terça-feira, 11 de agosto de 2020

QUARENTENA- DIA 147- OZÔNIO, NÃO!!!


QUARENTENA- DIA 147- OZÔNIO, NÃO!

Já declarei centena de vezes que não tenho medo dessa “gripezinha”, pois apesar de pertencer ao grupo de risco(75 nas costas) estou muito bem de saúde.
Desde há muito, tomo regularmente vitamina C, D, E, Zinco, além de outros produtos naturais para artrite, joelhos e dores em geral; por essas e outras ainda sou um respeitável adversário no tênis.
Porém, caso haja algum revertério e a danada da Covid me pegue a traição, só para castigar minha língua grande, declaro e dou fé, a quem interessar possa, que em me faltando a lucidez, aceito qualquer remédio, Cloroquina, Azitromicina, Invermectina, Penicilina, Novalgina, Garrafadas, Benzimentos, Despachos, menos esse tal de Ozônio, que agora entrou na moda, principalmente na região Sul do país.
Mais especificamente em Itajaí-SC, um prefeito trambiqueiro que já desviou uma nota preta das verbas destinadas ao combate do vírus, talvez assessorado por algum médico fajuto ou pseudo cientista de sua gangue, esta indicando aos moradores da cidade como preventivo a doença, o uso intra-retal do Ozônio.
Segundo a equipe do probo prefeito, o tratamento consiste na aplicação consecutiva do Ozônio, via fiofó, por 10 dias, com resultados comprovados em algum país que ninguém sabe nominar. Se não curar, deixa o “buraco da bala” refrescado, pois o Ozônio nas tripas, produz bolhinhas semelhantes as águas com gás.
Quando li as primeiras notícias sobre o assunto, pensei que era algum tipo de trote ou gozação com os habitantes do progressista município, todavia, quando vi a foto da delegação de Itajaí, reunida em Brasília com o Ministro da Saúde, percebi que a coisa era séria.
Bem, seria para quem gosta desse tipo de invasão, eu estou fora.
Dizem, que o tratamento foi muito bem acolhido por parte dos cidadãos locais e que  tem atraído caravanas imensas de municípios vizinhos e de outras partes do país, em busca desse inovador e preventivo programa de combate ao perigoso coronavirus.
Reafirmando o que disse no início do texto, caso seja traído pela sorte, incapaz de expressar minha vontade, esclareço, que sou altamente alérgico ao Ozônio. Aceito qualquer droga, mandinga ou placebo, menos esse tratamento retofuricular.
Que seja feita minha vontade.

José Roberto- 11/08/20


Um comentário:

  1. Como não foi piada, o assunto é sério. Ozônio não! Vamos deixar todo o estoque para os vermelhos.

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