quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

SOBRE FLATOS EXPELIDOS E ENFORCADOS


 

SOBRE FLATOS EXPELIDOS E ENFORCADOS

 

Não quero abusar da paciência de meus leitores, agora que aumentaram um pouquinho. Já são bem mais que meia dúzia.

Porem, como todos sabem, tenho predileção por assuntos escabrosos, sacanagens sadias, besteiras em geral, inclusive assuntos escatológicos, mesmo sabendo das repercussões negativas no recesso do lar.

Nossa língua é mesmo danada, pois escatologia além de referir-se a excremento, merda e coisas do gênero, também tem um sentido religioso, significando doutrina do fim do mundo, dimensão escatológica da culpa.

Toda vez que um padre menciona essa palavra durante um sermão, na missa que assisto aos domingos pela TV, sempre penso no sentido esculachado. A igreja deveria evitar o uso dessa palavra.

Portando, diante do exposto, volto ao assunto principal, lembrando de algumas ocasiões em que, pelas circunstâncias, somos obrigados a enforcar o peido. Ou ao menos tentar.

O caso mais comum é quando estamos num elevador, com apenas uma pessoa. Temos que apertar o fiofó, juntando as pernas e disfarçando para não demonstrar o sofrimento, exigido pelo fechamento forçado da válvula anal. É difícil, mas graças as boas condições de minhas pregas virgens e intocadas(salvo quando visito o dr. Kededo), normalmente tenho sucesso. Estanco a saída dos gases, mesmo sabendo das dolorosas consequências. Se tiver mais de três pessoas, calibro o silenciador e mando brasa, deixando pairar a dúvida sobre o autor do petardo nauseabundo.

Outra situação terrível e quando fazendo ginástica, o personal pressiona nossas pernas comprimindo o ventre e as tripas e temos que aguentar firme. É uma situação terrível e inglória, pois exige o máximo da  concentração, pois se deixarmos o danado escapar(na cara do infeliz), passaremos uma tremenda vergonha.

Vivem constantemente essa situação de aperto, profissionais liberais, como médicos e dentistas, que examinando seus clientes, sentem de repente aquela cólica indesejada, um ferroada na tripa mestra, com o flato dando cabeçadas, tentando destravar a fechadura dos anus, em busca da liberdade.

São essas situações críticas que nos tornam homens fortes, bravos guerreiros, assassinos de flatos indesejados, principalmente aqueles que na barriga tem um laboratório químico de fazer inveja, transformando feijão, ovo e repolho em gases mortíferos, que poderiam ser utilizados em uma guerra química e biológica.

Com o avanço da idade, mesmo preservando cuidadosamente as pregas do “buraco da bala”, como acontece com todos os músculos de nosso corpo, há um afrouxamento natural das partes pudentas, fazendo com que os velhos, ao menor esforço, ou susto, deixem escapar sonoros e contundentes flatos.

Todos devem conhecer um “velho peidão’

Toda vez que toco nesse assunto, ou recebo um zap retratando a ridícula situação, lembro de um sobrinho querido, cujo nome deixo de mencionar, embora a maioria dos amigos saibam a quem me refiro.

Esse sobrinho é uma verdadeira bomba atômica.

Consegue dar um tratamento especial ao mais simples e inocente alimento, transformando xuxu e alface em granadas de efeito moral, aquelas que quando explodem abrem um círculo enorme ao redor do autor da proeza, o famoso flato abre alas.

Mesmo dessagrando a terceiros, temos que lutar por nossos direitos, dando livre vazão a nossas necessidades fisiológicas.

Peidar e viver.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 26/01/22

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário