terça-feira, 22 de julho de 2014

DEBANDADA NO CONGRESSO

DEBANDADA NO CONGRESSO

Se durante a Copa já era difícil encontrar um congressista em Brasília, atualmente, com as eleições se aproximando, a debandada foi plena, geral e irrestrita.
Nossos lídimos representantes retornam a suas bases(esconderijos), para se reunir com os membros de suas gangues, traçando planos para a reeleição, pois o que mais temem, é perder essa grande mamata.
Nesses meses que antecedem a eleição, os candidatos fingem que gostam de se aproximar do povo, renovando suas falsas promessas, prometendo descaradamente ainda mais, mundos e fundos, distribuindo sacos de feijão e de farinha nas periferias, pendurando todas essas farras e negociatas, nas generosas verbas de representação e outros penduricalhos.
Nessa pré temporada, os candidatos estouram limites de todas as verbas, cobertas com notas frias de postos de gasolina, assessorias fantasmas e outros golpes corriqueiros.
Ao menos, com a ausência desses espertalhões, o ar de Brasília torna-se mais respirável, e até mesmo aquela pretensa baixa umidade deixa de incomodar, sem o volume adicional de sanguesugas.
O risco fica por conta dos privilegiados, funcionários das duas “Casas da Mãe Joana”, Senado e Câmara, que normalmente não fazem nada, mas nesse período ainda mais ocioso, tendem a exagerar no volume de horas extras, pois “coçam o saco em dobro”.
A debandada tem seu lado positivo, pois partindo para seus redutos, os políticos se dispersam, lutando cada um por seu próprio interêsse, como de costume, deixando um vácuo na aplicação dos grandes golpes de alcance nacional.
Passam a trambicar no varejo, causando menos danos a nação e ao erário, ao contrário do que fazem quando estão na capital federal, onde o caldo engrossa, o butim é de alto escalão, sobrando a conta para o ferrado contribuinte.
Sempre sobra para o contribuinte, variando apenas a intensidade da escala e do gravame.
Nessa época, um alívio para o turista, que pode visitar Brasília sem maior temores, passar pelo Congresso e esplanada dos ministérios sem a preocupação de ficar com a mão no bolso segurando a carteira.
Com meu kow how aqui do Rio e com algumas precauções adicionais, talvez até me anime a visitar o mano na Capital do Pecado.

José Roberto- 22/07/14





3 comentários:

  1. Concordo plenamente com seu texto, pois com o Congresso fechado, menos maracataias são tramadas.
    Brasília fica realmente mais simpática com essa deflação de políticos.

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  2. Congresso fechado deveria ser estendido ate o inicio da nova legislatura, pois essa ja nao interessa nem aos proprios legisladores. Pena que nao ha economia, pois todos continuam recebendo o mesmo sem nenhum desconto por ausencias ao trabalho ou nas verbas malocadas. Precisamos mudar esse quadro com as proximas eleiçoes . Quem viver verá!!!

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  3. Os Deputados e Senadores já estão treinando para quando o Decreto 8243/2014 estiver mesmo em vigor. Assim, como tudo indica, eles serão postos de escanteio, pois o decreto pretende substituir a democracia das urnas pela democracia dirigida pela presidenta, com os seus conselheiros escolhidos no PT. Que DEUS nos acuda!

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