SEM ESPERANÇAS
Já escutei varias vezes amigos dizendo que ando amargo,
irritadiço, sem paciência.
Tentando fazer um exame de consciência isento, pois não é agradável
reconhecer os próprios erros, constato que não tenho motivos para ser otimista
, vivendo num país onde o direito de ir e vir foi abolido por bandidos e
traficantes.
Saudades dos tempos não tão longínquos, há dez, quinze anos,
quando costumava sair para jantar ou ir a um bar com musica ao vivo, lá pela
22,00 horas voltando de madrugada, sem o risco de assaltos ou de ser parado
pela intransigente Lei Seca.
A época do Rio alegre e com a noite bombando acabou.
Restaurantes e bares tradicionais estão fechando as portas
pela ausência de clientes, que já não ousam sair às ruas, pois o perigo espreita
em cada esquina da nossa querida e linda cidade, que já foi maravilhosa.
A degradação e falência do Rio é um espelho do que acontece
com o país, quebrado pela má administração e corrupção ativa e endêmica,
aninhada em todos os órgãos do governo, alcançando gradação máxima no Congresso
Nacional.
O Executivo, liderado por um zumbi morto-vivo enredado em
tramas e roubalheiras, para conseguir uma pequena sobrevida entregou todos os
cargos importantes ao famigerado Centrão, um aglomerado de partidos e políticos
que deveriam sem exceção, estar trancafiados em selas de segurança máxima, em
masmorras individuais nem mesmo como direito a banhos de sol, dado a gravidade
de suas crimes e o mal causado ao país.
O Judiciário, que poderia ser o fiel da balança, foi também
contaminado, pois os membros de nossa mais alta corte são indicados por políticos
corruptos, que deram um jeitinho de acoitarem no importante órgão juízes sem
qualificação, mas fieis a seus patronos e totalmente desprovidos de vergonha,
pouco se lixando a população honesta e trabalhadora, que custeia seus salários nababescos
e mordomias.
Essas “altas excelências” ao invés de aplicar a lei com
rigor, são monumentos da impunidade, sonho de alocação dos processos de corruptos e
malfeitores, o tão cobiçado “foro privilegiado”.
Essa grave deterioração de nossos Três Poderes, segmentos
basilares para a manutenção da ordem e progresso da nação, como não poderia
deixar de ser, reflete em outros setores, inclusive na cultura, nas letras, e
nas artes.
Chegamos a tal extremo, que a musa de nossa musica popular é
uma cantorazinha forjada pela mídia, Anita, com um voz regular, mas um corpão e
um gingado de dar água na boca, sendo também a rainha dos comerciais,
desbancando o topetudo Neymar depois do fracasso na Copa.
O horrível funk, com letras pornográficas, de construção
paupérrrima e com um português de esgoto, é o xodó da mocidade.
Não podemos também esquecer, que a melhor “cantora” do ano
passado, eleita por júris selecionados, foi uma travesti ou transexual chamado
Pablo Vitar, que emite sons roucos e estridentes, mas todos os “entendidos”,
para fugir do rótulo de homofóbicos, afirmam que a voz da “mocinha” e maviosa,
quando não passa de grasnado.
Os ventos de outubro carriados pelas eleições, que poderiam
ser “alísios”, chegarão em forma de tempestades e furacões, pois os candidatos
mais cotadas alem de poucas novidades, são os mesmos do mesmice atual. O único
que eventualmente traria ares de renovação, não tem a menor chance.
Desanimo geral, amplo e irrestrito.
Ao contrário dos versos do poeta Cartola, sinto reconhecer,
que não “Bate outra vez, esperanças em meu coração”.
José Roberto- 27/08/17
Caro Zé Roberto.
ResponderExcluirPlenamente de acordo. Abraço.
Otto.
BOM TER NOTÍCIAS SUAS.
ExcluirAPAREÇA, NEM QUE SEJA SÓ PARA PAPEAR.
ABCS
ZÉ
COMO SEMPRE NA MOSCA ABRAÇO.
ResponderExcluirUM ABRAÇÃO AO VELHO E QUERIDO AMIGO, EXTENSIVO A GLÁUCIA, FILHAS E NETOS E AGREGADOS
ExcluirATÉ QUALQUER DIA.
GIMAEL