segunda-feira, 27 de abril de 2015

CONSELHOS PARA MANTER A MEMÓRIA AFIADA

CONSELHOS PARA MANTER A MEMÓRIA AFIADA

Durante esses anos todos, devo ter escrito umas dez vezes sobre problemas de memória, que costumam infernizar a vida dos que cruzaram o portal da “terceira idade”.
Por conta desses textos, inclusive do último, tenho recebido ao longo do tempo, diversas sugestões e conselhos para manter a cuca azeitada.
Selecionei as mais importantes e pitorescas, numa tentativa de repartir com meus minguados leitores, os frutos dessa prazerosa experiência.
-Um amigo médico que afirma entender do assunto, me receitou comprimidos de Hydergine,  que segundo ele, tem o preço meio salgado, mas e um bom aditivo cerebral.
Como não sou chegado ao uso de remédios, nunca provei, mas repasso a sugestão.
-Outro amigo, mais chegado as coisas naturais, me receitou homeopatia, aquelas bolinhas minúsculas que deveriam ser engolidas de três em três horas, durante todo o dia.
A grande dificuldade e acertar o despertador e ajustá-lo ao nosso ritmo. Quem agüentar esse martírio mais de uma semana, pode se considerar um vencedor.
Não sei  se haverá melhorias para a memória, mas se não fizer bem, homeopatia mal não faz.
-Um conhecido ligado a coisas esotéricas me recomendou um pai de santo da baixada, que alem de fazer despachos infalíveis a preços módicos, fornece ao freguês uma “garrafada” a base de catuaba, que é tiro e queda. Deixa o cara tinindo!
Sei não!!!
Pelo que tenho visto no beco da macumba, os despachos andam em baixa, bem mixurucas e raros.
Ou não estão dando certo, ou a crise realmente atingiu os terreiros.
Outro detalhe: sempre soube que a catuaba era uma “energizante” das partes baixas masculinas, reativando a memória do “gigante adormecido”.
Não sabia que funcionava também, ativando a “cabeça de cima”.
Fica aqui a sugestão.
-Um outro, católico carola que já transitou por diversas religiões, me receitou uma novena, que rezada diariamente durante os nove dias regulamentares, milagrosamente, dá uma turbinada no cérebro.
Essa até que tentei, mas não passei do segundo dia, pois se não funcionou para a memória foi um ótimo sonífero.
Bastava iniciar a reza para cair no sono.
-Por último(é obvio que existem muitas outras, mas não quero me alongar em demasia), um velho parceiro do tênis, me recomendou uma forma infalível de aguçar a memória: sempre que precisa fazer algo importante, amarra um barbante fininho no pulso esquerdo.
Achei uma boa idéia e perguntei se realmente funcionava.
Meu amigo afirmou que era uma providência porreta, olhava para o pulso e sabia que tinha que fazer alguma coisa.
Apenas não conseguia lembrar da “missão impossível”.
Quebrava a cuca e passava um tempão tentando adivinhar o porque, daquele danado barbante amarrado no braço.
Não resolvia nada, mas pelo menos distraia e ajudava a passar o tempo.
O nosso problema, dos que já dobraram o “Cabo da Boa Esperança”, na real, nada tem a ver com perda de memória.
Acontece, que com nossa longa vivência, estamos sobrecarregados com terabites de informação e obviamente processá-las, requer tempo maior, pois nossos “chips” são mais antigos, porem, ainda funcionam a contento.
É nisso que devemos acreditar.

José Roberto- 27/04/15





Um comentário:

  1. Tem coisa que a memória não esquece:
    O senador Áureo Mello passava o Carnaval de 1994 no Rio de Janeiro, na casa da família do poeta J.G. de Araújo Jorge. Certo dia foi surpreendido pela famosa foto, nos jornais, de Itamar Franco com a modelo Lílian Ramos, no Sambódromo. Ela vestia só uma camiseta, sem nada por baixo.

    - Que papelão o Itamar fez na avenida... – comentou um amigo do senador.

    Áureo Mello ajeitou os óculos, aproximou o jornal do rosto e pilheriou:

    - Meu Deus! Se não me falha a memória, isto aí é a dita cuja.

    O senador tinha boa memória.

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