segunda-feira, 1 de julho de 2013

CONTRASTES CHOCANTES

CONTRASTES CHOCANTES

Espetacular a vista aérea do Maracanã, ungido de verde e amarelo comemorando a vitória do Brasil.
Novamente errei feio.
Teria apostado até as calças na Espanha, cujos craques pelo jeito, exageraram  na feijoada, entrando em campo meio frouxos e baleados.
Queimei a língua com o “poste” Fred, que jogou bem, se mexendo em campo ao contrário dos jogos anteriores. Acredito que tenha descalçado a chuteiras de chumbo, vestindo as de prata, que valem ouro, pois gols contra o Haiti deveriam ter peso negativo(não é mesmo Fernando Torres?).
Devo estar sofrendo terrivelmente da vista, pois continuo achando Paulinho um enganador de primeira, perna de pau de apenas uma ou duas boas jogadas por partida. Ainda bem que está nos deixando, negociado a peso de ouro por um empresário espertalhão e um presidente de clube ainda mais esperto.
Mas quero mesmo falar do Maracanã, estádio maravilhoso, construído com o suor do povo brasileiro, estourando o orçamento previsto em mais de cinqüenta por cento.
Orçado em 800 milhões, custou 1.200, noves fora as obras do entorno, de valor ainda incalculável.
Serve de consolo lembrar, que o estádio de Brasília, que nem time de futebol decente têm, orçado em 500 milhões, custou o triplo(1.500 milhões).
Atendendo exigências descabidas da Fifa, estamos desperdiçando mais de 12 bilhões, em doze mega estádios, um terço dos quais ficarão as moscas, após os jogos de 2014.
Vendo toda aquela alegria e beleza no Maracanã, me lembrei na hora dos pobres coitados, que naquele exato momento deveriam estar sofrendo e agonizando nas filas dos hospitais públicos, bem próximos ao estádio.
Quantos estirados em colchonetes pelos corredores fétidos , aguardavam atendimento medico, uma cirurgia de emergência, um remédio para aliviar as dores?
Sofriam resignados, pois os poucos médicos que não faltaram ao plantão, estavam exaustos com a carga extra de trabalho, sem mencionar os equipamentos quebrados que impossibilitavam exames mais acurados e a tradicional falta de medicamentos e acessórios complementares.
Ao mesmo tempo que a torcida enlouquecida no Maracanã, comemorava aos gritos os gols brasileiros, brasileiros de segunda classe, derramavam nos hospitais sombrios, lagrimas amargas pelas dores do corpo e da alma.
O mesmo pobre, que equivocadamente venera Lula e Dilma pelo “bolsa esmola”, se tivesse um mínimo de lucidez, deveria desprezar esses dois políticos populistas que enganam o povo com migalhas, ao invés de propiciar melhorias nos serviços essenciais, condenando os mais necessitados a eterna indigência.
Se nossos políticos e governantes tivessem vergonha na cara, 1(hum) bilhão seria mais que suficiente para reformar os melhores estádios existentes no país. Oito como praxe, ao invés dos doze exigidos pela Fifa e sua corja de corruptos, que sairão com as malas cheias de grana, deixando-nos um porrilhão de dívidas.
Convém esclarecer, que segundo a terminologia da mafiosa Fifa, o correto é grafar “arenas” ao invés de estádios.
Terminologia realmente bem oportuna, pois deveriam colocar nessas arenas a classe média, se digladiando para pagar com seu suor, o aumento da carga tributária que se fará por vir.
Segundo consta, dez das doze “arenas”, já foram ou estão em fase de terceirização.
Conforme a praxe reinante, grandes empresas se uniram para administrar e usufruir por longos anos, dos eventuais ganhos propiciados por esses monstrengos maravilhosos.
O custo astronômico das obras superfaturadas, também como de costume, ficará a nosso cargo.

José Roberto- 01/07/13




2 comentários:

  1. Que os estádios, ou melhor, as arenas, ficarão lindas não há duvidas.
    O duro será aguentar a conta.
    Tanto dinheiro que poderia ter sido muito melhor investido em hospitais e escolas.
    Não precisamos de arenas, mas de serviços públicos de qualidade decente.

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  2. Custou mas você falou bem do Fred, o melhor centro avante do mundo.
    Neymar e o resto são coadjuvantes.
    Temos que ter belas arenas para acolher nossos craques, pena, que as nossas sejam super, super , superfaturadas.

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