quinta-feira, 9 de abril de 2015

TERCEIRIZAÇÃO

TERCEIRIZAÇÃO

Por princípio e convicção, sou contra tudo o que o PT prega e defende, mas no caso da terceirização, sou obrigado a concordar ao menos em parte, com as idéias desses corruptos destrambelhados.
De uns tempos para cá virou modismo terceirizar um pouco de tudo, inclusive funções e atividades essenciais que deveriam ser exercidas por titulares habilitados da própria empresa.
Temeridades, que adotadas afoitamente no embalo do modismo, podem comprometer o desempenho, a reputação e os resultados da empresa ou conglomerado.
Quem como eu trabalhou e trabalha no Setor Elétrico desde há muito, acompanhou esse insinuante tendência, que começou corretamente, terceirizando-se as obras de construção de usinas, redes de transmissão e distribuição, depois estendida levianamente a manutenção, leitura, entrega de contas, ligações, inspeções, e até ao atendimento a consumidores que se despersonalizou, funcionando como um tipo de telemarketing.
Jamais concordei com terceirização de atividades essências das concessionárias de energia elétrica, tais como faturamento, medição, inspeção, ligações novas e até mesmo a manutenção, pois é imprescindível que a empresa tenha um corpo técnico competente, para fiscalizar, acompanhar e supervisionar as obras e serviços contratados.
Com a evolução da informática que permite a emissão e entrega da conta, simultânea a leitura dos medidores, entendo que essa atividade também deveria ser executada por funcionários próprios da concessionária, que teriam mais sensibilidade para detectar eventuais discrepâncias e suspeitas de fraude.
A terceirização pode ser muito saudável em algumas atividades, tanto no setor público quanto privado, mas é a porta de entrada para a corrupção e grandes trambiques.
São justamente nos contratos de prestação de serviços firmados com empreiteiras, que surgem a oportunidades das comissões escusas, dos “por fora”, dos adendos, dos percentuais para partidos ou grupos de espertalhões.
O mesmo acontece nas empresas particulares, talvez em menor escala, porem sempre existe a chance do condutor do processo levar aquela vantagem secreta, ganhar brindes e viagens ao exterior, em companhia da mulher ou de um harém de popozudas.
Acredito, que algumas concessionárias terceirizaram até o atendimento telefônico, fechando por medida de “economia” diversas agências e postos de atendimento físico, privilegiando-se o atendimento virtual.
Ser atendido por esses analfabetos que mal sabem o que é kw, kwh e outras grandezas elétricas é um descalabro,
Já tive a oportunidade de sofrer e perder meu tempo tentando conversar com esses debilóides.
O Setor Elétrico é o exemplo típico dos riscos e do mau emprego da terceirização, pois está totalmente desmoralizado, piorando sensivelmente a qualidade da prestação de serviços, com os valores das tarifas em níveis insuportáveis.
Como se diz no interior: “Assim, não há cu que agüente!”
A terceirização é realmente um perigo, pois existe até marido terceirizando suas obrigações matrimoniais, não ganhando nada alem de chifres, os conhecidos “cornos mansos”.


José Roberto- 09/04/15

2 comentários:


  1. Muito bem colocado o seu texto, pois a terceirização excessiva implica em vários riscos, que podem mesmo comprometer a saúde de qualquer empresa.
    Concordo que no Setor elétrico, a tendência trouxe mais perdas que ganhos, principalmente para os consumidores, que no final, pagam o pato e a tarifa alta.

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  2. Bem, a Dilma já está terceirizando o seu governo, pois está passando "tudo" para do PMDB. A terceirização realmente é um perigo se ela for muito ampla. É exatamente o que querem os políticos, pois abrem novas portas para as propinas. Aliás, quem diria até a CUT está terceirizando, pois terceirizou o protesto contra o projeto de lei que amplia exatamente a possibilidade de terceirizar a mão de obra em empresas públicas e privadas.Para fazer número na manifestação de terça (7), a CUT pagou cachê de R$ 45, além de haver fornecido lanche, boné e camiseta (ou colete), com inscrição da entidade, para as pessoas pobres recrutadas na periferia de Brasília.

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