segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

DUELO DE TITÃS


                                             FOTO DA NOSSA QUADRA APÓS A REFORMA


DUELO DE TITÃS

 

Começo a escrever o texto com atraso, por volta das 10,00 horas, ainda tremulo e suando em demasia pelo esforço despendido, pois a luta foi dura, mas valeu a pena.

Marcelinho,  amigo, algoz, perigoso e traiçoeiro adversário no tênis, aquele mesmo que tempos atrás desferiu uma potente bolada no meu braço esquerdo, cuja intensidade propagou-se ao nervo ótico, causando o descolamento da retina justamente do lado canhestro, causando meu afastamento temporário das quadras e obviamente prejudicando minha visão e meu jogo(eheheh); depois de todas essas explicações, quero informar que o danado Formiga Atômica, havia me desafiado para disputar uma peleja. Eu fazendo dupla com nosso craque hours concours  Alessandro, ele com seu professor e ex-profissional Paulinho, outro bamba.

Sobre meu jogo, já cantei em prosa e verso, exagerando um pouco, afirmando que era o galo que cantava na quadra do Rhapsody, mantendo ainda a primeira posição do ranking, até a chegada de Marcelo e sua trama macabra para assumir o meu posto.

Marecelino, rápido como um corisco, notou logo de cara, que para me derrubar teria que se valer de um golpe baixo. Como bate na bola com uma força desproporcional ao seu tamanho, me acertou e deu no que deu. Atualmente somos parelhos, ganha um, ganha outro, dependendo do dia e da disposição.

Sobre Paulinho, professor de Marcelo sei apenas que é professor tarimbado, tendo vencido diversos torneios de profissionais no Rio de Janeiro, dedicando-se atualmente ao “magistério”, pois pelas minhas estimativas, já beira os 45(um menino, comparado ao velho escriba, perto de completar 77).

Alessandro é phoda.

Recordo, que quando passou a ser meu vizinho de porta, perguntei a ele se jogava tênis, convidando-o para descer num sábado para jogar com nossa turma, certo que seria mais um pato em meu cardápio.

O danado apareceu na primeira oportunidade, e foi aquele despautério.

Não vimos a cor da bola, mesmo percebendo que jogava a meia bomba, no máximo uns 30%, era só 6 a 0, ou quando muito um pontinho de choro.

Até os mais perebas da turma, a seu lado, melhoravam um pouquinho, talvez por uma osmose ou simbiose, e ficavam felizes da vida.

Alessandro foi profissional, disputando o circuito da ATP e com seus 30 e tantos ainda joga para caralho.

Atualmente tem uma quadra e dá aulas, cursos e “oficinas”(detesto este termo, com esse uso), pelo que sei, cobrando uma nota preta, só para quem tem grana.

Quanto ao jogo, foi um espetáculo digno que encheu os olhos da plateia, pois quase todos os moradores do edifício, sabendo do desafio, desceram para presenciar tão especial evento.

Obviamente as melhores jogadas, foram dos dois mestres, com uma boa vantagem para Alessandro que demonstrou toda sua categoria, com jogadas de me deixar embasbacado.

Paulinho foi muito bem, aproveitando para fazer alguns pontos em cima aqui do velho, mas acho que correspondi, errando pouco, devolvendo bem e dando uma ajudinha ao parceiro.

Marcelinho fez ótimas jogadas junto a rede, pois é rápido como um corisco, criando uma barreira dura de ser transposta, pois chega em todas. É ótimo, só não tem a minha regularidade, pois teima em bater sempre forte na “esférica”(homenagem ao parceiro e amigo Miguelito)

Tentou me acertar uma três vezes, até que o ameacei de partira para agressão, e sob vaias da torcida resolveu maneirar.

O sol tomava conta da quadra, eu suava em bicas e na segunda partida já estava no bagaço.

Porem, ao fim e ao cabo, deu a logica: 6 x1 e 6x2, não preciso dizer para quem.

Soube, que por trás do embate, havia uma aposta. Os perdedores pagariam um almoço aos vitoriosos, num bom restaurante de Ipanema ou Leblon.

Ao mencionar o fato, Marcelinho desconversou, se fez de desentendido, alegando que nada tinha sido confirmado e que veríamos numa próxima, se é que ele terá peito de tentar, depois da amostra grátis recebida.

Finalmente agora, as 10,35 h,  já com as mãos mais firmes, sem a tremedeira causada pelo esforço exagerado(não sou criança, embora a cuca não aceite), com o suor estancado, respiro aliviado, pensando no papo e nas mentiras que irei contar.

Lamentavelmente  não tiramos uma foto dos quatro guerreiros.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 17/01/22

 

 

 

 


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