quinta-feira, 31 de março de 2022

RUMO A CARAVELAS


 

RUMO A CARAVELAS

 

Não posso afirmar que seja a mesma ansiedade de 40 anos atrás, quando ficava roendo as unhas e dormindo desassossegado, aguardando o dia e a hora em que partiríamos para nossos mergulhos em Caravelas-BA.

O dia finalmente chegou.

Estou ansioso, porem mais contido, pois a idade é uma espécie de calmante, embora minha mulher continue me gozando, afirmando que se ela deixasse, já estaria na frente do prédio, aguardando a chegado do meu sobrinho, prevista para 18,00 horas.

Mochila pronta, necessitando apenas de uma revisão, pois todos os apetrechos para mergulho e caça já estão na confortável casa de Yelloow,  no litoral sul da Bahia.

Acredito que Ricardo, que deverá sair de Itanhaém por volta das 12,00 horas, venha acompanhado de  Chupeta, ex-chefão dos Correios do Litoral Paulista, aposentado e barrigudo, com tendências esquerdistas,  que tenta disfarçar na minha presença, sabendo da intolerância que tenho com os quadrupedes que ainda acreditam em Mula, o maior ladrão  e mentiroso das galáxias(copiado da Anta ao elogiar o prefeitinho merdinha, Eduardo Paes).

Acredito que o restante da turma será a mesma de sempre, sobrinhos, sobrinhos netos, e mais um ou dois amigos, além do fiel escudeiro Waguinho, pau para toda obra,  que sempre acompanha Ricardo em suas empreitadas.

Passar  mais de uma semana num local aprazível, longe das chatíssimas notícias do dia a dia, comendo peixes e camarões frescos, preparados no capricho por meu sobrinho, mestre cuca de mão cheia, além de tomar cervas e caipirinhas a granel, rodeado de amigos, não tem preço.

É a verdadeira injeção de ânimo que tanto precisamos, refrescando a cuca, esquecendo temporariamente os problemas, conversando apenas sobre coisas leves e debatendo sobre nossos “grandes feitos”, tanto em mar quanto em terra.

 

É um balsamo em nossas agitadas vidas, tentando sobreviver em nosso país fodido, pio ainda, num ano de eleições, com todas ameaças que nos cercam.

Justamente isso que queremos temporariamente esquecer.

Comentários e aspectos relevantes sobre essa aventura ficam para o próximo texto, sempre igual(segundo D. Regina), mas sempre diferente para os que dela participam.

Já estou quase pronto para descer e esperar meu sobrinho.

Caindo na mesmice, sou forçado a terminar com a frase usual:

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 31/03/22

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