sexta-feira, 12 de setembro de 2014

TAL PAI, TAL FILHO! CAPÍTULO 1

TAL PAI, TAL FILHO!  CAPÍTULO 1

Um movimento iniciado em São Paulo, tenta obter assinaturas com o intuito de propor um projeto de lei, acabando com a reeleição para cargos executivos(presidente, governador e prefeito), limitando a duas ou três reeleições os demais(senador, deputado e vereador), e o mais importante, impedindo a candidatura de filhos de políticos, em exercício ou não do mandato.
Dessas proposições, encaro com especial simpatia o impedimento oficial de que membros da prole política, possam seguir a trilha dos pais.
Nosso país é um triste exemplo dessa permissividade, que permitiu ao longo dos anos a manutenção de verdadeiras “Capitanias Hereditárias”, em diversos rincões do país.
O Maranhão é “hours concours” nesse quesito, com o clã  do Marimbondo de Fogo Sarney dominando o estado a mais de cinco décadas, deixando-o em petição de miséria.
Não satisfeito com o resultado do botim, passou o cetro para a filha Roseana, bandeando-se para o Amapá, elegendo-se senador com uma centena de votos, obtendo alvará para atuar em Brasília, manobrando e aprontando como presidente do Senado.
Roseana não traiu as origens, sugou o que pode e mais um pouco, despedindo-se agora, enrolada em novas denuncias, mas deixando um provável sucessor de estirpe.
Lobão Filho, exatamente filho do Lobão Pai, também envolvido no recente escândalo da Petrobras. Crias da turma do Sarney, que aproveitaram para tirar uma casquinha, nos intervalos em que os membros do clã, “gozavam merecidas férias”.
Lobinho Filho, anteriormente conhecido em São Luiz e cercanias, como “Edinho Trinta Por Cento”, desde que virou senador biônico substituindo o Lobão Mau pai, deu um jeito de desgrudar do apelido jocoso, que deve ter lá suas razões para lhe ser imposto, por motivos não muito difíceis de serem depreendidos.
Está muito bem cotado para suceder a indomável Roseana, pois o povo do estado já deve estar acostumado com a espoliação e maus tratos e talvez goste de continuar dependente dos programas sociais.
Alagoas é outro estado peculiar, que nos deu o Saco Roxo Collor de Mello, político trambiqueiro, que conseguiu enganar a nação por um certo período, mas deposto, continua enganando e sendo eleito pelo povo do seu estado.
Collor trouxe para o andar de cima da política, o aguerrido cachaço Renan Calheiros, alagoano porreta, dono de um plantel de vacas que davam duas crias por ano, e de quebra, vendia para um simples açougue de Maceió, mais de 100 bois por dia, a preço de ouro.
Como se não bastasse, contava com os favores de uma empreiteira, para custear as despesas de uma segunda família.
O filhote de Renan, como não poderia deixar de ser, também se chama Renan Filho.   Não tenho informações sobre a eminente figura, atualmente deputado federal, mas sendo filho do cachaço, não tenho dúvidas.
Está muito bem nas pesquisas, com grande possibilidade de ser eleito governador do estado.
Renan tem ainda outro filho, que é deputado estadual.
Incrível a capacidade do povo dos estados do Norte e Nordeste em manter esses “coronéis” no poder, não levando em conta os escândalos, a roubalheira  e o atraso imposto por administrações corruptas e temerárias que perduram por anos e anos, repassada entre pais, filhos, agregados e cupinchas.
Não, que nos estados das demais regiões o povo seja diferente. Talvez os políticos sejam mais cuidadosos, disfarçando melhor, mas tapeando o povo exatamente da mesma maneira.
O povo gosta de ser enganado, principalmente se o nome do candidato for “Ladrão Filho”.

José Roberto- 12/09/14



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