terça-feira, 16 de setembro de 2014

TAL PAI, TAL FILHO- CAPÍTULO 2

TAL PAI, TAL FILHO- CAPÍTULO 2

Voltando ao tema, que sem dúvida alguma deveria ser objeto de um estudo mais profundo de alguma universidade brasileira tope de linha, destrinchando o Genoma dessas interessantes espécimes humanas(?), talvez pudéssemos entender um pouco mais sobre a transmissão hereditária do gen “corrutpus roubalhus” entre gerações da classe política.
Em matéria de corrupção, a expressão popular ‘tal pai, tal filho” cai como uma luva. Idem “quem sai aos seus não degenera”, mantendo o mesmo apetite e gana de meter a mão na coisa pública, herdada dos progenitores.
Retornando a elencagem de corruptos de alto calibre, impossível deixar de fora dessa relação um dos grandes trambiqueiros do Norte, mais exatamente do Pará, o atual senador Jader Barbalho.
Nasceu de família pobre como Lula, não sei se de mãe analfabeta, mas logo tomou gosto pela política, por coincidência, ambos ficaram milionários.
Transitando por cargos em importantes órgãos estaduais e federais, deixou suas digitais nos cofres de todos as repartições públicas pelas quais passou.
Processado por desvios na Sudam, Banpará , Incra e outros rolos como governador do estado, escapou ileso, graças a morosidade e complacência da nossa claudicante justiça.
Jader é dono de praticamente todos os meios de comunicação importantes do Pará, TV, Jornais e rádios, dominando e fazendo a mídia local dançar conforme sua musica preferida.
Por uma feliz ou infeliz coincidência, estava eu em Belém, para participar de uma reunião, em meados de 1990, quando ao entrar num táxi com o rádio ligado numa das rádios de Jader Barbalho, ouvi parte da entrevista de seu filho, que estava sendo argüido por um solicito repórter, sobre o que achava da campanha e das possibilidades de seu pai, que tentava ser novamente eleito como governador do estado. Seu primeiro conturbado mandato havia expirado em 1987.
O filho, numa ingenuidade estarrecedora, declarou ao entrevistador, que se eleito, o pai com toda certeza, faria um governo mais honesto, com menos corrupção.
O repórter diante da enormidade da gafe, tratou logo de mudar de assunto.
Fiquei abismado com a falta de “simancol” do garoto, que na época deveria ter uns 14 anos.
Em 2001, após se envolver num arranco rabo com Antonio Carlos Magalhães, com muita sujeira jogada no ventilador, Jader renunciou a Presidência do Senado e ao cargo de senador, chegando a ser preso, acusado de desviar dinheiro público.
Obviamente, não esquentou a cela, conseguindo rapidamente um hábeas corpus que o livrou do xilindró. Para isso serve a grana alta e bons advogados.
Apesar de toda esse passado negro, o ficha imunda foi eleito deputado federal com maior votação no estado, em 2002, sendo reeleito em 2006, retornando ao Senado em 2011, onde farreia até hoje.
Esse povinho do Pará também é danado, gosta de ser espoliado, votando sempre nos mais corruptos.
Para culminar com esse destempero, o filho dessa cobra criada, Helder Barbalho, desponta como o preferido para sentar no trono do estado.
Mais velho e experiente, deve ter perdido a santa ingenuidade, devidamente instruído pelo velho raposão.
Meus amigos paraenses me desculpem, em especial meu velho companheiro Valério, mas o paraense está dando uma demonstração que é ruim de voto.
Se o cabra provar que gosta mesmo de um rolo, um trambique, terá grande chance de ser eleito para um cargo importante no estado.

José Roberto- 16/09/14



7 comentários:

  1. Zé,
    Aguardo o capitulo III do "Tal pai, tal filho", tendo como personagens principais "O filho do Brasil" e seu descendente... o "Pelé dos Negócios"...rs
    Abraços

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    1. Denis. Tudo a seu tempo. Estou descendo, norte, nordeste, sul, centro-.oeste, talvez chegue em S,Paulo.
      Abcs.

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  2. Existem dois "Hors Concours" que merecem capítulos especiais. Lula e Sarney.

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  3. Caro amigo.
    Do Sarney já venho falando a muito tempo, inclusive custou minha saída do Terra. Alguem misterioso cancelou minha assinatura, depois que malhei o dito cujo em alguns textos seguidos, Se quiser, leia no antigo blog: opiniaodoze. blog. terra.com.br.
    No primeiro capítulo, voltei ao assunto.
    Abcs.

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  4. E o Arruda, de Itajubá - MG, então? Este saiu e colocou a mulher, quem sabe ela ganha agora ele volta no futuro. Assim é o Brasil, nem daqui quinhentos anos teremos um país sério. Portanto, que quiser viver num país sério é melhor sair do país, e é para isto que estou educando minha filha. Como disse o economista Milton Friedman: “Se colocarem o governo para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia”.
    Vanderlei

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    1. Vandeco. Conheci pessoalmente essa figura, sobre a qual ainda vou escrever um texto.
      Nunca me enganou, desde que o encontrei pela primeira vez, na CEB.
      Na Presidência do CODI foi um tranbiqueiro.
      Deveria estar curtindo uma cana preta!
      Abcs

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  5. "A PeTrobrás já está concluindo a perfuração de um poço que vai jorrar óleo de peroba, como nunca antes neste país". Luiz Carlos Tiessi, publicado no Fórum dos Leitores, no jornal O Estado de São Paulo, de 16 de setembro de 2014.

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