sexta-feira, 13 de novembro de 2020

QUARENTENA- DIA 241- SEXTA-FEIRA 13


 

QUARENTENA- DIA 241- SEXTA-FEIRA 13

 

Neste ano pandêmico, mesmo quem não acredita em supertições fica com um pé atrás em datas que tenham alguma conotação negativa, como por exemplo, hoje, uma sexta-feira 13.

Dia talhado para despachos e macumbas, se bem que a situação anda tão ruim, que poucos macumbeiros tem grana suficiente para queimar com velas, galinhas mortas, cidras, cachaças e outros tipos de oferendas.

O mais prático é se adaptar a crise e apelar para despachos cibernéticos, que podem ser oferecidos a clientes de terreiros por preços bem mais acessíveis.

Nos bons tempos em que caminhava com meu finado e saudoso fiel escudeiro, Vick, presenciamos e fotografamos na Praça da Macumba diversos despachos, alguns de péssimo gosto, outros de dar água na boca(na minha e na do Vick),  como uma oferenda de apetitosas coxinhas, quibes ao lado de uma garrafa de tubaína.

Estou tentado a aproveitar a data, para acender uma vela na intenção de fazer nosso Presidente calar a boca, pois insiste em destilar besteiras, que prejudicam sua gestão, alem de gerar insatisfações em sua equipe.

Ainda ontem desautorizou o Vice, Mourão, cuja equipe de controle de incêndios na Amazônia estudava opções, para enrijecer as penalidades contra os devastadores da nossa imensa floresta tropical, inclusive grileiros e fazendeiros já instalados, com documentos de posse altamente duvidosos, que jamais pagam as multas recebidas; punindo-os com desapropriação imediata.

A desapropriação, pela experiência ao longo dos anos, séria a única penalidade que realmente poderia surtir efeito, pois os grandes e poderosos agressores das nossas florestas, dentre eles políticos da região, sabem que as multas são proteladas indefinidamente, graças a nossa maleável legislação, que admite milhares de recursos.

Bolsonaro, com sua característica grossura, fez questão de divulgar suas picuinhas internas, afirmando em público, jamais concordar com desapropriações, pois respeita o direito a propriedade privada, esquecendo que no caso, alem da posse legítima ser questionável, os malandros não respeitam porra nenhuma, derrubando e queimando conforme lhes der na telha.

Esse destempero presidencial ocorreu ontem, véspera dessa sexta-feira 13.

Com certeza, teremos hoje um novo episódio de gafes e declarações intempestivas(o Homem não fecha a matraca).

Talvez, até apareça um “lobisomem” no Palácio da Alvorada, para assustar as almas penadas que lá habitam e dar mais assuntos para manchetes depreciativas.

 

José Roberto- 13/11/20

Um comentário:


  1. Infelizmente, o pau que nasce torto morre torto, e o nosso presidente Bolsonaro não vai mudar e continuará assim até no outro mantado se ele conseguir.

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