quarta-feira, 31 de julho de 2013

VOCÊ CONFIA NOS LABORATÓRIOS?

VOCÊ CONFIA NOS LABORATÓRIOS?

A invenção dos genéricos foi um marco na história farmacêutica do Brasil, que se estendeu para o mundo todo.
Graças a iniciativa do anêmico José Serra a frente do Ministério da Saúde, patentes foram quebradas e pequenos laboratórios nacionais começaram a produzir remédios mais baratos, para as inúmeras doenças que nos afligiam.
Todavia, ainda existem médicos que recusam receitar genéricos e milhões de pessoas que preferem pagar mais, comprando o medicamento original.
Pertenço a ala que acredita no genérico, confiando na fiscalização do governo e na idoneidade dos nossos laboratórios, se bem que a maioria, já foi incorporada pelos multinacionais estrangeiros.
O problema são os “similares”, produzidos por pequenos e desconhecidos laboratórios, que os atendentes das farmácias tendem a nos empurrar, pois são comercialmente mais vantajosos aos proprietários dessas biroscas.
Com os similares é preciso realmente ficar com um pé atrás.
Toda essa introdução foi feita para acentuar um fato estranho e suspeito que está acontecendo em nosso país.
Minha caçula está prestes a dar a luz.
Aguardamos com ansiedade a chegada de Letícia, que conhecerá os avós agora, no inicio de agosto.
Seguindo integralmente o roteiro de mãe de primeira viagem, minha filha marcou consulta com o pediatra, que irá acompanhar o nascimento e terá a honra de assistir minha neta nos primeiros anos de vida.
O médico, que deve ser muito bom, pois por essa consulta inicial, sem ver a criança cobrou 800 pratas(imagino o preço quando tiver que examiná-la), recomendou que os pais, avós e todos os mais próximos de Letícia, tomassem novamente a Vacina Tríplice(Difteria, Tétano e Coqueluche), pois nos primeiros meses, a Coqueluche que reapareceu no Brasil, é muito perigosa aos recém nascidos.
O médico informou que a Coqueluche já estava erradicada em nosso país, mas havia ressurgido nos Estados Unidos e por conseqüência, retornado indevidamente à nossa terra.
Explicou, que antigamente a Vacina Tríplice imunizava por um longo período, praticamente pela vida toda, porem, sua aplicação causava reações alérgicas, dores e até mesmo febre.
Os espertos Laboratórios americanos, para “aliviar o sofrimento” dos vacinados, desenvolveram uma vacina mais leve, com menos reações colaterais, apenas com um pequeno detalhe, o tempo de sua eficácia foi bastante reduzido.
Dessa forma, para felicidade geral dos Laboratórios, a produção da vacina que estava em franca decadência, devido sua erradicação nos paises civilizados, voltou a plena carga, com aumento de produção e principalmente do faturamento.
Assim, por absurdo que pareça, essas doenças ressurgiram nos Estados Unidos e por tabela, nossos viajantes as reintroduziram em nosso país.
Uma história difícil de engolir, porem, quando assistimos filmes teoricamente de ficção, mostrando a espionagem industrial, a trama, corrupção e assassinatos, em busca e defesa de formulas e patentes, chegamos a conclusão de que “há um fundo de verdade” nessas disputas, fundamentadas no busca do maior lucro possível.
Os grandes laboratórios investem bilhões em pesquisas, mas esperam trilhões de retorno e evidentemente, atropelam os que obstruem seus caminhos.
Ainda ontem foi noticiado, que a filha recém nascida do ex-bilionário Eike Vendedor de Sonhos Batista, com a segunda mulher, foi acometida por Coqueluche e que estava tendo o acompanhamento médico necessário.
Péssima notícia para os pais e parentes, mas ótima para os laboratórios.
Abordei um tema sobre o qual sou completamente leigo, mas que a curiosidade, dúvidas e desconfiança, nos leva a pensar que “existe algo de podre no reino da Dinamarca”.

José Roberto- 31/97/13








2 comentários:

  1. Também não confio muito nos genéricos, mas as vezes, somos forçados a essa opção pela diferença imensa dos preços.
    Essa historia que você abordou, realmente nos leva a pensar no assunto.
    Esses grandes laboratórios só pensam mesmo no lucro a qualquer preço, mesmo de vidas humanas.

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  2. Por acaso, ontem comentando com meu medico, ele me afirmou que por portaria de ANVISA ou outra similar, o remedio generico, para assim ser chamado, deve conter no minmo 80% do principio ativo do remedio. Ja viu que nenhum laboratorio vai oferecer 100% e nos ficamos com um tratamento 80% do necessario !!!

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