quinta-feira, 17 de julho de 2014

PORTOS, PONTES E PINGUELAS

PORTOS, PONTES E PINGUELAS

Estamos cansados de saber que nosso governo petista é pródigo com os camaradas cubanos, bolivarianos e republiquetas sanguinárias da África, investindo sem dó nossa suada grana, sem perspectivas de retorno,  ou perdoando dívidas em troca de apoio, em suas frustradas pretensões de ser incluído como membro efetivo do Conselho de Segurança da ONU.
O porto de Mariel, em Cuba, é o exemplo clássico do esbanjamento de dinheiro sem qualquer resquício de lógica.
Atuando na surdina, a revelia dos órgãos de controle interno, ainda sob tutela do Batráquio apedeuta, o alto comissariado petista,  investiu nesse moderníssimo porto ao longo de seis ou sete anos, quase um bilhão de reais.
Um porto ultra-moderno sem ter o que exportar, a não ser médicos cubanos, que se formam aos milhares, e também charutos e rum, cuja produção anual poderia ser acondicionado em algumas dúzias de conteiners.
Desperdiçou em Cuba, o que deveria ser aplicado aqui no Brasil, onde nossos portos necessitam de melhorias urgentes.
Para desviar a atenção dos incautos e alardeando com muita propaganda os esforços para melhoria de nossa infraestrutura portuária, aplicou na modernização do porto de Natal, 72 milhões, migalhas perto da aventura cubana.
Numa demonstração soberba da nossa capacidade de planejamento, o porto foi projetado para receber até 3.500 passageiros/dia, porem, os cérebros idealizadores da obra, esqueceram de um pequeno detalhe.
O acesso para o novo terminal exige que os navios passem sob uma ponte, cujo vão máximo é de apenas 50 metros de altura.
Acontece, que qualquer transatlântico moderno, tem altura bem superior, sendo impedidos de navegar sob essas águas.
Para utilizar o terminal, terão que fazer baldeação com canoas, pois a derrubada da ponte está fora de cogitação, devido sua localização estratégica para a cidade.
Essa piada de mau gosto me fez lembrar de alguns fatos ocorridos em Piracicaba,  “ a long time ago”.
O prefeito da cidade era um empresário semi-analfabeto, mas esperto, bem sucedido e empreendedor, Luciano Guidotti, que foi sem sombra de dúvida, um dos melhores administradores da Noiva da Colina.
Em sua primeira gestão, canalizou o riacho do Itapeva, que cortava e dividia a cidade, transformando-a em uma bela e sinuosa avenida.
Ficou célebre sua atitude, quando disputava com o governo do estado, a desapropriação do antigo terreno da Estrada de Ferro Sorocabana.
Visitando o local onde a nova estação rodoviária seria construída, na marra, deparou-se com o agrimensor tomando as medidas com o teodolito,  demorando para definir os pontos de estaqueamento.
Não se fez de rogado!
Riscou o chão com o calcanhar em toda a extensão, delimitando a área onde as obras deveriam ser executadas.
A rodoviária foi construída e a briga com o estado prolongou-se por muitos anos, com o terreno sendo finalmente doado a prefeitura.
Num segundo mandato, com verbas fartas oriundas do FPM, IPI e ICM, pois a cidade crescia e se industrializava, resolveu suprir uma das carências locais.
A cidade tinha apenas uma ponte que dava acesso a Vila Rezende e a margem direita do Rio Piracicaba.
Reformou a ponte existente, construindo em lugares chaves, mais duas ou três, que facilitaram as rotas de acesso e a mobilidade urbana.
Meses depois, recebendo a visita de um representante graduado do DAEE, órgão estadual responsável pela fiscalização dessas obras, acompanhou pessoalmente o dignitário na vistoria das pontes.
Olhando a cara azeda do inspetor, que considerou baixo o vão livre entre a ponte e o leito do rio, deixou escapar essa pérola: “as pontes foram feitas para passar água em baixo e não corno”.
O fiscal escafedeu-se nunca mais dando bandas pela cidade e as pontes continuam firmes e úteis até hoje.
Saudades dos bons tempos, onde havia ainda uma boa safra de políticos honestos.

José Roberto- 17/07/14



2 comentários:

  1. Otimas lembranças de Luciano Guidotti que foi mesmo um grande prefeito, não um político, mas um empresário. semi-analfabeto, que dedicou parte de seu precioso tempo para lutar pela modernização de Piracicaba.
    Hoje não existem mais pessoas desse tipo, apenas políticos que querem meter a mão na grana pública.

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  2. Este tipo de prefeito já tivemos em várias cidades do Brasil, e olha que naquele tempo não existia tanto controle assim das verbas. Hoje, com todos os controles que temos, a roubalheira é geral e em todos os níveis da administração pública.

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