FELIZES COINCIDÊNCIAS

FELIZES COINCIDÊNCIAS

Político tem realmente muita sorte.

Talvez ainda lembrem do deputado João Alves, um dos “Anões do Orçamento”, que ganhou na loteria federal e esportiva umas 500 vezes.

Cabra com uma sorte danada, pois com o dinheiro desviado, comprava os bilhetes premiados com pequeno ágio, e deixava a grana limpinha, livre de impostos.

Atualmente, no caso Lava Jato, que esparramou merda por gente grossa, políticos e empresários, a sorte e as coincidências começaram a caminhar lado a lado quando o ministro Toffoli, se bandeou de Turma no STF, compondo o grupo dos cinco juizes, encarregados de julgar o maior roubo de nossa história.

O relator do processo, ministro Teori “Suvaco de Cobra” Zawaski, no Mensalão já havia demonstrado sua simpatia para com os membros do PT.

Como o reforço oportuno de Toffoli, só faltava um para fechar a defesa e conduzir o julgamento de acordo com desejos superiores.

Bastou a Revista Veja publicar uma bombástica reportagem, mostrando que o sítio do filhinho do Mula, ex-catador de bosta do zoológico paulista, ou mesmo do papai, comprado por laranjas azedas, tinha sido rápido e secretamente reformado pelo amigão e diretor de uma empreiteira, por acaso preso em Curitiba há seis meses, e em vias de soltar o verbo, para ocorrer mais uma dessas felizes coincidências, só possível no país da fantasia e corrupção criado pelos petistas.

Dessa vez não adiantou o nosso xerife e digno representante da lei, Sérgio Moro espernear, justamente quando estava para conseguir novas delações, pois mais fezes seriam lançadas no ventilador.

Os bandidões levaram a melhor, conseguindo transferência para prisão domiciliar, com a complacência do relator, Teori Suvaco, do petista Toffoli e do indecifrável Gilmar Mendes, que joga nos dois times, ficando sempre em cima do muro.

Gilmar pensa que dá uma de esperto, pois diz o diabo do Petrolão, do grande assalto aos cofres públicos, mas concede o voto de Minerva, livrando os corruptos da cadeia. Só engana, quem quer ser enganado.

No conforto de suas suntuosas residências, esses diretores e membros do “clube” que esfolou a Petrobras e outras empresas públicas, poderão tramar com tranqüilidade esquemas e ajudas sub-reptícias a boa sorte, sempre com a inestimável ajuda das “verdinhas”.

Sorte é para quem pode, pois “quem pode, pode, quem não pode se sacode”.

Nada como ser bafejado pela boa sorte e por felizes coincidências.

“A sapo barbudo, um dia sua lagoa a de secar”(praga rogada pelo Zé).

José Roberto- 29/04/15