quarta-feira, 25 de março de 2020

QUARENTENA- DIA 10


QUARENTENA- DIA 10

A falta de contato com os netos está doendo. O resto dá até para aguentar, mas a ausência dos pequenos é o maior risco para a saúde dos avós. Banzo insuportável.
Com relação a exercícios achamos uma boa solução, pois temos jogado tênis quase todas as tardes, mantendo sempre uma boa distância, sem cumprimentos efusivos, pois alguns da turma levam o problema do vírus muito a sério, até com certos exageros.
Os casos de neuroses mais extremas são de Juarez, engomadinho, cheiroso, nojentinho, limpinho, que só joga de uniforme branco completo cheirando a naftalina, se recusando ao tradicional papo e degustação de cervas após os duros embates. Termina o jogo, dá adeus de longe e corre para se desinfetar.
Outro, é o Peter Claudião, cara aparentemente saudável, embora deva ter o fiofó constantemente assado, pois adora pedalar em sua bicicleta com micro selin. Gosto não se discute. Também se caga de medo do vírus,  recusando  tomar cerveja nos copos de Miguelito, muito bem lavados, tendo inclusive receio de tocar nas latinhas, pois nesse caso sabe que não as lavei, tendo todos os germes trazidos do supermercado. Nem senta, apesar de mantermos mais de 1 metro de distancia entre nós. O mocinho fica papeando de longe. Claudião é extremamente precavido.
O restante, eu, Miguelito Bichado Mula Manca e Marcelinho Mosquito Elétrico,  encaramos a situação sem exageros, tomando os cuidados necessários sem maiores frescuras. Eu sou o mais esculhambado.
Carlos Kgão também é bastante cismado, aparecendo pouco com a desculpa de trabalho ou de ter que cuidar do filhote. Faz por merecer o codinome.
E assim vamos levando, amenizando as agruras da quarentena.
Voltando aos fatos, gostei do pronunciamento de ontem a noite do Presidente.
Embora contrariando a opinião da maioria, considero abusivas as medidas adotadas por governadores e prefeitos, isolando cidades, impedindo pessoas de trabalhar, intervindo no direito de ir e vir já tão complicado devido a insegurança imposta pelo crime organizado.
O país não pode continuar parado. O custo será imenso. Desemprego, mais trabalho informal, mais impostos, mais mendigos nas ruas, mais crimes e assaltos.
Mesmo estando na faixa de risco, sou a favor de que continuemos levando a vida normal, obviamente com mais cuidados e com muito mais higiene, pois com quarentena ou não, estima-se que 60% da população do país será contaminada pelo coronavírus.
Ora, se o numero de mortes previstas não é superior a das gripes e epidemias anteriores, que mataram muita gente sem que se fizesse tal alarde, sou de opinião que deveríamos correr o risco, pois em situação de “guerra” como estamos, mortes são inevitáveis, efeito colateral que o país poderá suportar.
Não sou insensível. Sei que haverá tristeza e ranger de dentes. Que muitos que se forem farão falta, mas...
Prefiro correr riscos de forma consciente, que continuar nesse marasmo letárgico, prenunciando um futuro de problemas imensos de difícil solução; exigindo ainda mais sacrifícios do povo, que desesperado terá que suar ainda mais para sustentar a classe de privilegiados; políticos, e altos funcionários públicos(juízes, promotores, ministros, etc), que continuarão  recebendo seus gordos proventos em dia, alem de não dispensarem as mordomias e penduricalhos.
Nessa, estou integralmente com Bolsonaro e não abro.

José Roberto- 25/03/20


2 comentários:

  1. Brasília, então, está uma maravilha! O funcionalismo publico está adorando e também os políticos. Deserto total em Brasília. Foda-se o Brasil! Só tem o Bolsonaro e seus ministros, levando chutes de todos os lados, pois fala o que quer e o que surge na sua cabeça, doa a quem doer e a verdade dói! Parar a economia em todo o Brasil é um descalabro. Não somos a Itália, nem a Espanha, bem como não somos a Inglaterra. Sem esquecer que não somos a maior potência do mundo, os EUA.
    O Babaca do Dória parou São Paulo, quando deveria mesmo é parar os velhinhos e os doentes crônicos. Os escritórios dos Bancos estão trabalhando a todo vapor, pois não podem deixar de cobrar as dívidas dos correntistas e dos empresários. Que maravilha! E tem Estado do Brasil que o Corona vírus só estás passeando e quase não encontra ninguém para infectar. Que maravilha!
    E não dá para esquecer o relatório do Banco Mundial de 2017:
    No final do ano de 2017 o Banco Mundial divulgou um detalhado relatório sobre o setor público brasileiro. Eis alguns detalhes:
    Dos 53 países pesquisados, o Brasil, tem a maior diferença entre o salário de um funcionário público federal e de um da iniciativa privada
    Os servidores públicos federais ganham no Brasil 67% a mais do que um empregado no setor privado em função semelhante, com a mesma formação e experiência profissional.
    No resto do mundo, o setor público paga em média "apenas" 16% a mais que o setor privado.
    O quadro do funcionalismo público brasileiro pode ser considerado "enxuto" em relação ao resto do mundo. Ao passo que, no Brasil, 5,6% da população empregada está no setor público, nos países da OCDE este percentual é de quase 10%.
    O alto gasto com funcionalismo público no Brasil não decorre exatamente de um excessivo número de funcionários público, mas sim do elevado custo (altos salários) deles.
    Os servidores públicos são comparativamente ricos no Brasil: 54% encontram-se no grupo dos 20% mais ricos, e 77% estão entre os 40% mais ricos.
    https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,servidor-publico-ganha-67-a-mais-que-o-privado-no-brasil-diz-banco-mundial,70002091605

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