segunda-feira, 26 de agosto de 2024

A BEIRA DE UM ANTAQUE DE NERVOS- 2024

 Para variar, dando uma pausa em assuntos políticos, da droga do STF e da roubalheira e corrupção geral que assola o país, reedito texto escrito há 10 anos, tendo em vista que nesta semana terei que penar no meu calvário.


A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS-2024

 

Já afirmei inúmeras vezes, que ando numa fase meio “down”, com o saco mais cheio que o do Papai Noel em véspera de Natal.

Expliquei algumas das razões, mais existem outras.

Acordei hoje com um oco na barriga, não de fome, mas de puro “cagaço”.

Inicio nesta data meu check-up anual, que a cada ano atraso um pouquinho. Desde o último, já se vão ano e meio.

Com a repetição, até que perdi boa parte do medo, suportando estoicamente as perfurações em meu corpo, para coleta superfaturada de um sangue bom, que suo para fabricar.

Não reclamo mais por ter que engolir contrastes de cores e gostos horríveis, alguns até radioativos, injetados em minhas veias através de agulhas rotundas, que causam sérios estragos em minha pele cansada, que já perdeu o viço e resistência.

Não me incomodo com o desconforto de entrar em canudos estreitos, e ficar horas deitado, completamente inerte, submetido a sons e barulhos torturantes.

Chato mesmo é tomar litros e litros de água, e com a bexiga cheia, quase estourando, esperar o danado do médico que irá pilotar o aparelho de ultrassonografia, pois o sádico sempre atende com atraso, somente após ameaças do “mijo eminente”.

Com a avançar dos anos (sem trocadilho), temos que nos resignar e aceitar essas humilhações com destemor e picardia, pois o corpo velho e cansado requer cuidados especiais, embora desagradáveis.

Tudo que mencionei até com um pouquinho de exagero, exames, perfurações,  entrar em tubos, cagadas e mijadas,  consigo tirar de letra, porém, deixei por último a verdadeira origem, a “mãe de todos meus temores”, a razão maior do meu grande cagaço.

Quando lembro que tenho que passar pelo urologista, quase borro minhas calças.

Tenho que juntar todas minhas forças para penetrar no consultório do Dr. Kededo, o verdadeiro “inferno de Dante”.

Escrever e descrever o infortúnio de uma “dedada”, requer uma serenidade, a qual não disponho no momento.

Deixo para abordar o tema cruciante numa manhã mais feliz, numa ocasião oportuna, ou quando necessitar de um forte desabafo.

E vamos ao sacrifício!

 

José Roberto- 30/04/14

26/08/24

 

 


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