quarta-feira, 24 de julho de 2013

PEDRAS PORTUGUESAS

PEDRAS PORTUGUESAS

Impressionante a foto de Beatriz Segal, estampada da Coluna do Ancelmo de hoje.
A ótima atriz que está completando 87 anos, aparece com lado direito da face bem machucado e o olho, alem de roxo, totalmente fechado.
Fruto de uma queda numa das ruas do Baixo Gávea, das muitas pavimentadas com as perigosas pedras portuguesas.
Malditas pedras portuguesas!!!
Que me perdoem os patrícios, mas essa invenção é mesmo coisa de portugueses.
Pode até funcionar bem na “Terrinha”, pois executam a instalação e manutenção com esmero, porem, aqui no Brasil, no Rio em especial, que adotou esse padrão como postura, na zona central e principais bairros, instalou-se uma armadilha.
Andar pelas ruas da cidade sem olhar para o chão é temeridade.
Não apenas pelo risco de “queimar o pé” pisando em cocô de cachorro, mas principalmente por travar o calcanhar num desnível na calçada, buracos e ondulações pela falta ou excesso dessas pedras demoníacas.
Esse risco e triplicado para as mulheres, que ousam desfilar com saltos altos ou nessas horríveis e imensas plataformas que estão na moda.
Para os velhos é armadilha mortal.
As calçadas cariocas com manutenção precária, transformaram-se em  “corredor polonês” para os velhinhos e poucos escapam ilesos dessas emboscadas.
Da até para cismar, que nossos administradores públicos sejam sócios das Clínicas de Ortopedia e Fisioterapia, pois as baixas diárias entre o pessoal da “melhor idade” são imensas. Um enorme contingente de braços quebrados, tornozelos torcidos, cabeças rachadas, meniscos rompidos, ligamentos comprometidos, dedões roxos, unhas arrancadas, etecetera e tal.
Se essa invenção de nossos descobridores já teve dias melhores em nossa terra, não é coisa do meu tempo.
Desde que há muito, os portugueses, especialistas na área, deixaram de executar esses serviços, dedicando-se as padarias e botequins, as ruas do Rio tornaram-se esse caos desastroso.
Não dá para entender como nossos administradores, insistem em manter essa situação de periculosidade constante, já que não existe mão de obra gabaritada para lidar com essas irritadiças pedras.
Talvez, se pensarmos um pouco, até que dá para entender.
Um só anda de helicóptero, o outro, de carro oficial.
Assim fica moleza enfrentar as calçadas sinuosas e movediças do Rio.
Costumo sempre lembrar, que “velho morre de queda ou caganeira”.
Será que a prefeitura pretende ampliar o número de cemitérios, já que os túmulos no Rio valem uma nota preta?(o palmo quadrado mais caro do mundo).
Talvez seja esse o real motivo para estado deplorável das nossas calçadas.
O velhinhos que se cuidem.
Todo cuidado é pouco.


José Roberto- 24/07/13

2 comentários:

  1. Impressionante a foto.
    Ela se estrumbicou toda.
    Essas malditas pedras portuguesas tem mesmo que serem eliminadas de nossas calçadas, pois como você bem frisou, são armadilhas a nossa espreita.
    Basta uma pequena distração para se ferrar!

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  2. Já presenciei e socorri pessoas que tiveram quedas imensas nas ruas internas de Copacabana, todas com essas malfadadas pedras.
    Se a prefeitura não tem competência para mante-las alinhadas, deveria acabar de vez com essas armadilhas.
    Você está coberto de razão.

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