UFA, ATÉ LOS ANGELES, 2028

 

 UFA, ATÉ LOS ANGELES, 2028

 

Confesso que já estava cansado de ver os jogos de Paris, principalmente devido a nossa fraca e não convincente participação.

O número de atletas que nos representaram foi o maior, novesfora  2016 no Rio de janeiro, pois como organizadores tivemos uma quota extra de atletas, normalmente concedida aos países sedes. 465 atletas.

Em Paris, 329 atletas nos renderam a mixaria de apenas 3 medalhas de ouro e o vigésimo lugar na classificação geral, resultado pífio se compararmos com as Olímpiadas do Rio, 7 ouros e Tóquio, com 301 atletas que conseguiram também 7 medalhas de ouro.

Grana para o COB-Comitê Olímpico Brasileiro é o que não falta, pois o órgão tem até uma bela poupança para despesas extraordinárias(???). A verba para 2024 era de 483 milhões, revisada para 504 milhões, com o déficit de 15 milhões a ser coberto com resgate das aplicações.

A principal fonte de recursos do COB é o percentual de1,7%, que recebe de todos os jogos da Loteria Federal, administrados pela Caixa(CEF), correspondendo a 80 % do orçamento anual, completado com patrocínios.

Com essa dinheirama toda, num pais com 220 milhões de habitantes, conseguimos apenas 3 medalhas de ouro, enquanto nações com população muito menor, a exemplo Holanda(17 milhões) 13 ouros, Coréia do Sul (52 milhões) 13 ouros, Nova Zelândia(5,3 milhões, que vergonha) 10 ouros, Hungria(6 milhões) 6 ouros, e muitos outros, pois como dito, ficamos em vigésimo lugar.

Tentei uma porção de vezes verificar pelo Google, a quantidade de membros não atletas de nossa delegação em Paris. Não consegui, porem suspeito que seja bem maior que o número de atletas, pois o COB deve manter sigilo dessas informações, tal como vem ocorrendo com as despesas dos cartões corporativos de Esbanja e Mula, o maior ladrão de nossa história, evitando inveja dos que não desfrutam das mamatas.

Ser membro da diretoria do COI é um presente quase tão importante quanto um cargo perene em nossos tribunais superiores, pois a grana corre farta e as mordomias e tentações são muitas.

Vale lembrar do bacanão posudo de linguajar arrastado, Carlos Arthur Nuzmam, presidente do órgão por 22 anos, de 1995 a 2017, quando foi defenestrado e preso, condenado a 30 anos por propina, lavagem de dinheiro e outras cositas mas, associado ao ladrão mor Sérgio Cabral, que unidos, subornado uns e outros, mas também enchendo seus bolsos, conseguiram trazer as Olímpiadas para o Rio de Janeiro.

Nuzman curtiu um tempinho na cadeia, mas como todos os julgados e condenados pelo Lava Jato, recentemente teve sua pena anulada, juntamente com o parceiro corrupto Cabral. 

O atual presidente do Comitê é um tal de Paulo Wanderley Teixeira, ex-atleta, que deve ter aprendido a lição, mamando na maciota, sem aventurar-se em grandes empreitadas.

Sabemos que nesse governo, apesar de ser praticamente um órgão estatal, pelo volume de verbas recebidas, o TCU fará vista grossa para eventuais desvios, pois atualmente a rapinagem e livre, geral e irrestrita.

Infelizmente, transparência não existe de fato em nenhum órgão do governo, e o COB é um caso típico. Muita gana com controle incipiente.

A gestão e os sistemas de repasse às Confederações Estaduais teriam que ser reavaliadas, inclusive o patrocínio de atletas em potencial, pois se não houverem mudanças nossos resultados nos jogos continuarão na descendente, pois até no futebol e no vôlei  , onde já fomos os maiorais, somos hoje presa fácil, com jogadores velhos e superados.

Quase esqueci de mencionar, que para a rede Globo, transmissora exclusiva do Jogos, engraxada pelo governo, nossa participação foi um tremendo sucesso. Comentaristas e locutores sem vergonha.

Vamos ver como será em L.A.

Fora Mula!

 

José Roberto- 12/08/24