77 POR CENTO

77 POR CENTO

Segundo o Ibope, Dona Dilma vai muito bem.
Melhor avaliada que seu inventor, com o mesmo tempo de
governo.
Apesar de não botar muita fé nessas pesquisas, reconheço,
que Dona Dilma, mesmo realizando muito pouco, foi bem melhor que o Batráquio em
seus oito longos anos.
O grande handicap de Dona Dilma, é reconhecer suas
limitações em oratória, e falar muito menos que o palrador antecessor, o qual
não se incomodava em ofender a língua e nossos ouvidos.
Dona Dilma fala pouco, mas precisa tomar cuidado para não
falar besteiras como andou “hablando” pela Europa, em especial na Alemanha,
onde levou o troco da “taluda” Ângela Merkell.
Voltemos ao setenta e sete por cento.
Desde sua posse, a Presidente se limitou a higienização de
seu imenso ministério, escafedendo com uma meia dúzia de corruptos herdados do
“monarca” anterior.
As obras do PAC, da qual era a “Mãe”, estão mais empacadas
que jegue na subida do morro com excesso de carga. No último ano, não foram
executados nem 10% do previsto.
As águas do São Francisco continuam no leito original, a
Ferrovia Norte-Sul continua fora dos trilhos, a grandes hidrelétricas estão com
seus cronogramas altamente defasados, os projetos de saneamento não saíram das
pranchetas, as estradas continuam esburacadas, o PAC avança a passos de
tartaruga.
Sem entender de estatística, percebo a ambigüidade da
pesquisa. Ao mesmo tempo em que apura recorde de aprovação da Presidente, acusa
elevados índices de insatisfação com a saúde, educação e segurança.
Situação esquisita. Num país em que as atividades básicas de
responsabilidade do governo funcional muito mal, a responsável recebe notas
elogiosas.
Essa pesquisa deve ter sido feito com beneficiados pelo
Bolsa Família e afins, pois realmente na área social, o governo mesmo com alguns
desvios tem acertado, melhorando as condições de vida da população pobre,
embora sob o risco de viciá-la nessa dependência.
O atraso nas grandes obras do PAC e na falta de
investimentos em infraestrutura, principalmente conservação das estradas, talvez
se justifique pelas exigências da Copa e Olimpíada, pois estamos gastando
bilhões em estádios que após os jogos serão entregues as moscas.
A única cidade que levará vantagem com esses eventos será o
Rio de Janeiro, palco principal dos acontecimentos.
O país como um todo, levará uns cinco anos para se recuperar
desse desperdício e do desvio de recursos, canalizados para obras sem a mínima
importância e para o bolso dos empreiteiros, sempre com a ajuda dos políticos.
Essas medidas emergências anunciadas com alarde, como corte
setorial de alguns impostos, redução da taxas de juros praticadas pela CEF e
BB, linha de credito adicional ao BNDES para financiar a industria, tudo fogo
de palha, pois quem acaba pagando a conta no “frigir dos ovos” somos nós, os contribuintes,
não os beneficiados pelas bolsas e que influem diretamente no resultado das
pesquisas.
Garanto que na próxima, Dona Dilma ultrapassa com folga os
oitenta por cento.
É isso aí!!!
O governo vai muito bem, nós e que vamos mal.

José Roberto- 09/04/12