quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

RIO X SÃO PAULO


 

RIO  X  SÃO PAULO

 

Li ontem uma nota de um turista paulistano, afirmando que achou nossa cidade limpa, bem conservada,  bem mais cuidada que São Paulo, estranhando as críticas que recebe pelos jornais, sobre a falta de conservação, sujeira nas ruas, falta de policiamento, etecetera e tal.

Teve a impressão que o carioca teima em falar mal da cidade e de seus gestores, dando uma impressão negativa aos não residentes, denegrindo a imagem da cidade e atrapalhando o fluxo de turistas.

Li hoje pela manhã outra nota, dessa vez de um carioca,  concordando com as observações do paulistano, afirmando que temos mesmo a mania negativa de depreciar nossa cidade.

No meu entender os dois estão equivocados.

Mesmo a zona sul do Rio, que sempre recebe tratamento melhor que os demais bairros, está entregue aos mendigos, ruas sujas, pedintes de esmolas agressivos, insegurança, principalmente para mulheres desacompanhadas.

Depois de um prefeito horrível como o fajuto bispo Crivella, o janotinha do Paes só pensa no carnaval e outras frescuras, deixando a cidade na mesma situação de seu antecessor, pouco ou nada fazendo para melhorar as condições higiênicas e o nosso direito de ir e vir, sem que tenhamos de ficar sempre olhando pelos ombros, assustados, temendo abordagens indesejadas.

Não sei por onde o turista paulistano andou para ter impressões tão favoráveis de nossa cidade. Não deve enxergar bem, ou então ser um tremendo otimista, talvez afetado pela natureza local, que apesar de tudo, ainda continua maravilhosa.

Também não sei onde ele mora em São Paulo, pois apesar de não ter visitado recentemente a capital paulista, onde morei por vários anos, sempre a achei bem mais limpa que o Rio de Janeiro.

Lembro, que quando mudei para o Rio em agosto de 1978, morando inicialmente na Praia do Flamengo e depois na Av. Oswaldo Cruz,  fui obrigado a alterar minha forma de caminhar pelas ruas, andando sempre de cabeça baixa, olhando para o chão, a fim de evitar “queimar” o sapato, pisando em merda de cachorro.

Nunca tinha visto tanto cocô  em calçadas, pois o carioca além de adorar  cães,   não prima pela boa educação, deixando via de regra, de recolher os dejetos de seus “acompanhantes”.

Existe até uma pequena rua, de apenas uma quadra, ligando a Oswaldo Cruz com a Senador Vergueiro, cujo nome não recordo, pois sempre era mencionada como “Beco do cocô”, um verdadeiro cagatório para os cães das proximidades.

Atravessar o Beco sem “queimar” os pés era uma aventura arriscada.

Obviamente as coisas mudaram.

O carioca ficou mais cuidadoso devido as insistentes campanhas educacionais e civilizatórias, passando a recolher as fezes de seus animais de estimação. Mesmo assim existem os recalcitrantes e um pouco de atenção sempre é requerida.

Talvez a pequena ruela, não seja mais lembrada pelo apelido depreciativo e sim pelo nome do homenageado. Talvez...

Morando na Lagoa, bela região em plena zona sul, gostaria de ter a visão positiva do turista paulistano, ao que parece, em sua primeira visita, deslumbrado com as belezas naturais e com nossas mulheres, que realmente são maravilhosas.

Continuamos achando a cidade pessimamente administrada, graças ao ex e ao atual alcaide.

O anterior só se importava com sua igreja, além de fazer um bocado de trambiques, o atual, também com uma fichinha bem suja, gosta mesmo e de festanças e otras cositas mas.

Quem sabe, algum dia tenhamos sorte, escolhendo uma pessoa competente e honesta para mudar os rumos de nossa cidade.

Quem sabe???????

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 19/01/22

 

 

Um comentário:

  1. infelizmente a culpa é nossa mesmo, não podemos se queixar de nada !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    tudo que fazemos é para se manter de pé!!!simplesmente, sem se preocupar com o próximo !!!!!!!!!!!!!!!!

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