terça-feira, 29 de outubro de 2013

A SUPREMA BURRICE

A SUPREMA BURRICE

Como acontece todos os anos desde há muito tempo, hoje a tarde, às 14,21 horas, numa precisão britânica, com o “rabo entre as pernas”, estarei prestando contas a nossa eficiente Receita Federal.
Já mencionei inúmeras vezes em meus textos, que num país com serviços públicos vergonhosos, de terceiro mundo, apenas a Receita Federal funciona nos conformes, azeitada, podendo servir de exemplo para a economias mais desenvolvidas.
A Receita e a NSA que nos espiona sem tréguas.
Gastos com cartões de credito acima de 5 mil, depósitos ou transferências acima de 10 mil, aquisição de veículos, imóveis e quaisquer outros bens duráveis são prontamente comunicados e registrados em nossos prontuários, para serem checados na hora do ajuste.
Da mesma forma nossos rendimentos, salários, alugueis, prestação de serviços, doações, gratificações e qualquer grana extra que pinte em nossas contas correntes, são anotadas e examinadas com lupa pela ciosa Receita.
Estamos caminhando céleres, para num futuro próximo, no final de cada exercício, recebermos apenas a comunicação do valor extra a ser depositado nos cofres desse insaciável órgão arrecadador.
Um exemplo de eficiência em arrancar dinheiro dos contribuintes, intimidando-os com multas, correções, bloqueios de bens e contas bancárias.
Porém, sempre existe um porém quando se trata de um órgão público em nosso sofrido país, a par desse eficiência de fazer inveja aos nossos irmãos do primeiro mundo, não poderia faltar o ranço pegajoso que caracteriza um órgão do governo.
Algum imbecil, ou um grupo de imbecis, ou um desses secretários que querem aparecer com justiceiros fiscais, criou um filtro burro, um teto para despesas médicas acima do qual toda declaração fica retida na malha fina, obrigando o declarante a comprovar e justificar essas despesas.
Todo brasileiro que faz declaração anual de renda, sabe que atualmente não adiante querer driblar o fisco, suprimindo ou inventando despesas, com médicos, dentistas, instrução, etc, pois tudo é cruzado.
O valor que você declarou ter pago ao Dr. Fulano, é checado com o valor declarado pelo dito cujo e assim por diante.
Os incautos que ousam, ou melhor, ousaram desafiar essa lógica se trumbicaram.
Pagaram o que deviam e mais um pouco, com juros, multas e correções.
Portanto, esse filtro burro, engrossa a cada ano o volume de contribuintes colhidos na malha fina, no geral, pessoas mais velhas e aposentados, que obviamente, gastam mais com médicos e remédios.
Já sei o que me espera hoje, no escritório da Receita Federal em Ipanema.
Uma multidão de velhos, alguns com acompanhantes tendo em vista a dificuldade de locomoção, aguardando trêmulos o momento de suas senhas aparecer nas telas da desconfortável sala de espera, para claudicantes, comprovarem seus inevitáveis gastos.
Funcionários da Receita perdem seu precioso tempo fiscalizando o óbvio, sem resultados práticos, alem de causar incontáveis transtornos aos membros da terceira idade.
Porque, ao invés desse procedimento ilógico, não fiscalizam a renda, a evolução patrimonial dos vereadores, prefeitos, governadores, deputados, presidentes, ex-presidentes, de seus filhos e filhos de políticos e até dos funcionários da Receita mais graduados?
Não são trouxas de se meterem com graúdos, com políticos influentes com bala na agulha. Contentam-se em ficar espezinhando a classe média e a velharia em geral, aqueles que não possuem pistolões, que sustentam calados a escumalha governante.
É isso aí!!!
Daqui a pouco, lá estará o velho cabisbaixo, comprovando o óbvio ululante.

José Roberto- 29/10/13




3 comentários:

  1. ZÉ,O BOM CABRITO NÃO BERRA !!!!!!!! A) André

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  2. Zé, não se esqueça de levar vaselina importada.

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  3. Não é só você que está na malha fina. Eu também. Você colocou muito bem quando disse que a receita, há tempos atrás, passou a adotar um teto para despesas médicas. Assim, a fila dos aposentados aumentará ano a ano, e também, já ouvi um boato que a receita estaria pensando em limitar os gastos com planos de saúde. É esperar para ver, pois neste país sempre temos aumento de impostos.
    Vanderlei

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