quinta-feira, 10 de março de 2022

O BRASILEIRO É FODA


 

 

O BRASILEIRO É FODA

 

Estive neste início de semana em Itanhaém, resolvendo problemas particulares.

Ida tranquila, 6 horas de viagem, respeitando os limites de velocidade com algumas aceleradas em retas e lugares propícios, tomando cuidado com os “pardais”, mas ontem, na volta, saindo as 5h da manhã, um pé no saco.

Oito horas num trânsito anormal, pois nunca vi tantos caminhões juntos, desde a Serra de Santos(via Anchieta interditada), até descida da Serra do Mar, já em solo fluminense.

No caminho três congestionamentos, o primeiro e o maior, onde perdi uma hora parado, ou andando a passos de tartaruga, devido a um acidente com um caminhão carregado de laranjas, tombado no acostamento, numa região erma, sem qualquer habitação a vista.

O problema é que as laranjas  se espalharam pelo asfalto e mais de uma centena de pessoas degladiavam pela posse das frutas, tomando conta da pista, paralisando o tráfego.

Incrível, como pode aparecer tanta gente em questão de minutos, num lugar desolado. Notei inclusive muitos carros estacionados ao longo do acostamento, obviamente para coletar a “preciosa carga”.

Esses “predadores profissionais”, como formigas, devem ter um meio de comunicação instantâneo, quando ocorrem acidentes com cargas de produtos alimentares em qualquer estrada do país, pois em questão de segundos, lugares isolados se enchem desses “saqueadores oportunistas destemidos”, que não se incomodam em parar o trânsito, para encher suas cestas e farnéis.

Quando esses acidentes ocorrem com caminhões de bebidas, o assédio e ainda mais impressionantes, pois até passantes em sentido contrário, param para colher um pouco do “butim”.

Povo filho da puta de esganados. Não se preocupam em ajudar, nem com os problemas que causam aos viajantes, que como eu, cansados, só pensam em chegar o mais rapidamente possível a seu destino. Muito pior para os transportadores de cargas perecíveis.

Após vencer esse primeiro grande enrosco, tive pela frente ainda dois engarrafamentos, motivados apenas por excesso de movimento, principalmente de caminhões, que em filas intermináveis lotavam a Via Dutra.

A descida da Serra foi também sofrida, lenta, quase parando ou parando, devido principalmente aos caminhões “truques”, aqueles emendados com mais de uma carroceria. 

Nas curvas constantes da descida, que necessita de melhorias com urgência, esses grandes caminhões  ocupam as duas pistas, intimidando e pondo em risco  os veículos menores que tentam ultrapassá-los, “ficando num chove não molha, não trepa nem saí de cima”, que nos finalmente fodem a todos, atrasando as viagens e aumento o gasto com combustível, que atualmente custa os olhos da cara.

Soube, que felizmente, a empresa que ganhou a concorrência para exploração dos caros pedágios e manutenção da Dutra, terá como uma de suas primeiras obrigações, melhorar as condições da pista de descida no trecho da Serra do Mar, que é uma merda.

A pista de subida é bem razoável, não apresentando maiores problemas.

Essa situação perdura há mais de 30 anos, com a concessionaria enchendo os bolsos, com as elevadas tarifas nos diversos pedágios ao longo da rodovia.

O importante e que cheguei bem. Estropiado, mas inteiro.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 10/03/22

Um comentário:

  1. Imagino tudo que passou, pois conheço muito bem a Serra das Araras. Aliás, o Estado do Rio de Janeiro tem péssimas serras nas rodovias principais. A Serra de Petrópolis é outra droga. Ainda bem que faz muito tempo que não pego nenhuma das duas. Espero que esta situação mude o mais rápido possível.

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