terça-feira, 22 de março de 2022

EU, MINHA FAMÍLIA E OS ARTISTAS


 

EU, MINHA FAMÍLIA E OS ARTISTAS

 

No final de semana, li rapidamente uma reportagem sobre a cantora Simone, que anda sumida desde que acabaram com as festividades de Natal e Ano Novo na Lagoa, bem em frente ao nosso apartamento, quando tocava sem parar “Então é Natal”.

A “Cachorra”, como a chamávamos carinhosamente em nossa casa, desde que a ouvi pela primeira vez cantando “...estava solta a CACHORRA, que mete os dentes e não late...), apareceu numa foto, inteirona, aos 72 anos dizendo estar “cheia de tesão” , dando continuidade a carreira.

A cantora fez algumas confissões secretas, dizendo que chegou a pensar a ter um filho com Toquinho, que talvez nem tenha tomado conhecimento do fato, pois acho que ele toparia, apesar da diferença de tamanho entre os dois. Na horizontal tudo se nivela.

Simone é um mulherão, pena que prefere as mulheres. Para mim, um desperdício.

No nosso prédio moraram diversos artistas, sempre de passagem por razões que não interessam, sempre num apartamento no andar acima do nosso.

Lembro do Erson Capri, Mirian Rios, simpáticos e tranquilos.

O problema esquentou quando o dito apartamento foi ocupado por mais de um ano, pela Marlene Mattos, empresária da Xuxa durante seu auge na rede Globo.

Uma vez por semana, após gravação do show, Xuxa dormia no apartamento da Marlene e era uma baita confusão.

Começava ao entardecer, com uma aglomeração de fãs na frente do prédio, pisando em nosso gramado e fazendo algazarra. Acredito que era a própria Marlene que dava o toque para a meninada, a fim de fazer marketing e divulgação.

Era um porre, pois Xuxa chegava a noite, com ao menos dois seguranças armados e queria o elevador reservado exclusivamente para ela, o que eu, como síndico, nunca  permiti, além de proibir os seguranças de acompanhá-la no elevador. Tive vários aborrecimentos durante esse período, causado principalmente pelos seguranças, embora Xuxa tenha sempre tentado ser simpática.

Marlene Mattos era uma figura.

A primeira vez que a vi, subindo juntos no elevador, pensei tratar-se de alguma serviçal do prédio(sem qualquer preconceito, dada sua simplicidade), trajando  jeans surrado , uma camiseta branca e um casaco do mesmo tecido, também bastante desgastado.

Tentando puxar conversa, ela se identificou e espero não ter feito “cara de bunda”, mantendo uma boa e rápida conversa  no elevador, dentre outras tantas que tivemos posteriormente.

Marlene matos, apesar do seu jeitão masculinizado, sempre foi muito agradável e simpática.

O mesmo não acontecia com alguns de seus visitantes, artistas que a procuravam, pois a empresária estava também em pleno apogeu, por cima,no show business.

Numa dessas ocasiões, estando eu em minha filha caçula(na época, com uns 12, 13 anos) no elevador, eis que para nosso deleite, Simone se junta a nós.

Balancei a cabeça de leve, enquanto Fernanda a cumprimentava efusivamente.

A Cachorra nem se dignou a responder ou mesmo olhar para minha filhota, mantendo-se altiva e arrogante, num silencio constrangedor.

Não levou segundos para Fernanda constatar a situação ridícula  e cair uma tremenda gargalhada, da qual fui obrigado acompanhar com mais comedimento.

Nós três no elevador e minha filha rindo as pampa,s num lance totalmente hilário.

Quem perdeu toda a pose e graça foi a Cachorra, que com a cara amarrada tentava disfarçar olhando para o teto do elevador.

A danada, sem educação, deve ter aprendido uma boa lição.

Esperamos, que agora, “bem madura e tesuda” tenha refinado seus modos.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 22/03/22

 

 

2 comentários:

  1. Só posso dizer que de "Artistas" o que eu quero é distância. No meio artístico tem tanto mal caráter quanto no nosso congresso. Manter a distância deles, os artistas, é o melhor que fazemos.

    ResponderExcluir
  2. Aliás até errei: quero dizer mau-caráter.

    ResponderExcluir