha e paga impostos, porque não ter a coragem e vergonha na cara de cortar o que realmente precisa ser cortado, como vantagens e penduricalhos das classes especiais de servidores públicos, começando pela Justiça?
Levantamentos recentes mostram que a maioria dos juízes, promotores, procuradores e assemelhados, recebem bem acima do teto legal, em alguns casos valores astronômicos, sob as mais diversas e fajutas justificativas.
Porque não acabar de vez com esses privilégios ilegais auto concedidos, punindo rigorosamente em todos os níveis, federal, estadual e municipal, que desrespeitar essa regra básica?
Depois dessa primeira etapa, ajustaríamos o Legislativo e por fim o Executivo.
Somente essas medidas utópicas e praticamente impossíveis, dada a qualidade dos políticos que escolhemos, tornaria o Brasil um país onde realmente todos seriam iguais, com grandes possibilidades de sucesso, nivelando-se aos países do primeiro mundo.
Apesar de sonho distante e utópico, não podemos deixar que se apague o último fio de esperança.
Estamos numa encruzilhada e como soe acontecer, provavelmente  escolheremos o pior caminho.
Sonhar não custa nada, pena que tenhamos que acordar e deparar com a dura realidade.

José Roberto- 17/07/20


2 comentários:

  1. Ze,vc tirou as palavras da minha boca. Concordo inteiramente contigo. So adicionaria que jamais consguiriamos limpar o congressoque . Tudo indica que a mudanca do congresso somente se daria por um ato forte, tipo golpe, com implicaçoes bem mais amplas. Ai poderia se aproveitar e fazer outras modificaçoes necessarias.
    Enfim, o beco esta chegando ao fim e as saidas estao escasseando.

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    1. Ao amigo anônimo.
      De pleno acordo com suas palavras.
      Abcs;

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