segunda-feira, 27 de agosto de 2018

SEM ESPERANÇAS


SEM ESPERANÇAS

Já escutei varias vezes amigos dizendo que ando amargo, irritadiço, sem paciência.
Tentando fazer um exame de consciência isento, pois não é agradável reconhecer os próprios erros, constato que não tenho motivos para ser otimista , vivendo num país onde o direito de ir e vir foi abolido por bandidos e traficantes.
Saudades dos tempos não tão longínquos, há dez, quinze anos, quando costumava sair para jantar ou ir a um bar com musica ao vivo, lá pela 22,00 horas voltando de madrugada, sem o risco de assaltos ou de ser parado pela intransigente Lei Seca.
A época do Rio alegre e com a noite bombando acabou.
Restaurantes e bares tradicionais estão fechando as portas pela ausência de clientes, que já não ousam sair às ruas, pois o perigo espreita em cada esquina da nossa querida e linda cidade, que já foi maravilhosa.
A degradação e falência do Rio é um espelho do que acontece com o país, quebrado pela má administração e corrupção ativa e endêmica, aninhada em todos os órgãos do governo, alcançando gradação máxima no Congresso Nacional.
O Executivo, liderado por um zumbi morto-vivo enredado em tramas e roubalheiras, para conseguir uma pequena sobrevida entregou todos os cargos importantes ao famigerado Centrão, um aglomerado de partidos e políticos que deveriam sem exceção, estar trancafiados em selas de segurança máxima, em masmorras individuais nem mesmo como direito a banhos de sol, dado a gravidade de suas crimes e o mal causado ao país.
O Judiciário, que poderia ser o fiel da balança, foi também contaminado, pois os membros de nossa mais alta corte são indicados por políticos corruptos, que deram um jeitinho de acoitarem no importante órgão juízes sem qualificação, mas fieis a seus patronos e totalmente desprovidos de vergonha, pouco se lixando a população honesta e trabalhadora, que custeia seus salários nababescos e mordomias.
Essas “altas excelências” ao invés de aplicar a lei com rigor, são  monumentos da impunidade,  sonho de alocação dos processos de corruptos e malfeitores, o tão cobiçado “foro privilegiado”.
Essa grave deterioração de nossos Três Poderes, segmentos basilares para a manutenção da ordem e progresso da nação, como não poderia deixar de ser, reflete em outros setores, inclusive na cultura, nas letras, e nas artes.
Chegamos a tal extremo, que a musa de nossa musica popular é uma cantorazinha forjada pela mídia, Anita, com um voz regular, mas um corpão e um gingado de dar água na boca, sendo também a rainha dos comerciais, desbancando o topetudo Neymar depois do fracasso na Copa.
O horrível funk, com letras pornográficas, de construção paupérrrima e com um português de esgoto, é o xodó da mocidade.
Não podemos também esquecer, que a melhor “cantora” do ano passado, eleita por júris selecionados, foi uma travesti ou transexual chamado Pablo Vitar, que emite sons roucos e estridentes, mas todos os “entendidos”, para fugir do rótulo de homofóbicos, afirmam que a voz da “mocinha” e maviosa, quando não passa de grasnado.
Os ventos de outubro carriados pelas eleições, que poderiam ser “alísios”, chegarão em forma de tempestades e furacões, pois os candidatos mais cotadas alem de poucas novidades, são os mesmos do mesmice atual. O único que eventualmente traria ares de renovação, não tem a menor chance.
Desanimo geral, amplo e irrestrito.
Ao contrário dos versos do poeta Cartola, sinto reconhecer, que não “Bate outra vez, esperanças em meu coração”.

José Roberto- 27/08/17


4 comentários:

  1. Caro Zé Roberto.
    Plenamente de acordo. Abraço.
    Otto.

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    1. BOM TER NOTÍCIAS SUAS.
      APAREÇA, NEM QUE SEJA SÓ PARA PAPEAR.
      ABCS

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  2. Respostas
    1. UM ABRAÇÃO AO VELHO E QUERIDO AMIGO, EXTENSIVO A GLÁUCIA, FILHAS E NETOS E AGREGADOS
      ATÉ QUALQUER DIA.
      GIMAEL

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