quinta-feira, 8 de agosto de 2024

MINHAS OLIMPÍADAS PARTICULARES

 

                     (CAÇA SUBMARINA- ONDE TAMBÉM JÁ FUI BEM RAZOÁVEL)


MINHAS OLIMPÍADAS PARTICULARES

 

Dias atrás, aproveitando a deixa do grande compositor/cantor Toquinho, que fez uma homenagem ao Liceu Coração de Jesus- S.Paulo, colégio salesiano onde estudou, que devido à proximidade da Cracolândia, com poucos alunos, fechou a portas no final de 2022.

Em meados e 1957, cursando a segunda série ginasial no Colégio Salesiano Dom Bosco, em Piracicaba, venci uma espécie de olimpíada religiosa, denominada “Certame”, decorando um livro de religião de umas cem páginas, ganhando uma medalha e o direito de ser um dos representantes do colégio no Certame Nacional, que seria realizado no Liceu, o principal colégio salesiano do país.

Viagem inesquecível quando conheci a imponente capital paulista, enchendo os olhos de um caipira do interior, que deslumbrado, nem lembra como foi no “Certame”, tendo a certeza que não ganhou prêmio algum.

Nas competições esportivas posso dizer que fui bastante razoável, principalmente no Futebol de campo e de salão, defendendo a camisa do Colégio em todas as competições, principalmente nos jogos intercolegiais disputados entre os colégios da cidade.

Um pouco “mais empenado”, cursando o científico, participando de um treino de futebol, preparatório para os jogos que se aproximavam, vi um grupo de alunos treinando arremesso de dardo.

Curioso, me aproximei, fiquei olhando os arremessos, as poses de uns alunos metidos que fingiam entender do assunto, e depois de algum tempo comentei com o professor de educação física que coordenava o treino: “jogo mais longe que esse pessoal”.

Ele, talvez de brincadeira, perguntou se já conhecia e praticava esse esporte; respondi que não, porem desde pequeno costumava brincar arremessando “lanças e flechas”, bem mais longe que a turma que treinava.

Certamente não levando a sério minhas palavras, pediu para que eu fizesse um arremesso, ficando na espreita para ver o resultado do meu “papo furado”.

Logo no primeiro arremesso, mesmo sem qualquer técnica, devo ter alcançado um boa distância, pois o professor espantado, me deu algumas dicas pedindo que repetisse.

Fui bem, sendo convidado a participar da seletiva que seria realizada dentro de alguns dias. Fui, vi e venci, sendo designado para representar o colégio no Intercolegial que estava próximo.

Me emprestaram um dardo que levei para casa, tendo oportunidade de treinar e aprimorar minha técnica incipiente, tentando uma boa participação no “grandioso” evento.

Competi e me dei bem, arremessando 63 metros, conseguindo uma medalha para o Colégio.

Pena que na época, o arremesso de dardo não tivesse relevância, principalmente numa cidade do interior, onde predominava o futebol e basquete. Em outros tempos poderia ter progredido.

Lembro também, que na competição, a alegria foi um tanto amenizada, porque faltando representante para correr os 1.000 metros rasos, fui chamado para o posto, pois jogava bastante futebol estando em boa forma.

Parti feito uma flecha, tomando a frente nos primeiros metros, porem caindo na real, fui sendo ultrapassado por todos, menos um, que me livrou de amargar a última colocação.

Fiquei ciente, que não tinha qualquer chance de ser um velocista, contentando-me em ficar com o futebol.

Quase deixei de mencionar, que também fui um jogador bem razoável de tênis de mesa, ganhando inclusive várias competições realizadas anualmente no Clube Monte Alegre, no Primeiro de Maio, recebendo prêmios em dinheiro, uma mixaria, mas quebrava meu galho.

Adulto, continuei com o futebol e futebol de salão, sendo bastante razoável.

O Tênis, veio depois, com mais de 30 anos, iniciando nesse esporte que pratico até hoje, por conta de uma aposta, assunto para outra ocasião.

Não pretendia macular o texto saudoso e piegas, mas lá vai:

Fora Mula!

 

José Roberto- 08/08/2024

 

 


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