O BODE NA SALA

O BODE NA SALA

O previsto ocorreu muito antes que esperávamos.

Mencionei no texto do início da semana, que Marina não é flor que se cheire e que logo botaria as manguinhas de fora.

Alertei também, que essa Marina nada tem a ver com a doce Mônica, da dupla “Eduardo e Mônica”, cantada pela Legião Urbana, cuja história acabava com um final feliz.

Eduardo, o pernambucano de olhos azuis,  deve estar arrependido de ter acolhido a eco-evangélica em seu partido, pois a aitolá de saias, já começou a disparar seus petardos.

O primeiro enquadrado por sua metralhadora verbal, foi o ruralista Ronaldo Caiado, do DEM, que apoiava o PSD de Eduardo, mas que agora foi defenestrado pela intransigente evangélica.

Essa doidona, mal entrou na casa alheia como convidada de ultima hora, se instalou na melhor poltrona da sala e começa a dar ordens aos empregados e escolher os convivas.

Meu conhecimento sobre essa acreana que se julga iluminada, é incipiente.

Participei há alguns anos, de uma reunião de produtores rurais do Mato Grosso com a dita cuja, ainda a frente do Ministério do Meio Ambiente.

Essa anêmica senhora, fez sua pregação com uma verdadeira crente iluminada pelo “fogo sagrado”, não aceitando um diálogo franco ou posições antagônicas. Não que tenha sido grossa ou mal educada, mas não quis saber de opiniões divergentes das suas.

Como Ministra, foi “um pé no saco”, danosa ao país, retardando a construção de usinas hidrelétricas e estradas, dando prioridade a animais rasteiros e  insetos, ao invés de facilitar a execução de obras de infra-estrutura, das quais somos tão carentes.

Toda pessoa que se julga imbuída de uma missão especial, que se apega ferrenhamente a religião e a movimentos sociais ou naturais, é uma pessoa perigosa, que devemos encarar com um medo respeitoso e manter a distância.

Marina já chegou dando seu recado.

Tem toda a pinta de que quer e vai ser a cabeça da chapa presidencial.

O PSP do Eduardo, antes da Marina, tinha raríssimas chances de vitória.

Ainda acho que com essa união indigesta, as chances continuam escassas.

Será muito difícil derrubar Dona Dilma com seus milhões de votos do bolsa esmola.

O perigo é Eduardo se apequenar nesse episódio, terminando com o cacife eleitoral reduzido em seu próprio estado.

Apostou na zebra e deu zebra.

Quando você acha que a situação está ruim, experimente colocar um bode em sua sala.

Eduardo tentou o golpe do bode e agora, alem da catinga, está começando a levar cabeçadas do(a) chifrudo(a).

José Roberto- 10/10/13