terça-feira, 1 de outubro de 2013

AO MESTRE, COM PESAR

AO MESTRE, COM PESAR.

Essa greve dos professores da rede municipal já passou dos limites.
Esses mestres de meia tigela já estão se equiparando a outras categorias de bagunceiros, pelo tamanho da desordem que vem causando a cidade.
Nesse exato momento em que escrevo, vejo e escuto o ronco de três helicópteros sobrevoando a Cinelândia, registrando a cenas degradantes da ocupação da Câmara Municipal.
Os grevistas raivosos foram enjaulados, pois todo o perímetro foi cercado com grades, impedindo o acesso, atrapalhando a vida de quem trabalha nas imediações e esculhambando com o trânsito.
Ontem, o clima foi de guerra, com cacetadas a granel de ambas as partes, incrementada com a adesão dos famigerados “Black Blocs”, que como hienas, farejam o cheiro dos tumultos para se imiscuir e piorar o quadro.
Com o apoio desses bandidos mascarados, o nível das agressões aumentou, a bagunça e a depredação se generalizaram, com a destruição de agências bancarias e estabelecimentos comerciais, que alem de totalmente arruinados, foram também saqueados.
Esses criminosos mascarados deveriam ser abatidos a tiros, não com balas de borracha, mas com chumbo grosso, para serem definitivamente eliminados da face da terra(sonhar não custa nada).
A greve, que se arrasta a meses, prejudicou definitivamente o ano letivo, sem esquecer, que muitas mães que trabalham, contavam com a permanência de seus filhos durante parte do dia nas escolas, tendo sua rotina comprometida.
Não vou mencionar valores, pois de qualquer forma o salário dos professores é irrisório, indigno, insuficiente para permitir uma vida descente numa cidade como o Rio de Janeiro.
A nobre profissão do magistério vulgarizou-se, perdeu seu mérito devido a obtusidade de nossos governantes, que de longa data, menosprezam a importância do conhecimento, da cultura e da educação, como fatores imprescindíveis para o desenvolvimento e progresso do país.
O magistério, especialmente o do nível médio, apequenou-se, a ponto de somente os que não conseguem se encaixar em outra profissão mais rentável, os rejeitados funcionais, optarem como tábua de salvação, pelo o exercício da profissão.
Não posso deixar de mencionar que existe uma pequena parcela de idealistas, que ainda acreditam e tem a verdadeira e sagrada vocação.
Mas são poucos, insuficientes para manter o ensino em padrões aceitáveis, a ponto de mais da metade dos alunos que concluem os cursos, serem incapaz de ler e interpretar um texto. São analfabetos funcionais.
Essa é a triste realidade de um país que patina na ignorância e que nada faz de concreto para tentar melhorar de forma efetiva essa situação degradante.
Nosso ensino público é uma catástrofe.
O abismo entre os que tem condições de pagar uma escola particular e os menos favorecidos, obrigados a se sujeitar a esse ensino meia boca, tende a aumentar.
Promessas de utilizar recursos do Pré-Sal são apostas temerárias, politiqueiras, num futuro distante e incerto.
O certo mesmo, é que professor de nível médio da rede pública é uma classe desprestigiada.
Já sabiam disso quando escolheram essa profissão, antigamente tão honrosa.
Em respeito aos alunos, que nada tem a ver com essa “sinuca de bico”, deveriam pegar suas trouxas e retornar as salas de aula.

José Roberto- 01/10/13



3 comentários:

  1. É mesmo triste ver esses professores se humilhando, fazendo bagunça, em busca de um salário digno, que com toda certeza, não conseguirão.

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  2. Infelizmente, professora de primeiro grau, é hoje no país uma especie em extinção.
    O que sobra é uma mutação genética inexplicável.
    Muitas seriam reprovadas em provas normais.
    Coitado dos alunos.

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  3. É publico e notório que a educação é um fator que vem atrasando o desenvolvimento nacional. No entanto, do governo do FHC até agora a máquina pública acrescentou mais de 200 mil funcionários, sendo que a educação não melhorou em nada. A melhoria na educação é uma meta fictícia do governo, pois melhorando a educação perde-se voto na mesma proporção do crescimento do esclarecimento da população. Com certeza não teremos a melhoria no ensino público tão cedo, tendo em vista que o PT não sairá do governo também tão cedo.

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